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quarta-feira, 4 de abril de 2012

LUCRÉCIO (99-55 a.C), um gênio

Atacava a religião como fonte de todas as desgraças humanas. 
O que o terá levado a tal conclusão?

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Lucrécio


Titus Lucretius Carus (ou Tito Lucrécio Caro, na forma portuguesa), (ca. 99 a.C. — ca. 55 a.C.) poeta e filósofo latino que viveu no século I a.C..
Nasceu ca. 99 a.C. e viveu 44 anos[1]. "Assim como Tertuliano, um dos primeiros Padres da Igreja, inventou a história de que o materialista Demócrito teria furado os próprios olhos por não suportar o desejo sexual despertado pela visão de jovens mulheres, assim também são Jerônimo inventou que Lucrécio teria bebido um filtro de amor, enlouquecido e escrito seu poema nos intervalos de lucidez, terminando por se suicidar. O mínimo que um leitor atento do Sobre a Natureza das Coisas (De Rerum Natura) pode afirmar é que essa obra jamais poderia ter sido escrita em 'intervalos de lucidez!"(CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia. Ed. Compahia das Letras, p. 253). Seus vários livros foram editados por Cícero[1].
Para Lucrécio, a alma é mortal. Após o decesso, resta um simulacro (simulacrum), os fantasmas que assombram os vivos. Deste modo, ele resgata a ideia epicurista de eidolon, termo grego. Ele afirma que o medo da morte criou o mito da imortalidade da alma. A Teosofia sustenta a tese da alma morredoura, mas defende que o espírito, princípio que anima a alma, é o Ser que realmente sobrevive à morte.
É provável que tenha nascido em Roma, onde foi educado. Sua fama decorre do poema De rerum natura (Sobre a natureza das coisas), onde expõe a filosofia de Epicuro de Samos. Para Lucrécio, o epicurismo era a chave que poderia desvendar os segredos do universo e garantir a felicidade humana. Tão entusiasmado ficou que se propôs a tarefa de libertar os romanos do domínio religioso através do conhecimento da filosofia epicurista.
Em De rerum natura Lucrécio apresenta a teoria de que a luz visível seria composta de pequenas partículas. Teoria incompleta, apesar de bastante consistente, é uma espécie de visão antiga da atual teoria dos fótons. Também neste poema, Lucrécio sustenta a ideia da existência de criaturas vivas que, apesar de invisíveis, teriam a capacidade de causar doenças. Esta ideia representa na realidade a base da microbiologia.
Além de fonte preciosa para o conhecimento do epicurismo, o poema de Lucrécio tem grande importância literária e seus versos consagram o autor como um dos maiores poetas latinos.
Segundo o padre São Gerônimo, Lucrécio matou-se aos 44 anos de idade e seu poema foi escrito em intervalos de ataques de loucura[1]. A bem da verdade, as "circunstâncias da vida e da morte de Lucrécio são desconhecidas. A habitual informação de que ele se suicidou em razão de crises de loucura, acrescidas de perturbações amorosas, não é plenamente confiável. Só há um registro nesse sentido, transmitido por São Jerônimo, que, em seu tempo, foi um grande opositor de Epicuro e do epicurismo” (SPINELLI, Miguel. "O devotamento de Lucrécio a Epicuro e ao epicurismo". In Os Caminhos de Epicuro. São Paulo: Loyola, 2009, p. 215ss).

Tradução

Seu livro De rerum natura foi completamente traduzido para o português pelo grande latinista Agostinho da Silva, e publicado no volume V da coleção Os Pensadores da editora Abril Cultural.
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Ligações externas

Referências

  1. a b c Jerônimo de Stridon, Chronicon, 3o ano da 171a olimpíada

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