Em Florianópolis, procure a Sociedade Hípica Catarinense, na SC-401 (estrada para o norte da Ilha) e fale com Luciane Pereira Poersch.
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Efeitos rápidos da equoterapia atraem novo público
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IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Os efeitos conhecidos da equoterapia no tratamento de pessoas com
deficiências estão atraindo novos adeptos para a técnica. Adultos e
crianças que não têm limitações neuromotoras ou cognitivas, mas lidam
com outras dificuldades da vida, como estresse, depressão, problemas na
escola...
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Cães e outros bichos-terapeutas ajudam ser humano a cuidar da saúde
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Mesmo para quem não enfrenta essas dificuldades, a técnica é usada como
uma forma de preveni-las e, de quebra, dar um gás a mais para os
neurônios.
"Andando a cavalo, a pessoa recebe de cerca de 2.000 novos estímulos
cerebrais", afirma a fisioterapeuta Letícia Junqueira, que coordena
sessões de equoterapia e equitação lúdica no Jockey Club de São Paulo.
AÇÃO CEREBRAL
O nome equitação lúdica é dado para diferenciar o trabalho feito com
pessoas sem deficiência, mas o princípio de ação é o mesmo da
equoterapia, tradicionalmente usada para reabilitação.
"Os ajustes corporais da pessoa para se adaptar aos desequilíbrios
causados pelo deslocamento do cavalo mandam sinais nervosos pela medula
espinhal até o sistema nervoso central. Isso gera a formação de novas
células nervosas no cérebro", diz Junqueira.
Isadora Brant/Folhapress | ||
Laura Chiavarelli, 2, pratica equitação lúdica no Jockey Club de São Paulo |
A possibilidade de estimular precocemente as habilidades cognitivas de
Laura, 2, atraiu sua mãe, a dermatologista e clínica-geral Ana Carolina
Chiavarelli, 39.
Apesar de morrer de medo de montar a cavalo, Ana Carolina viu na
equoterapia uma forma de evitar que Laura passe pelos mesmos problemas
de rendimento escolar que os irmãos mais velhos (de 19 e quatro anos)
tiveram.
"Quero que ela seja centrada, tenha atenção. Eu pesquisei a literatura e
vi que o movimento do cavalo melhora a coordenação, a linguagem, o
raciocínio. Estou apostando nisso para colher frutos quando ela começar a
escolarização", diz Ana Carolina.
A cereja do bolo é que todo esse aprendizado é feito num ambiente muito diferente e muito mais prazeroso que uma sala de aula.
No caso de pessoas que precisam de tratamento, é uma vantagem imensa,
segundo a psicopedagoga Liana Pires Santos, representante da Associação
Nacional de Equoterapia em São Paulo.
"Tirar o paciente do consultório é um motivador e um alívio, tanto para ele quanto para a família", diz ela.
"Tirar o paciente do consultório é um motivador e um alívio, tanto para ele quanto para a família", diz ela.
Outra motivação é a rapidez com que surgem os ganhos motores e
psicológicos na equoterapia. "Com 12 sessões já fica evidente a melhora
postural e de tônus muscular", afirma Santos.
Esses ganhos não se restringem ao aspecto corporal. "Todo ato motor envolve uma transformação psíquica", diz a psicopedagoga.
Esses ganhos não se restringem ao aspecto corporal. "Todo ato motor envolve uma transformação psíquica", diz a psicopedagoga.
Aprumar as costas, entre outras coisas, eleva a autoconfiança e faz a
pessoa respirar melhor -benefícios importantes nos tratamentos contra o
estresse e a depressão, segundo a terapeuta ocupacional Luciane
Padovani, do centro de equoterapia Camaster, em Salto, interior de São
Paulo.
Editoria de arte/folhapress | ||
CABEÇA ERGUIDA
O alívio veio a cavalo para Neil Anderson de Almeida Saubo, 36. Ele é o
único caso conhecido na América Latina de uma doença raríssima de nome
complicado (síndrome de Hallervorden-Spatz), que provoca rigidez e perda
muscular irreversíveis.
Isadora Brant/Folhapress |
Neil Anderson de Almeida, 36, com o apalooza Snoob, em sessão de equoterapia em Santo André, SP |
Quando começou a fazer equoterapia, há um ano, ele chegava à sessão
semanal todo curvado, queixo no peito, mal conseguindo respirar.
Hoje, Neil aproxima-se com a cabeça erguida para acariciar o cavalo. Ao montar, ele mantém a coluna totalmente ereta.
Sua mãe, Valdete Saubo, 57, conta que foi ele quem pediu para fazer o
tratamento, após ver uma reportagem sobre a terapia. Neil cursou até o
segundo ano da faculdade de veterinária e tem paixão por três cês:
"Corinthians, chocolate e cavalo".
A facilidade de criar vínculo afetivo com um animal ao mesmo tempo tão
dócil e tão poderoso é outro facilitador do tratamento, segundo a
fisioterapeuta Ariane Rego, do centro de equoterapia Cresa, na Grande
São Paulo.
Isadora Brant/Folhapress |
Samuel Sirqueira,5, com a fisioterapeuta Vanessa Brugiolo, faz exercícios em centro de equoterapia na Grande São Paulo |
Para Samuel, 5, "Foi amor à primeira vista", diz a mãe, Ana Rosa de Sirqueira, 41.
Por causa da paralisia cerebral, o menino não conseguia nem sustentar a
cabeça. Começou a fazer uma sessão semanal de equoterapia e, em poucos
meses, teve um desenvolvimento "muito rápido, fora do normal", segundo
conta a mãe.
Tanto para reabilitação quanto para outras finalidades, a recomendação é
fazer uma sessão semanal, com 30 minutos de montaria. O custo é cerca
de R$ 500 por mês. Alguns locais têm tratamento gratuito para
deficientes (veja no site da Ande-Brasil).
ONDE ENCONTRAR
Ande- Brasil (Associação Nacional de Equoterapia)
www.equoterapia.org.br
www.equoterapia.org.br
Centro de Reabilitação Camaster
www.camasterequoterapia.wordpress.com
www.camasterequoterapia.wordpress.com
Centro de Reabilitação e Equoterapia Santo André
www.equoterapiasantoandre.com.br
www.equoterapiasantoandre.com.br
Gati Equoterapia
www.lianaequoterapia.com.br
www.lianaequoterapia.com.br
Jockey Club de SP - Letícia Junqueira
equoterapia@jockeysp.com.br
Fonte: FOLHA DE SP
equoterapia@jockeysp.com.br
Fonte: FOLHA DE SP
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