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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Juiz que julga Breivik afastado por ter escrito que “única solução” é a pena de morte


Geir Lippestad, advogado que defende Breivik, à chegada ao tribunal  
Geir Lippestad, advogado que defende Breivik, à chegada ao tribunal (Foto: Erlend Aas/Scanpix Norway/AFP)
A acusação, a defesa e os advogados das partes civis pediram nesta terça-feira a dispensa de um dos cinco juízes que estão a julgar Anders Breivik, acusado pela morte de 77 pessoas nos atentados na Noruega, no ano passado.

A juíza Wenche Elizabeth Arntzen, que preside ao colectivo de juízes, pediu na sessão desta manhã – a segunda do julgamento, que teve início na segunda-feira – uma suspensão de meia hora para examinar a competência de um dos seus quatro colegas que escreveu num site de Internet, no dia seguinte ao massacre, a seguinte frase: “A pena de morte é a única solução justa neste caso!!!!!!!!!!”.

Thomas Indreboe, 33 anos, é o autor da mensagem publicada na rede social Facebook. Foi substituído por Anne Elisabeth Wisloeff, de acordo com a agência France Presse.

A Noruega não aplica a pena de morte, tendo banido essa norma do seu ordenamento jurídico em 1905. Neste processo, Breivik arrisca 21 anos de prisão.

Breivik começou a ser julgado em Oslo. Ao chegar à sala, saudou a audiência com o punho erguido – gesto que repetiu nesta terça-feira – e contestou a legitimidade do tribunal para o julgar. Manteve-se impávido durante horas, mas chorou ao ver o seu vídeo de propaganda.

Breivik declarou estar inocente e disse ter agido “em legítima defesa”. “Reconheço os factos mas não a culpabilidade”, disse Breivik, de 33 anos, quando lhe foi perguntado se se considerava culpado pela morte de 77 pessoas nos atentados contra um edifício do Governo em Oslo e um encontro de jovens trabalhistas na ilha de Utoya. Depois alegou “legítima defesa” e disse ter agido “contra os traidores da pátria”.

O arranque do segundo dia do julgamento fica ainda marcado pelas declarações de Breivik, que disse que se fosse hoje repetiria o massacre que tirou a vida a oito pessoas no centro de Oslo e 69 pessoas, a maioria jovens, na ilha de Utoeya, onde decorria um encontro de jovens ligados ao Partido Trabalhista norueguês. “Executei o mais sofisticado e espectacular ataque político cometido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", sustentou Breivik, em tom de auto-elogio.
 
Fonte: PUBLICO (Pt)

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