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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Bento XVI processa revista satírica alemã


 Por Victor Ferreira
Vista parcial da capa que desagradou ao Vaticano
Vista parcial da capa que desagradou ao Vaticano (Imagem: DR)
O Papa Bento XVI não gostou da mais recente capa da revista satírica Titanic, publicada a partir de Frankfurt, na Alemanha. A propósito do escândalo das fugas de informação no Vaticano, a publicação, cujo último número foi retirado das bancas por decisão judicial, mostrava uma imagem de Bento XVI , de braços abertos e uma mancha amarela batina, na zona pélvica, acompanhada dos títulos: “Aleluia no Vaticano: descoberta a origem da fuga”. O Vaticano reagiu com um processo judicial.
O humor dos responsáveis da Titanic não parou aqui. Porque na contracapa vê-se o Papa de costas, com uma mancha castanha à altura do rabo. O Papa, segundo cópia da carta entregue aos advogados que representam o chefe da Igreja Católica, alega que estas imagens violam os direitos de personalidade e, por isso, constituiu advogado.





Numa carta datada de há seis dias, lê-se: “O Papa Bento XVI pediu-me hoje, depois da publicação da última edição da revista Titanic, de lhe atribuir os poderes de representação em todos os passos legais necessários contra esta divulgação. O Santo Padre constitui essa representação para proceder contra esta violação dos direitos de personalidade”.


A missiva é dirigida a um advogado de Bona, tem cabeçalho da secretaria de Estado do Vaticano e vai assinada pelo Arcebispo Angelo Becciu, como substituto do secretário de Estado.


Lembram-se das caricaturas de Maomé?


O caso está a suscitar forte polémica, questionando-se o direito à liberdade de expressão, à sátira e até que ponto os direitos de personalidade de Bento XVI estão a ser violados.


A justiça alemã já se pronunciou numa providência cautelar, proibindo a venda da revista com aquelas capa e contracapa. Porém, não obrigou à recolha dos números já vendidos. Na versão online da revista, os responsáveis censuraram a referida primeira página. Por cima da capa original vê-se um rectângulo preto com a palavra “Proibido” em letras garrafais.





Nas redes sociais, há quem recorde o caso das caricaturas de Maomé no jornal dinamarquês Jyllands-Posten, em Setembro de 2005. As imagens enfureceram crentes e organizações muçulmanas que ameaçaram inclusivamente a vida dos responsáveis dos jornais. Em Espanha há quem recorde a polémica que envolveu a revista satírica Jueves, que em 2007 também ficou a contas com a justiça devido a uma capa em que caricaturou uma sessão de sexo do casal de príncipes Letizia e Felipeacabou por ser proibida e os seus responsáveis incorriam risco de prisão por injúria à coroa.


É "laranjada"


Na Alemanha, o diferendo Bento XVI-Titanicjá mereceu uma posição do sindicato de jornalistas, que criticou a acção judicial. “Também o Papa deve aceitar ser objecto de sátira”, disse o líder sindical, Michael Konken, à televisão alemã RTL. “Pode-se discutir o bom gosto ou o mau gosto, mas a representação [do Papa na capa] enquadra-se na liberdade de satirizar”, argumentou o mesmo responsável.


A capa de Julho desta revista aludia à divulgação de documentos confidenciais do Vaticano. Um caso que levou à detenção do camareiro de Bento XVI.


Após a decisão do Tribunal de Hamburgo, que proibiu a venda desta edição de Julho, o responsável da redacção da revista, Leo Fischer garantiu que todos os exemplares tinham sido recolhidos e que estavam a tentar um entendimento com o Vaticano para se poder vender o resto. Caso esse acordo não surja, o mesmo responsável disse que talvez sejam vendidos sem imagem na capa.


A conferência episcopal de Bona não se pronunciou sobre a possibilidade de um acordo: “Teremos de ver com os nossos advogados”, declarou Matthias Kopp, porta-voz daquele órgão.

Fonte: PUBLICO (Pt)

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ATUALIZAÇÃO:

La Asociación de la Prensa alemana, contra la censura 

La revista alemana 'Titanic' recurrirá el veto del Vaticano sobre el fotomontaje del Papa

Dicen que el fotomontaje no ha atentado contra los sentimientos religiosos de los católicos

Se puede debatir sobre el buen gusto, pero esa imagen entra dentro de la libertad de sátira
La foto censuarad en la revista Titanic/>

La foto censuarad en la revista Titanic

  • La foto censuarad en la revista Titanic
Recursos en la web
La revista satírica alemana Titanic que publicó en portada un montaje del papa haciéndose pis y caca encima recurrirá el veto que le impuso la Iglesia católica, adelantó su director.
Leo Fischer dijo que "Titanic" apelará esta semana ante la corte de Hamburgo el recurso con el que la Iglesia logró frenar el martes la distribución de la edición de julio.
Además de tener que frenar la distrubución, "Titanic" podría afrontar también una multa de hasta 250.000 euros (307.000 dólares).
Por otra parte, la retirada por exigencia del Vaticano de la portada de la revista satírica alemana Titanic por supuestas ofensas al papa Benedicto XVI ha sido criticada hoy por la Asociación de la Prensa Alemana (DJV), para la que "también el papa debe soportar las sátiras".
"Aleluya en el Vaticano - Encontrada la filtración" era el titular del último número de la revista Titanic, que publicaba una imagen del Papa en portada con una mancha amarilla en su traje debajo de la cintura y en la contraportada otra de espaldas con una mancha marrón a la misma altura.
El presidente de la DJV, Michael Konken, afirmó que "son legítimas" ese tipo de críticas, en este caso para comentar de manera satírica el escándalo Vaticano bautizado por la prensa internacional como "Vatileaks".
"Se puede debatir sobre el buen gusto, pero esa imagen entra dentro de la libertad de sátira", dijo Konken, para el que la revista no ha atentado contra los sentimientos religiosos de los católicos, sino que ha caricaturizado al Papa como representante de la burocracia vaticana.
Además advirtió de que la censura de esa portada por parte de la Audiencia de Hamburgo a instancias del Vaticano tendrá consecuencias legales y puso en duda que la prohibición tenga continuidad en instancias superiores.
Los editores de la revista han decidido entre tanto continuar con su venta publicando la portada en blanco y su director, Leo Fischer, ha lamentado que el Papa de origen alemán "nos haya malentendido".

Fonte: RELIGION DIGITAL

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