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sábado, 8 de setembro de 2012

Onde estão os estudantes e os sindicalistas?




Vamos, Estudiantes

Daniel Viglietti

Vamos, estudiantes,
por calles y plazas,
vamos, que la vida
nos llama.
Vamos, compañeros,
con la frente alta,
quien lucha por algo
lo alcanza.
Hoy son brazos,
mañana, ¿qué serán?
¿qué serán, qué serán?
Hoy son piedras,
es cosa de pensar,
de pensar, ¡de pensar!
Vamos caminando,
los puños cerrados
y los corazones
alzados.
Vamos como un río
por calles y esquinas
gritando lo que dijo
Artigas.
Los tiranos
un día temblarán.
Temblarán, temblarán.
Viento frío
les vamos a arrimar.
¡A arrimar, a arrimar!
Somos aire nuevo
de la primavera,
contra nuestra voz
no hay barreras.
Sobre el aire oscuro
vamos a vencer,
andamos formando
un amanecer.


Calaram-se, como se tudo estivesse no mais perfeito estado, como se não houvesse corrupção, sacanagem política, favorecimento de multinacionais (incluindo bancos e montadoras), como se o país não estivesse a ser saqueado de forma monstruosa pelas mais diversas religiões, notadamente pela ICAR.
Viraram bananas moles, ou apodreceram?
Só porque a esquerda está no poder, a estudantada e as lideranças sindicais se calaram e se acomodaram? 
Para o povo - notadamente para a classe média - que não foi aquinhoado com  cotas ou programas do tipo vale-gás, bolsa-família e outros do gênero, porque não é pobre, nem rico, a exploração continua a mesma. 
A alta carga tributária frustra as esperanças da classe média, mas ela continua, masoquista, a sofrer calada, suportando juros extorsivos, no afã de parecer bem sucedida, sempre na expectativa de se tornar rica. Triste ilusão!!!
O PT e seus aliados engabelam a pobreza com ninharias, não conseguem mexer com os ricos e contam com a paralisia da classe média, que se mantém inerte, submissa, incapaz de esboçar uma reação contra tal estado de coisas  e vindicar sua participação na divisão das riquezas sociais.
Mas há crescentes e indisfarçáveis preocupações entre os que se encontram encastelados no poder, pois novas eleições se aproximam e as estatísticas parecem não favorecer os atuais apaniguados. Tais preocupações estiveram na raiz da retirada do IPI sobre a linha branca e sobre os automóveis, etc..., assim como  constituem a motivação para promessas de baixar o preço da energia elétrica, por exemplo. Tentativas sórdidas (típicas de políticos indecentes) de ludibriar a boa-fé do povo.
Vamos aguardar para ver o resultado das urnas, que sempre retratará - pelo menos em parte - o investimento feito na compra de votos e não a consciência política, porquanto eleitores com noção mínima de cidadania ainda são bem poucos.
Um último lembrete: a liberdade de fumar maconha ou de ingerir idênticas imundícies está a lhes ser dada como sedativo, como maneias, como algemas, para que se tornem descerebrados, quase mortos-vivos, seres incapazes de qualquer impulso e ato político efetivo em prol da coletividade. Não caiam na esparrela das drogas, das bebidas alcoólicas, as quais os tornarão zumbis, gente imprestável, de nenhuma utilidade à nação e à humanidade, restolhos que terminarão podres.  
Façam algo pelo que possam ser bem lembrados e reverenciados. Não se permitam passar pela vida de forma insignificante.
Lembrem-se: a ditadura feita de atos subliminares é muito mais perniciosa do que aquela, escancarada, arrogante e acintosa. Há muitas formas de distribuir porrada contra o povo, de submetê-lo. Não é só pelo medo que se mantém um povo cativo e sofrendo. Cabrestos de seda são usados de forma sutil e produzem os mesmos efeitos das correntes. A maior ou menor rudeza e desfaçatez é o elemento que os distingue.
Sinceramente, prefiro um milico grosso, direto, incisivo, a qualquer político matreiro, manhoso, maquiavélico,  capaz de lançar engodos e armadilhas, ao invés de balas de borracha e de spray de pimenta.
A hipocrisia é mais perniciosa do que a rudeza.

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