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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pedida prisão perpétua para autores de Massacre Trelew na Argentina



 


A advogada Carolina Varsky solicitou hoje prisão perpétua para quatro ex-membros da Marinha argentina acusados como autores do Massacre de Trelew, ocorrida há 40 anos, no qual foram assassinados 16 prisioneiros políticos.

Varsky, que representa os familiares de vítimas do trágico acontecimento do dia 22 de agosto de 1972 na base Almirante Zar, província de Chubut, pediu a condenação máxima para Rubén Paccagnini, Luis Sosa, Emilio del Real e Carlos Marandino por crimes de lesa humanidade.

Enquanto isso, exigiu para Jorge Bautista, acusado de encobrir o crime, dois anos de prisão em reclusão.

A parte pediu também ao juiz federal de Rawson, Hugo Sastre, que investigue o médico Lisandro Iván Lois como provável coautor do delito de encobrimento.

Também, solicitar aos Estados Unidos a deportação do oficial Roberto Bravo, cuja extradição foi negada por esse país, que segundo testemunhas e outras provas acumuladas no expediente foi um dos oficiais da Armada que disparou rajadas de metralhadoras contra os 19 prisioneiros políticos.

Três deles, Ricardo Haidar, Alberto Camps e María Antonia Berger, sobreviveram milagrosamente apesar de terem recebido inclusive tiros de graça e desmentiram declarações feitas poucos após o massacre com a versão oficial sobre o mesmo.

De acordo com a ditadura de Alejandro Lanusse e da Marinha, o assassinato dos prisioneiros produziu-se quando um réu tomou a arma de um guarda e começou a disparar em uma suposta tentativa de fuga.

Esse argumento foi negado pelos sobreviventes, quem foram sequestrados e desaparecidos durante a última ditadura militar.

Os 19 jovens fuzilados no dia 22 de agosto tinham acertado sua rendição -com garantias e na presença de um juiz e de jornalistas - uma semana antes, após participar de uma tentativa frustrada de fuga da penitenciária de Rawson, da qual outros seis prisioneiros conseguiram completar a fuga e irem para o Chile.

O julgamento pelo Massacre de Trelew, que entrou ontem em sua etapa final, continuará nessa terça-feira com a petição final da Secretaria de Direitos Humanos da Nação.

Nesta semana, antecipou a agência de notícias Telam, falará também o promotor federal Fernando Gelvez e depois, provavelmente na próxima, falarão as defesas dos cinco acusados.

jf/mpm/es
Modificado el ( martes, 18 de septiembre de 2012 )


Fonte: AGÊNCIA PRENSA LATINA

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