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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Aviltar ícone religioso faz parte da democracia, diz cientista político


Para Novaes, descrente não pode ser
obrigado a respeitar símbolo religioso


O direito de crença tem de ser respeitado, mas isso não significa que os descrentes têm de respeitar os ícones religiosos. Ninguém pode ser punido por vilipendiar esses símbolos, porque, em uma democracia, isso se insere no direito à opinião, ainda que a atitude possa ser de extremo mau gosto. 

Essa é a opinião de Carlos Novaes (foto), cientista político e comentarista do jornal da TV Cultura de São Paulo. Ele falou na sexta-feira (14) sobre esse assunto a propósito das reações em países de cultura islâmica ao polêmico filme americano Innocence of Muslims ("A Inocência dos Muçulmanos"), que mostra Maomé como mulherengo e violentador de crianças.

Para Novaes, o filme é uma provocação infantil que já causou várias mortes, mas ele deve ser combatido e repudiado na esfera da opinião pública, porque se trata de uma manifestação do pensamento que não pode ser cerceada. "Estabelecer uma punição para isso é um absurdo.” 


Pastor chutou
santa em 1995


Em um paralelo com o Brasil, Novaes comentou o episódio de outubro de 1995 do chute em uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida pelo bispo Sérgio Von Helder, em um programa na TV Record.

Para o cientista político, o que Helder fez foi um infantilidade, mas, disse, uma “sociedade que não pode tolerar que se chute uma santa é uma sociedade comprometida do ponto de vista da democracia”. 

“Os símbolos religiosos só são sacramentais para quem acredita naquilo”, afirmou. E ninguém, acrescentou, deve ser penalizado por isso.

"Símbolos religiosos só são
sacramentais para o crente"


Um comentário:

Anônimo disse...

Aporia! Se você deve respeitar a crença alheia, mas lhe é permitido publicamente ridicularizar um ícone ou símbolo desta mesma crença, como se exercerá este respeito? Para este cientista político, o que é democracia? Isso não ficou muito claro...