Antes mesmo de entrar no quarto da maternidade, você já sabe se a nova mãe teve um menino ou uma menina só pelas cores e pelo tema do enfeite pendurado à porta. Mas hoje um movimento contrário aos padrões de gênero ganha espaço: o “gender neutral parenting”. A “criação de gênero neutro”, em tradução livre, não faz distinção entre meninos e meninas, enxergando apenas uma criança – ou seja, um ser de gênero neutro.
Na prática, esta filosofia vai desde permitir às crianças vivências ligadas ao gênero oposto – como meninos dançarem balé e meninas brincarem de luta – a sequer fazer referências sobre o sexo da criança mesmo para parentes e amigos próximos, a fim de impedir que ela seja tratada dentro dos padrões convencionais.
Os pais adeptos da criação de gênero neutro garantem que pretendem, assim, ampliar as experiências de vida dos filhos e permitir que eles escolham, na hora certa, como querem levar a vida. Para os críticos, a falta de modelos definidos causa uma confusão enorme na cabeça das crianças e pode ter efeitos maléficos mais tarde.
Se a ideia da igualdade for acordada entre os pais, os mesmos valores e atitudes passarão naturalmente para as crianças. Afinal, o que haveria de estranho em um menino brincar com os colares e anéis da mãe e uma garota querer usar chuteiras? “Deixar as crianças se expressarem é positivo, mas para isso não é necessário ignorar a existência de uma polaridade de gêneros”, conclui o psiquiatra Alexandre Saadeh.
Informações do Delas.iG, via CONSULADSOCIAL
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