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sábado, 10 de novembro de 2012

Corrupção no Brasil tem origem no período colonial, diz historiadora


A IGREJA FOI UMA DAS GRANDES RESPONSÁVEIS PELA CORRUPÇÃO, QUANDO VENDIA INDULGÊNCIAS, POR EXEMPLO, OU QUANDO GANHAVA IMÓVEIS EM TROCA DE APOIO POLÍTICO, O QUE É FEITO ATÉ HOJE, QUANDO GANHA RESTAUROS DE IMÓVEIS EM TROCA DO MESMO APOIO, EM TODO  O BRASIL. E, DE VEZ EM QUANDO, VEM UM BISPO, OU PADRE, DIZER QUE A HIDRA PAPISTA/PROSTITUTA DE ROMA NÃO SE CONFORMA COM A CORRUPÇÃO.
MAS, NÃO É SÓ A CATÓLICA QUE CORROMPE. AS EVANGÉLICAS, EM GRANDE PARTE, APRENDERAM RAPIDINHO AS LIÇÕES DE SACANAGEM, COMO SE PERCEBE PRINCIPALMENTE EM ÉPOCAS DE ELEIÇÕES. NEGOCIATAS  ESCANDALOSAS SE REPETEM A CADA PLEITO PELA CONQUISTA DO EXECUTIVO OU DO LEGISLATIVO.
BANCOS, GRANDES EMPRESAS E PRINCIPALMENTE EMPREITEIRAS SÃO CAMPEÕES EM TAIS ESPÉCIES DE SACANAGENS, COM O AGRAVANTE DE QUE CONTRA IGREJAS E TAIS SEGMENTOS EMPRESARIAIS NÃO SÃO ABERTAS CPIs.
NÃO FICA IMUNE A TAIS MARACUTAIAS O PODER JUDICIÁRIO TAMBÉM, COMO  SABEMOS.
ENFIM, AS CHAMADAS INSTITUIÇÕES NADA POSSUEM DE "RESPEITÁVEIS", COMO GOSTAM DE PROCLAMAR E SER VISTAS.

-=-=-=

Mariana Della Barba

Da BBC Brasil em São Paulo


Cerimônia de beija-mão na corte de D.João VI, em que os súditos faziam pedidos ao monarca

O motorista que oferece uma cerveja para o guarda não multá-lo. O fiscal que cobra uma "ajuda" do comerciante. O ministro que compra apoio político. A corrupção está enraizada em vários setores da sociedade brasileira. E nada disso é recente, segunda a historiadora Denise Moura, que diz que a prática chegou junto com as caravelas portuguesas.

"Quando Portugal começou a colonização, a coroa não queria abrir mão do Brasil, mas também não estava disposta a viver aqui. Então, delegou a outras pessoas a função de ocupar a terra e de organizar as instituições aqui", afirma a historiadora.


"Só que como convencer um fidalgo português a vir para cá sem lhe oferecer vantagens? A coroa então era permissiva, deixava que trabalhassem aqui sem vigilância. Se não, ninguém viria."

Assim, a um oceano de distância da metrópole, criou-se um clima propício à corrupção, em que o poder e a pessoa se confundiam e eram vistos como uma coisa só, de acordo com Denise, que é professora de História do Brasil na Unesp.

No entanto, a historiadora deixa claro que a corrupção não é uma exclusividade do Brasil, é só uma peculiaridade da formação dessa característica no país.

"Temos enraizado uma tradição muito forte de poder relacionado ao indivíduo que o detém", avalia Denise. "E isso até hoje interfere na maneira como vemos os direitos e deveres desse tipo de funcionário."
Propina

"A coroa então era permissiva, deixava que trabalhassem aqui sem vigilância. Se não, ninguém viria"

Denise Moura, historiadora

No Brasil colônia, assim como hoje, a corrupção permeava diversos níveis do funcionalismo público, segundo a pesquisadora. Na época, atingia desde o governador, passando por ouvidores, tabeliães e oficiais de justiça, chegando até o funcionário mais baixo da Câmara, que era uma espécie de fiscal de assuntos cotidiano.

A historiadora conta que documentos mostram esse funcionário protegendo ou favorecendo um vendedor mediante propina.

Se a corrupção encontrou um terreno fértil nas instituições políticas do litoral, a situação era ainda mais grave na colonização de regiões como Minas Gerais, Goiás e o sul do país.

Ainda mais longe dos olhos da coroa, esses locais só eram acessíveis após meses de caminhada - o que exigia ainda mais incentivos para os "fidalgos-desbravadores".

"A coroa portuguesa estimulava pessoas e dizia: 'vão para o interior e podem mandar à vontade por lá', na tentativa de garantir a soberania do império com alguém morando no local", diz Denise.

A escravidão, segundo a historiadora, também contribuiu para o desenvolvimento da corrupção no país. Isso porque era a única relação de trabalho existente, deixando o trabalho livre sem qualquer tipo de norma para regê-lo.

Essa realidade criava um ambiente vulnerável, em que não era claro, por exemplo, os deveres de um guarda municipal - abrindo, de novo, possibilidade de suborno e outros tipos de corrupção.

Fonte: BBC

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