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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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domingo, 4 de julho de 2010

O crac (flagelo social) e o policial civil

De uma fonte que me pediu sigilo, recebi hoje a informação de que certo policil civil de Florianópolis, filho de uma delegada bastante conhecida e antiga nos quadros da SSP/SC, casado com a filha de outro delegado igualmente muito atuante e famoso nos meios policiais desta Capital, é adicto da pesada droga.
Contou-me a pessoa que a situação do jovem policial é lastimável, tendo sido removido de uma Delegacia, onde laborava, para o DETRAN, a pedido do Delegado, que não tinha mais como suportar o mau exemplo que dava aos colegas e, no órgão de trânsito, premido pela fissura da droga, chegou a arrombar algumas salas, para apropriar-se de aparelhos eletrônicos, que usou para trocar na "boca" pela praga do crac, para consumo próprio.
É hora desse moço ser socorrido, doente que está, como tantos outros, que piparam (verbo pipar, de pipa = cachimbo) e não se livraram mais do maldito vício.
Não gostaria de estar na pele da mãe, nem na do sogro, pessoas que tenho por respeitáveis, com passados ilibados e relevantes serviços prestados à sociedade.
Para finalizar, devo lembrar: nenhum de nós, pai ou mãe, está livre de se ver surpreendido pela constatação de que um filho está perdido para os traficantes.
A ironia do caso acima relatado é que os desgraçados traficantes conseguiram criar mais uma vítima, mas, desta feita, suponho, como uma espécie de vindita contra a mãe e o sogro, que devem estar sentindo-se impotentes e com uma sede de Justiça como nenhum outro parente de viciado já experimentou.
Torço para que consigam recuperar o moço e pegar os responsáveis pela sua dependência.

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Crack

Fumo de crack na latinha

Crack é uma droga feita a partir da mistura de cocaína com bicarbonato de sódio geralmente fumada.[1] É uma forma impura de cocaína e não um sub-produto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se quebrassem. A fumaça produzida pela queima da pedra de Crack, chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro, o usuário tem alucinações, paranóia (ilusões de perseguição).

Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.[2]

O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante, sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa — basta um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como uma lata de alumínio furada, por exemplo.


Efeitos

O crack eleva a temperatura do corpo, podendo causar no dependente um acidente vascular cerebral. A droga também causa destruição de neurônios e provoca a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá aquela aparência característica (esquelética) ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob seu efeito narcótico. Outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o dependente facilmente doente.O livro OVERDOSE do pesquisador paraibano Jair Cesar de Miranda Coelho,membro do Conselho Estadual de Entorpecentes-CONEN PB, faz uma analise comparativa entre o consumo de crack na decada de noventa e qual o perfil do consumidor e usuario de crack no Brasil atualmente.

A maioria das pessoas que consome bebidas alcoólicas não se torna alcoólatra[carece de fontes?]. Isso também é válido para outras drogas. No caso do crack, com apenas três ou quatro doses, às vezes até na primeira, o usuário se torna completamente viciado[carece de fontes?]. Normalmente o dependente, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir do desconforto da síndrome de abstinênciadepressão, ansiedade e agressividade —, comum a outras drogas estimulantes.

Após o uso, a pessoa apresenta quadros de extrema violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois, por consequência, volta-se contra a sociedade em geral, com visível aumento do número de crimes relacionados ao vício em referência[1].

O consumo de crack fumado através de latas de alumínio como cachimbo, uma vez que a ingestão de alumínio está associada a dano neurológico, tem levado a estudos em busca de evidências do aumento do alumínio sérico em usuários de crack.[3]

Associação à prática de crimes e promiscuidade

O uso do crack — e sua potente dependência psíquica — frequentemente leva o usuário que não tem capacidade monetária para bancar o custo do vício à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa[carece de fontes?]. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm a disposição, ficando somente com a roupa do corpo[carece de fontes?]. Em alguns casos, podem se prostituir para sustentar o vício[carece de fontes?]. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la[carece de fontes?]. O crack pode causar neurofilexia e doenças reumáticas, podendo levar o indivíduo a morte.

Embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por dia.

Chances de recuperação

As chances de recuperação dessa doença, que muitos especialistas[carece de fontes?] chamam de "doença adquirida" (lembrando que a adição não tem cura[carece de fontes?]), são muito baixas, pois exige a submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente, o que é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições de custear tratamentos em clínicas particulares ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas[2]. É comum o dependente iniciar, mas abandonar o tratamento[3].

A imprensa também tem mostrado as dificuldades sofridas por parentes de viciados em crack para trata-los.[4] Casos extremos, de familias que não conseguem ajuda no sistema publico de saude, são cada vez mais comuns. A melhor forma de tratamento desses pacientes ainda parece ser objeto de discussão entre especialistas, mas muitos psiquatras e autoridades posicionam-se a favor da internacao compulsória em casos graves e urgentes, o que exigiria uma previsão na Lei de Drogas e aumento de vagas em clínicas públicas que oferecem esse tipo de internação[5].

A recuperação não é impossível, mas depende de muitos fatores, como o apoio familiar, da comunidade e a persistência da pessoa (vontade de mudar). Além disso, quanto antes procurada a ajuda, mais provável o sucesso no tratamento. sempre uma pessoa que quer mudar nunca deve receber criticas em relação a sua situação deve receber muito amor e carinho e principalmente orientação espiritual.

Seis vezes mais potente que a cocaína[carece de fontes?], o crack tem ação devastadora provocando lesões cerebrais irreversíveis[carece de fontes?] e aumentando os riscos de um derrame cerebral ou de um infarto.

Ao contrário do que se poderia imaginar, porém, não são as complicações de saúde pelo uso crônico da droga, mas sim os homicídios, que constituem a primeira causa de morte entre os usuários, resultantes de brigas em geral, ações policiais e punições de traficantes pelo não-pagamento de dívidas contraídas nesse comércio. Outra causa importante são as doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV por exemplo, por conta do comportamento promíscuo que a droga gera. O modo de vida do usuario, enfim, o expõe à vitimizacao, muitas vezes e infelizmente, levando-o a um fim trágico.

Um estudo:[4] O pesquisador Marcelo Ribeiro de Araújo acompanhou 131 dependentes de crack internados em clínicas de reabilitação e concluiu que usuários de crack correm risco de morte oito vezes maior que a população em geral. Cerca de 18,5% dos pacientes morreram após cinco anos. Destes, cerca de 60% morreram assassinados, 10% morreram de overdose e 30% em decorrência de aids.

Disseminação do vício

Estatísticas e apreensões policiais[carece de fontes?] demonstram um aumento percentual do consumo de crack em relação às outras drogas, vindo seus usuários das mais variadas camadas sociais. Outros estudos[carece de fontes?] relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de financiar o vício. Na periferia da cidade de São Paulo, jovens prostitutas viciadas em crack são o nicho de maior crescimento da aids no Brasil.

Outras drogas, sobretudo a cocaína, funcionam, via de regra, como porta de entrada para o crack[carece de fontes?] a que o usuário recorre por falta de dinheiro, para sentir efeitos mais fortes, ou ainda por curiosidade. Assim, na degenerescência do vício, o crack aparece como o degrau mais baixo (o "fundo do poço")

O efeito social do uso do crack é o mais deletério e, nesse sentido, o seu surgimento pode ser considerado um divisor de águas no submundo das drogas. As pedras começaram a ser usadas no ano de 1990 na perifieria de São Paulo e, segundo se diz, de início as próprias quadrilhas de traficantes do Rio de Janeiro não permitiam a sua entrada, pois os bandidos temiam que o crack destruísse rapidamente sua fonte de renda: os consumidores.

Entretanto, em menos de dois anos a droga alastrou-se por todo o Brasil. Recentes reportagens demonstram que o entorpecente tornou-se o mais comercializado nas favelas cariocas multiplicando os lucros dos traficantes[6].

Atualmente, pode-se dizer que há uma verdadeira "epidemia" de consumo do crack no País[carece de fontes?], atingindo cidades grandes, médias e pequenas.

Alguns consumidores, em especial do sexo feminino, na prostituição de baixo nível, visando somar recursos para manter o própio vício, utilizam-se da introdução de pequenas porções de crack em cigarros de maconha, no que é chamado de "mesclado", na gíria do meio consumidor e traficante de crack. O objetivo é obter novos viciados. Esta prática também é utilizada, por vontade própria, por alguns consumidores.[3]

Questões econômicas

Embora gere menos renda para o traficante por peso de cocaína produzida, o crack, sendo mais viciante, garante um mercado cativo de consumo.

A pressão sobre o tráfico de cocaína (de menor volume e maior valor agregado) para os países ricos, tem deslocado o tráfico para o mercado de crack, passível de ser facilmente colocado para populações de baixa renda.[5]

Referências

  1. Prevenção de droga na escola: uma abordagem psicodramática
  2. G1. "Absorção do crack é maior do que a de drogas injetáveis". . (página da notícia visitada em 28/10/2009)
  3. a b Flavio Pechansky et al; Usuárias brasileiras de crack apresentam níveis séricos elevados de alumínio; Rev. Bras. Psiquiatr. vol.29 no.1 São Paulo Mar. 2007 Epub Feb 28, 2007; doi: 10.1590/S1516-44462006005000034
  4. "Alta mortalidade entre jovens usuários de crack no Brasil". . (página da notícia visitada em 26/11/2009)
  5. Gustavo Leal de Albuquerque; O crack em Pernambuco ; ABIN - Agência Brasileira de Inteligência - www.abin.gov.br

Ver também

Ligações externas

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