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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Pesquisa tenta desvendar 'efeito placebo'



Pesquisadores britânicos verificaram que animais também tinham respostas imunológicas similares aos humanos

BBC 
BBC
Wikimedia Commons
Cientistas pesquisaram em hamsters siberianos mecanismos do efeito placebo
Novas evidências obtidas através de um simulador virtual revelam como funciona o "efeito placebo" no corpo humano - quando, em determinadas circunstâncias, um medicamento falso pode curar uma doença como se fosse um remédio verdadeiro.
O estudo, conduzido pelo biólogo Peter Trimmer, da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, indicou que a reação se deve a uma espécie de "interruptor" presente no sistema imunológico humano e fruto da evolução, que é controlado pela mente.
A pesquisa começou quando Trimmer e sua equipe observaram que outros animais também apresentavam uma resposta similar à do efeito placebo. 

Para verificar tal processo, o biólogo fez um experimento com o hamster siberiano, um roedor que possui uma resposta imunólogica a infecções maior no verão e menor no inverno. 


Durante as pesquisas, Trimmer percebeu que os corpos dos roedores não combatiam as infecções tão bem quando as luzes de suas gaiolas simulavam o inverno.

Segundo Trimmer, o sistema imunológico exige muitos esforços do corpo para ser combatido. Quando o esforço é grande demais, em casos de infecções letais, homens e animais podem perder grande parte de suas reservas combatendo a doença, o que pode colocar em risco as suas vidas.
Mas quando a infecção não é letal, a melhor forma de lidar com o problema é esperar por um sinal de que não é necessário lutar contra a doença. Esse sinal pode ser um placebo - iluminação artificial, no caso dos hamsters, ou um remédio falso, no caso dos humanos.
O modelo revelou que, em ambientes hostis, os animais viviam mais e se reproduziam melhor caso suportassem as infecções sem induzir uma resposta imunológica.
Por outro lado, em ambientes mais favoráveis, foi mais fácil estimular uma resposta imunológica e a recuperação de um estado estável.
Os estudos apontam claramente uma vantagem evolutiva para iniciar e parar o sistema imunológico, dependendo das condições do ambiente.
Contexto 
Trimmer explicou que, no caso dos seres humanos, também há momentos bons e ruins para ativar o sistema imunológico.

"Se a pessoa quebra o pé, normalmente coloca todo o esforço no sistema imunológico para se curar rapidamente. No entanto, se está sendo perseguida por um predador – um leão, por exemplo – é melhor não concentrar seus esforços na cura e, sim, na fuga", explicou.
"Hoje, quando os médicos oferecem um remédio, não estão preocupados só em curar a doença, mas com o ambiente em que a pessoa está inserida", acrescentou.
Esse não é, entretanto, o único mecanismo que explica o efeito placebo. A reação pode ocorrer também quando a pessoa está convencida de que tomar certo medicamento garantirá a sua cura.

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