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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

BC liquida Cruzeiro do Sul e Prosper

Bancos apresentam, respectivamente, suspeitas de fraude e sucessivos prejuízos; bens dos controladores das duas instituições estão bloqueados


iG São Paulo  - Atualizada às 

AE
Agência do Cruzeiro do Sul: apenas 35% dos depósitos da instituição têm garantias do FGC

O Banco Central (BC) decretou, nesta sexta-feira, a liquidação extrajudicial do Banco Cruzeiro do Sul S.A., com sede na cidade de São Paulo, e do Banco Prosper S.A., sediado no Rio de Janeiro. 
O Cruzeiro do Sul estava sob intervenção do BC desde 4 de junho, em Regime de Administração Especial Temporária (RAET), devido a suspeitas de fraude. A autoridade encontrou um rombo de pelo menos R$ 3 bilhões no banco. O BC afirma que as investigações terão continuidade e que os bens dos controladores e ex-administradores de ambos os bancos estão bloqueados.
Do total de depósitos do Banco Cruzeiro do Sul e do Banco Prosper, cerca de 35% e de 60%, respectivamente, contam com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O Fundo garante a recuperação de até R$ 70 mil por CFP ou CNPJ de correntista em caso de quebra de um banco. No caso do Cruzeiro do Sul, os depósitos totais passam de R$ 5 bilhões. O FGC terá um canal para tirar dúvidas dos depositantes, que pode ser solicitado através do email fgc@fgc.org.br.
O Banco Cruzeiro do Sul aparece na lista do BC divulgada em março como 27º maior do País, com ativos de mais de R$ 12 bilhões, ou cerca de 0,25% do total do sistema bancário. A instituição possui cerca de 750 funcionários e nove agências. O Prosper tem apenas 69 funcionários, três agências e ativos de R$ 450 milhões, ou aproximadamente 0,01% do total nacional.
Desde a intervenção, o BC buscava compradores para o Cruzeiro do Sul. Além disso, para evitar que o banco fosse fechado, também seria preciso renegociar dívidas que envolveriam o perdão de quase 50% do saldo junto aos credores. Como as operações não tiveram sucesso, o banco acabou liquidado.
Segundo o BC, no Cruzeiro do Sul o ato abrange a Cruzeiro do Sul Holding Financeira S.A., controladora do banco, e as empresas Cruzeiro do Sul S.A Corretora de Valores e Mercadorias, Cruzeiro do Sul S.A. DTVM, e Cruzeiro do Sul S.A. Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros, que também se encontravam submetidas ao RAET.
O Cruzeiro do Sul foi fundado pelo advogado Luis Felippe Indio da Costa em 1993, quando ele tinha 62 anos e esperava o momento de se aposentar. Desde então, é comandado pela família Índio da Costa, uma das mais tradicionais no Rio de Janeiro. Depois de se especializar em crédito consignado a funcionários públicos, o banco conquistou parceiros de negócios de peso como a GE Capital e cresceu em ritmo acelerado, a despeito do histórico de episódios negativos .
A liquidação do Prosper, que teve proposta de mudança de controle para o Cruzeiro do Sul não aprovada pelo BC, se deve a sucessivos prejuízos que "vinham expondo seus credores a risco anormal, a deficiência patrimonial e a descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro", diz um comunicado da autoridade monetária. No último trimestre, segundo dados do BC, o prejuízo da instituição passou de R$ 140 milhões. 
O BC informa que "continuará tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades, nos termos de suas competências legais". As investigações devem ter prosseguimento também no Ministério Público.

Fonte: ÚLTIMO SEGUNDO IG

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