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sábado, 15 de dezembro de 2012

Andrea Bocelli diz ter recebido R$ 352 mil de show em Florianópolis que custou R$ 2,5 mi




Renan Antunes de Oliveira
Do UOL, em Florianópolis (SC)



Foto Rio News

Andrea Bocelli durante apresentação única no Jockey Club de São Paulo, nessa quinta-feira (13)

O tenor italiano Andrea Bocelli disse à Justiça de Santa Catarina que recebeu apenas R$ 352 mil dos R$ 2,5 milhões que teriam sido pagos, segundo a Prefeitura de Florianópolis, por um show cancelado no Réveillon de 2009 na cidade. O empresário do cantor levou outros R$ 88 mil, elevando para R$ 440 mil as despesas com ele.

A informação dos valores está no depoimento do cantor prestado na noite dessa quinta-feira (13), no camarim do show que realizou no Jockey Club de São Paulo. Um oficial de Justiça e um intérprete tomaram o depoimento dele, com a mulher do artista como testemunha.

Bocelli disse que recebeu US$ 200 mil (na cotação da época, R$ 352 mil). O cancelamento foi decisão da prefeitura, não do cantor. Críticas na imprensa e ações na Justiça sobre gastança na festa da virada causaram o corte.

Em 9 de agosto passado, o TCE pediu a responsabilização do prefeito Dário Berger (PMDB), dos ex-secretários Augusto Hinckel, Mario Cavallazzi e Aloysio Machado Filho, além da empresa Beyondpar, organizadora do evento, por improbidade administrativa.

O conselheiro Salomão Ribas Junior pediu investigações para saber a quantia exata recebida por Bocelli - agora se sabe, de apenas R$ 352 mil. Em entrevistas na ocasião, Ribas disse que era preciso esclarecer "se se tratou de um show caro ou se houve desvio de recursos". Hoje, ele não estava disponível. A assessoria do prefeito Dario Berger, que deixa o cargo no fim do mês, não retornou as ligações do UOL.

O depoimento de Bocelli foi pedido pelo juiz Alexandre Rosa, da 4ª Vara Criminal de Florianópolis, numa ação criminal que corre em segredo de Justiça. O objetivo era saber por que houve dispensa de licitação na contratação do show. A resposta de Bocelli sobre os valores recebidos poderá agora servir ao TCE e à 4ª Vara.


Fonte: UOL

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ATUALIZAÇÃO:


Eu não diria que o tenor é tão inocente quando afirma o MOACIR, porque corrupção é sempre pau de dois ou mais bicos.
Para o dispêndio de 2,5 milhões, alguém assinou um instrumento jurídico com tal valor: ou o Bocelli, ou alguém afirmando-se procurador dele. Este é um aspecto a ser esclarecido. Não é porque o tenor é cego que não "enxergue". Há várias formas de visualizar as circunstâncias e coisas.
Tem mais: é preciso ir fundo na investigação de outros contratos para shows nesta capital, inclusive aquele de lançamento do DVD da dupla VICTOR & LEO. Na ocasião, questionado pelo Mário Motta, Dário desconversou e tentou justificar o pagamento (sem esclarecer o valor) dizendo que o desembolso traria muito retorno para a Cidade.

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O rumoroso caso envolvendo o tenor Andrea Bocelli está completando agora três anos. Envolvido em dados nebulosos e informações obscuras, ganhou luzes graças à intervenção do advogado Eduardo Lamy, do escritório Melo & Souza, de Florianópolis. Coube-lhe, depois de dois anos de frustradas tentativas de contatos com o agente do cantor italiano – a Pentagon, da Irlanda – a iniciativa mais produtiva para esclarecer muita coisa sobre o lamentável caso, que exigiu tanta energia e tempo do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Policia e da Justiça.
Contratado pelo ex-secretário Mário Cavallazzi, um dos réus na ação impetrada pelo Ministério Público, o dr. Lamy procurou agentes, familiares e o próprio Andréa Bocelli, no Hotel Renascence, em São Paulo, onde se preparava para o show no Joquey Clube. Depois de falar com os agentes, assessores e até a esposa do tenor, teve produtiva e amistosa conversa com Bocelli, dele conseguindo uma declaração que explica muita coisa. Depoimento tomado na presença de um oficial de justiça – que tem fé pública – e de uma tradutora juramentada.
Nele, Bocelli afirma ter recebido U$ 200.000,00 de cachê pelo show, que U$ 50.000,00 foram pagos ao agente e que outros U$ 550.000,00 foram creditados para fretamento do jato e do helicóptero, além de toda a produção do show. Disse mais: que está pronto para cumprir o contrato, vindo a capital catarinense fazer o show cancelado.
Inexplicável é que estas informações só tenham vindo a público agora, depois de três anos. E, muito pior, que o tenor tivesse a disposição de cumprir o contrato. O show já podia ter acontecido há muito tempo. Criou-se um processo vergonhoso em que o menos culpado é o célebre artista italiano.


Postado por Moacir Pereira, às 7:45


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