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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mineiros em Madrid, após protesto sangrento: ‘Voltaremos com dinamites’

mineiros
No protesto dos mineiros, na Espanha, a polícia chegou a espancar uma manifestante

O protesto de mineiros em Madri, capital espanhola, nesta quarta-feira, acabou com a prisão de cinco pessoas e mais de 20 feridos. As manifestações ocorreram em frente ao Ministério da Indústria e alguns dos manifestantes tentaram derrubar as barreiras instaladas ao redor do prédio. A polícia tentou dispersar os manifestantes com balas de borracha lançadas ao alto e algumas atingiram, em cheio, os alvos, causando sérios ferimentos nas vítimas. Há relatos de que os manifestantes reagiram e atiraram objetos contra os policiais. Muitos manifestantes ficaram sentados no chão, pedindo calma e afirmando que se tratava de uma manifestação pacífica.
O protesto faz parte da chamada Marcha Negra, em que mineiros de várias regiões da Espanha caminharam 400 quilômetros até Madri para protestar contra os cortes aos incentivos públicos destinados ao setor. O governo reduziu para 111 milhões de euros a ajuda, o que colocou em risco cerca de 30 mil empregos no país. Em resposta, o governo espanhol piorou a situação, com o anúncio de que pretende economizar 65 bilhões de euros (cerca de R$ 162 bilhões) nos próximos dois anos e meio, para saldar seus compromissos com a banca europeia. Além de cortes no Orçamento, haverá aumento de impostos.
– Somos lutadores e nos defenderemos – disse um dos mineiros que, em seu discurso a uma multidão, agradeceu a “todos os que nos têm ajudado”.
Em uma clara advertência ao ministro titular da Indústria, José Manuel Soria, os mineiros lhe disseram para “não acreditar em outra coisa que não aquelas que lhe dizemos”.
– Amanhã voltaremos, e na próxima visita traremos dinamite – gritaram os mineiros.
Protesto gigante
Na manhã desta quarta-feira, milhares de mineiros, cantando e lançando fogos de artifício, marcharam pelo centro de Madri em protesto. Ao lado de sindicalistas na capital, os mineiros marcharam fazendo barulho no clímax de um protesto de 44 dias contra um corte de 60% em subsídios ao carvão que, segundo eles, vai causar o fechamento de minas e deixar muitos sem trabalho.
– Nós estamos apenas pedindo para cortar 10% em vez de 60%. Se não prestarem atenção em nós, voltaremos — com dinamite – disse Carlos Marcos, de 41 anos, mineiro há 23 anos.
Alguns dos mineiros na “marcha negra” haviam caminhado 400 quilômetros a partir do norte da Espanha. Muitos carregavam bengalas de madeira.
– Temos que tomar as ruas para lutar, porque está chegando o momento em que não teremos o suficiente para comer – disse o mineiro José Ramon Pelaz, de 38 anos.
O premiê Rajoy, de centro-direita, delineou medidas de austeridade no Parlamento para economizar 65 bilhões de euros (US$ 79,66 bilhões), incluindo um aumento no imposto sobre valor agregado nas vendas e cortes no orçamento para os ministérios do governo.

Os manifestantes marcharam pela principal avenida empresarial da cidade, Paseo de la Castellana, até o Ministério da Indústria, com cartazes com slogans como “Rajoy, seu futuro é mais escuro do que o nosso carvão”, cantando músicas barulhentas e gritando:
– Sim, nós podemos! – gritavam os manifestantes, em meio a estrondos de fogos de artifício eram frequentes.
Alguns dos mineiros que marcharam pelo norte da Espanha desde junho vieram das Astúrias, um centro tradicional da militância esquerdista. Os mineiros se reuniram em Puerta del Sol, em Madri, o ponto central da Espanha, nas primeiras horas de quarta-feira, com o caminho iluminado pelas luzes de seus capacetes. Eles foram recebidos por milhares de espanhóis que apareceram por simpatia ao movimento.




Fonte: CORREIO DO BRASIL

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ATUALIZAÇÃO:

“También hay que echarle ovarios”

Mineras y mujeres de mineros se vuelcan en la movilización del carbón


Dos mujeres se abrazan a la salida de la última etapa de la marcha. / JUAN MEDINA (REUTERS)
Se besan como si llevaran años sin verse. Yoli Lafuente, un ama de casa asturiana de 30 años, se reencontró el martes con su marido tras 19 días separados por la participación de este en la marcha negra. Años no, pero “un par de meses” sí que le han parecido, explica emocionada. Ha sido duro tenerlo lejos, preocupada por qué podría pasarle, pero sobre todo por las preguntas de su hija mayor, de cuatro años (tiene otro de 10 meses): “Solo me pedía que le pusiera la tele a ver si salía”.
Ella ha permanecido en su pueblo, Cerredo (Asturias), participando en las movilizaciones organizadas por las mujeres del carbón. Aunque la mayoría de los trabajadores de la mina son hombres, el lado femenino tiene mucho peso en esta protesta. “También hay que echarle ovarios”, opina una minera en alusión a uno de los lemas, que suele elogiar “los huevos” de quienes trabajan en este sector.
“No somos una plataforma con nombre y eso, somos esposas de mineros que hemos organizado actividades para apoyarles”, explican Almudena Ancares y Pepa López, otras dos amas de casa en torno a la treintena del mismo pueblo que Yoli. Cogieron el autobús el martes al mediodía y por la noche participaron en la marcha por la capital. También planean estar en la manifestación del miércoles. Antes han hecho marchas en el pueblo y han organizado actividades para recaudar dinero para la causa. “También hemos contactado con mujeres de otras cuencas, sobre todo a través de Facebook, y hemos hecho algunas cosas juntas, como la visita al Senado [del 17 de junio]”.
Otras compañeras participan en el movimiento desde dentro. Es el caso de Shaila Hidalgo, maquinista de extracción en el Pozo María Luisa, que iba en la cabecera de la marcha nocturna. Tiene 32 años, lleva ocho en la mina y es una de las cuatro mineras de la columna norte de la marcha negra. “Ha sido una experiencia inolvidable, ahora solo falta que sirva para algo”.
Vanesa Fernández, de 27 años y de Brugos de Fener (León), ha seguido gran parte de la misma marcha, pero de una forma especial. Embarazada de siete meses, a los pocos días de que partiera su marido, uno de los 160 mineros de la columna norte, decidió seguirle en furgoneta. “Al principio iba a verle, pero cuando ya estaba lejos, decidí quedarme”. “La gente me dice que si estoy loca, pero yo quería estar con él, apoyándole cerca. Y mientras mi hija, que es lo primero, esté bien, aquí estaremos”, comenta augurando que su pequeña le saldrá reivindicativa.
Son ejemplos que han “tirado de ovarios”, como reivindica Verónica, otra minera de Lugones, también en Asturias. A sus 31 años, lleva cinco trabajando en la mina de Sotón en el arranque, es decir, paleando en una máquina que arrastra el carbón para fuera. Participante en las protestas de su zona, llegó a Madrid para arropar a sus compañeros en la culminación de su marcha y estar en la manifestación del miércoles. ¿Fin del camino? “No sabemos qué va a pasar, tenemos ganas de que esto se arregle, pero ahora no somos ni optimistas ni pesimistas. Simplemente, estamos en la lucha”.


Fonte: EL PAIS (España)

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