Page disse não querer ficar em uma instituição
que tem preconceito contra não religiosos
A cinco meses da formatura e depois de quase três anos de estudo, Blake Page (foto) desistiu da West Point, a famosa e disputada academia militar dos Estados Unidos, por causa do preconceito ali contra ateus e do excessivo proselitismo religioso.
Em um texto que publicou no The Huffington Post com o título “Por que não quero me graduar na West Point", Page afirmou que “de forma alguma quer permanecer em uma instituição que deliberadamente ignora a Constituição dos Estados Unidos” ao premiar os cadetes cristãos, desrespeitando abertamente os não religiosos.
“[Inclusive] os novos catetes são incentivados pela cadeia de comando a ter participação em atividades religiosas”, disse Page. Ele citou o caso do 3º Regimento, onde a oração é obrigatória.
Page escreveu que “inúmeros oficiais violam descaradamente o juramento de defender a Constituição” ao permitir que o proselitismo evangélico prospere na West Point.
“Esses homens e mulheres são criminosos, são cúmplices no desafio diário ao código militar, permitindo o proselitismo inconstitucional e deixando de adotar políticas de apoio aos não religiosos.”
Page se livrou do pagamento de cerca de US$ 300.000 (cerca de R$ 600.000) referentes ao seu custo na West Point porque foi diagnosticado com “depressão clínica”. Ele está voltando para casa de modo a se recuperar emocionalmente e poder tomar uma decisão sobre o seu futuro.
As Forças Armadas dos Estados Unidos dão apoio espiritual aos seus soldados para, entre outras coisas, impedir que se eleve entre eles a taxa de suicídio. Existem clubes e capelães para os adeptos das diversas crenças, incluindo wiccanos. Para os descrentes, contudo, conforme relato de Page, só há preconceito.
Com informação do The Huffington Post, entre outras fontes.
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