sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Briga de galos
Conquanto pareça, a qualquer pessoa de bom senso, uma atividade abominável, a que se volta para colocar dois valentes galos frente à frente, para cortar-se com esporas de metal que lhe são colocadas nos pés, visando os proprietários e apostadores auferir ganhos financeiros, não resta a menor dúvida de que apreciar as aves em combate é algo emocionante.
A gana com que os contendores emplumados se enfrentam e a coragem para continuar lutando, apesar do cansaço, dos olhos vasados e dos corpos furados, é algo indescritível.
Que estranha mola impulsiona estes bichos para o entrevero, via de regra mortal?
Quem lhes incutiu no instinto este amor pela briga e o destemor da morte?
O que os motiva a dar demonstrações inequívocas de que a luta exige coragem e desprendimento, até da própria vida?
Visariam tais contendas fazer prevalecer os mais fortes e contribuir, assim, para o aperfeiçoamento da espécie?
Se a resposta à ultima pergunta for positiva, é preciso não esquecer de que nem sempre a força e a destreza física prevalecem, não sendo raras as ocasiões em que a agilidade mental e a astúcia sobrepujam a força.
A coragem, todavia, nunca será desprezível.
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