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domingo, 9 de setembro de 2012

Na contramão da crise, venda de motos grandes cresce

GUILHERME SILVEIRA
DE SÃO PAULO

O mercado das motos vive um momento curioso. Enquanto os efeitos da crise mundial e o aperto no crédito travaram o segmento dos modelos pequenos, as opções de alta cilindrada (com motores acima de 500 cm³) têm crescido em vendas.

No primeiro semestre de 2012, foram emplacadas 27.741 motos grandes no Brasil. O número é bem superior às 17.935 unidades vendidas no ano passado inteiro. Os dados são da Abraciclo (associação dos fabricantes de ciclomotores).
Carolina Daffara/Editoria de Arte 


"Os compradores desses produtos são homens acima de 35 anos, pertencentes às classes A e B. Eles são fiéis ás marcas e seus produtos. Muitos são filiados a algum motoclube e usam mais a moto em finais de semana. É o típico motociclista que não pergunta aonde ir porque está preocupado apenas em ir", afirma José Eduardo Gonçalves, diretor-executivo da Abraciclo.
Caio Mattos/Divulgação
Honda GL 1.800 Goldwing tem rádio, pesa 400 kg e custa R$ 92 mil


As marcas apostam em estratégias exclusivas para atingir esse público crescente.

O Honda Dream, por exemplo, é um programa de atendimento diferenciado para clientes de motos grandes -- a marca japonesa oferece dez produtos desse tipo em diferentes categorias, como a das estradeiras.

"O cliente de motos pensadas para viagens quer compartilhar uma verdadeira experiência com outros usuários apaixonados pelo motociclismo, além de ter a sensação de liberdade que o produto proporciona", diz Alexandre Cury, gerente comercial da Honda.

CARDÁPIO VARIADO

Há muitas opções para quem pretende colocar as duas rodas na estrada. Uma delas é a big trail Suzuki V-Strom 650, que custa R$ 32,9 mil. O modelo agrada pelo motor potente (69 cv), tanque grande (22 litros), boa ergonomia e espaço para o garupa.

Outra na mesma categoria é a Honda XL 700V Transalp (R$ 29.990), uma opção ágil para o uso diário e eficaz em viagens mais longas com seu motor de 60 cv.

Há também os clássicos modelos custom, como a Harley-Davidson Softail Fat Boy (R$ 45,9 mil) e a Kawasaki Vulcan 900 (R$ 29.990).

Em uma faixa mais elevada de preço está a Honda GL 1800 Goldwing e seu enorme motor boxer de seis cilindros opostos (118 cv). Pesa quase 400 kg e tem marcha a ré, airbag, sistema de som e diversos porta-objetos. É vendida por R$ 92 mil.

A BMW K1600 GT é ainda mais cara: R$ 99,5 mil. O valor é justificado pelo motor seis cilindros (160 cv) e por detalhes como a carenagem capaz de aquecer piloto e garupa nas viagens.

CUSTO-BENEFÍCIO

As motocicletas de média cilindrada -com motores de 250 cm³, por exemplo- têm feito o mesmo sucesso que os modelos grandes. Somadas, as categorias cresceram mais de 40% entre 2010 e o acumulado de 2012 (veja quadro ao lado).

As médias atraem pelo custo-benefício, pois oferecem bom desempenho e seus preços começam em pouco mais de R$ 10 mil. Uma das opções é a Yamaha Fazer 250 BlueFlex (R$ 11.650).

Os responsáveis pelos resultados expressivos são compradores como o empresário Fabiano Godoy, 39. Após duas décadas de viagens sobre duas rodas pelo Brasil e pela Europa, ele aprendeu o que fazer para aproveitar os passeios sem sustos.

"Gosto das motos de 250 cm³ a 400 cm³. Por terem um porte razoável, chamam menos a atenção em locais considerados perigosos. E quando tenho que amarrar malas, as envolvo em sacos de lixo. Isso atrai menos os ladrões de plantão e protege a bagagem da chuva", diz Godoy.

Quem deseja seguir o exemplo do empresário e começar a fazer viagens longas de moto deve começar pelo planejamento detalhado da rota e das condições climáticas.

"Vale perder alguns dias estudando o percurso e a infraestrutura local. Pegar a estrada de moto é uma aventura e, por conta disso, sempre surgem imprevistos que geram atrasos. É necessário ter paciência e levar tudo da melhor maneira possível", aconselha.

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