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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Empreendimentos com áreas verdes ganham a preferência de quem quer mais tranquilidade.



Os altos preços dos imóveis não assustam compradores


Júnia Leticia - Estado de Minas



A vida agitada, vivenciada principalmente por aqueles que moram em grandes centros urbanos, acaba dificultando o contato das pessoas com a natureza. As poucas áreas verdes nas metrópoles e a falta de tempo para visitar um parque ou jardim botânico contribuem para a diminuição do convívio com as áreas verdes, muito importantes para o bem-estar físico e mental. 

Por isso, muitos têm preferido até mesmo pagar mais pela moradia para ter esse privilégio.

Isso foi comprovado por um estudo realizado pela multinacional sueca Husqvarna, que constatou que as pessoas preferem morar em regiões arborizadas, buscando mais qualidade de vida. A pesquisa foi realizada ano passado, com mais de 3.500 pessoas de sete países: Alemanha, França, Polônia, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia e Rússia.

Foi revelado que 63% dos entrevistados estavam dispostos a pagar mais por um apartamento ou casa se o imóvel fosse localizado em uma região com boas áreas verdes, em comparação, por exemplo, aos 34% dispostos a investir em áreas onde se possa fazer boas compras e aos 33% dos entrevistados que preferem áreas com boa programação cultural. Essa mesma pesquisa apontou que a residência com um jardim bem cuidado, seja ele amplo ou até mesmo vertical, valoriza o imóvel em até 16%.

Apesar de o levantamento não ter sido realizado no Brasil, profissionais do mercado imobiliário dizem que o fenômeno também é percebido no país. O motivo para isso é bastante simples: busca por qualidade de vida, como observa o gestor de vendas da GV Negócios Imobiliários, Thiago Portugal.

AR PURO

Ele oberva que, com os grandes centros urbanos cada vez mais populosos e uma paisagem que chama de selva de pedra, as pessoas têm buscado ter mais contato com o verde. “Poder desfrutar da natureza – tendo ao alcance ar puro –, de uma caminhada em contato com a fauna e a flora são grandes diferenciais que valem muito à pena”, diz.

E poder contar com esse privilégio é algo que está sendo cada vez mais demandado pelas pessoas, segundo Portugal. “São pessoas que veem valor em poder desfrutar constantemente da natureza, ter a sensação de ter mata nativa, lagoas e cachoeiras perto e acessíveis”, observa.


O representante Ronan de Aguiar Bahiense escolheu o condomínio fechado pensando no bem-estar da sua família

O representante comercial Ronan de Aguiar Bahiense optou por investir em um condomínio fechado em uma das regiões mais valorizadas da grande BH, o município de Lagoa Santa. Com área verde privilegiada, lago e uma boa estrutura de lazer, o local foi escolhido pensando no bem-estar de sua esposa e seu filho. Entre os motivos que levaram-no a apostar no local está a possibilidade de valorização do empreendimento, além, claro, do bem-estar. “A tendência hoje, é a pessoa buscar mais tranquilidade, aconchego e segurança, pensando sempre na família”, diz.

Pertinho da natureza 

Fugir do estresse do espaço urbano e buscar opções de moradia com mais qualidade de vida e segurança é uma alternativa crescente entre a população de Belo Horizonte 

Usufruir do privilégio de morar perto da natureza nem sempre significa pagar mais caro. Os preços mais elevados de alguns empreendimentos que apresentam essa característica se devem ao fato de serem projetos que tiveram que passar por grandes processos de licenciamento ambiental e que apresentam conceitos de utilização de sustentabilidade, segundo o vice-presidente da área das loteadoras da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Jader Nassif.

Ele esclarece que esses empreendimentos com valores elevados são construídos em bons terrenos, que, geralmente, são mais caros. “Além disso, pressupõem investimentos maiores em infraestrutura e em medidas de compensação ambiental. São, portanto, empreendimentos que se tornaram uma espécie de ‘grife’ para quem compra, por esses diferenciais.”

Independentemente do valor do empreendimento, Nassif confirma que atualmente, mais do que nunca, existe um público diferenciado que privilegia os espaços verdes. “São pessoas que querem melhor qualidade de vida e têm condição de concretizar esse desejo, porque não precisam mais da correria do espaço urbano”, diz.

Com relação ao perfil socioeconômico desses clientes, Nassif conta que são pessoas que têm uma condição de vida consolidada, não só financeiramente, mas também em relação à flexibilidade de horário de trabalho e deslocamento. “É um público composto por pessoas de classe média a alta, famílias ou casais de 30 anos ou mais e que têm, em sua maioria, filhos que também vão desfrutar dessa qualidade de vida.”


Thiago Portugal, da GV Negócios Imobiliários, diz que mesmo quem quer viver cercado pelo verde não abre mão da comodidade de serviços e comércio próximo à residência

Apesar de querer viver cercado pela natureza, esse público não dispensa a comodidade, como atesta Thiago Portugal, da GV Negócios Imobiliários. “Tendo a possibilidade de fácil acesso ao centro urbano sempre que for necessário, aliado com segurança, lazer, tranquilidade e entretenimento”, acrescenta.

Nassif confirma que os clientes que buscam o sossego dão preferência, principalmente, a quatro aspectos: contato com a natureza, convívio com a família, segurança e garantia de um bom investimento. “Em termos de infraestrutura, privilegiam empreendimentos com sistema de segurança, loteamentos fechados, energia elétrica, sistema de água de qualidade e pavimentação. Em alguns casos, buscam estruturas de lazer comuns que geram espaços de convivência e diminuem o custo da casa ao dispensarem estruturas internas de lazer.”

Para ele, o mercado europeu sempre valorizou as comunidades afastadas, com melhor qualidade de vida. “Agora, o mercado brasileiro também está seguindo essa linha mundial, de fugir do estresse do espaço urbano e buscar opções de moradia com mais qualidade de vida e segurança.”

Do ponto de vista financeiro, Nassif diz que esse tipo de empreendimento proporciona grande segurança, “porque nunca satura o mercado e representa um produto raro e qualificado”, justifica.

POTENCIALIDADE

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os municípios com maior probabilidade para receber esses empreendimentos são Lagoa Santa, Brumadinho, Igarapé e Betim. “São cidades que têm um grande potencial por terem condição de proporcionar uma grande área verde com topografia privilegiada. Oferecem tranquilidade, entretenimento, lazer e fácil acesso ao centro urbano quando necessário”, diz Portugal.

Nassif acrescenta o Vetor Sul, que compreende cidades como Nova Lima e Rio Acima, e o Vetor Norte, com destaque para Vespasiano, Pedro Leopoldo e Jaboticatubas. “No entanto, hoje outros municípios têm avançado em termos de empreendimentos, como Betim e Sarzedo. São cidades que são valorizadas por sua proximidade com a capital e por fatores como localização, distância e acessibilidade do sistema viário. Além disso, têm requisitos ambientais necessários, como boa topografia e recursos naturais como lagoas e montanhas.”

A partir dessas diretrizes, a tendência é de crescimento da quantidade desses empreendimentos, segundo projeta Nassif, “já que o brasileiro está vivendo um momento de crescimento econômico propício para adquirir esse tipo de produto, que é um sonho de consumo da classe média”, acredita.

No entanto, mesmo nas cidades citadas há o problema de não existirem mais grandes espaços para esses empreendimentos, como admite o vice-presidente da área das loteadoras da CMI/Secovi-MG. “A solução, portanto, será buscar novas áreas em locais fora da Região Metropolitana de Belo Horizonte.”

Investimento calculado

Como empreendimentos com área verde em abundância estão cada vez mais escassos, a solução, muitas vezes, é comprar na planta. Por isso, alguns cuidados são essenciais para quem quer investir.

» verifique se a planta do empreendimento está aprovada na prefeitura;
» informe-se sobre a construtora e incorporadora, pedindo currículos e/ou visitando obras já realizadas;
» leia o memorial descritivo da obra, no qual estão especificados materiais e padrão de acabamento;
» prefira financiar na condição de "preço fechado", na qual só o valor previsto em contrato pode ser cobrado e a entrega tem data determinada;
» exija o número da incorporação e o registro no cartório de imóveis para se certificar de que o terreno foi realmente adquirido;
» verifique se o contrato prevê um período de carência, além da data prevista para a entrega do imóvel – confira se são dias corridos ou dias úteis;
» certifique-se, ainda, de que a contagem de tempo para a entrega do imóvel não está vinculada ao início das obras. Nesse caso, não há garantias sobre a data de entrega.

Fonte: www.abmh.com.br.

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