sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"Mula" de dinheiro da ICAR?

Há pouco tempo, o Vaticano foi acusado de lavagem de dinheiro. Agora um membro da ICAR é flagrado promovendo evasão de divisas.

Eta instituição "respeitável", digna de imunidade tributária, isenção, dinheiro para reformar templos, construir monumentos religiosos, promover Congressos Ecumênicos, ensinar aos nossos jovens, etc..., não acham?

No que será que se diferencia de picaretas como Edir Macedo, Valdomiro Santiago e outros? Só na maior tradição em afanar os crentes e os cofres públicos, parece-nos.

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Rio - Preso ao tentar embarcar para Portugal no domingo à noite com R$ 117.240, em euros e dólares não declarados, o administrador dos bens da Arquidiocese do Rio e pároco da Igreja Nossa Senhora de Copacabana, monsenhor Abílio Ferreira da Nova, 77 anos, viajou sete vezes para o exterior no período de dois anos.

A última ida foi em maio. O religioso vai responder em liberdade pelo crime de evasão de divisas, cuja pena pode chegar a dois anos e seis meses de prisão e pagamento de multa.

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
Monsenhor Abílio criticara seu antecessor por mau uso do dinheiro | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Como tem família em Portugal, a maior parte das viagens foi para lá, na cidade de Póvoa de Varzim. Quando foi flagrado por policiais federais, o religioso, que é português naturalizado brasileiro, se preparava para entrar no voo 184 da TAP. O dinheiro — 52.895 euros e 778 dólares — estava escondido na mala despachada, na bagagem de mão e, segundo os agentes, nas meias.

À Polícia Federal (PF), ele só conseguiu provar a procedência de 7 mil euros (R$ 15.400), mostrando documento de câmbio emitido pelo banco Bradesco. Em depoimento ao delegado Carlos Furtado, o religioso disse que o dinheiro seria usado para ajudar seus parentes pobres e na reforma da paróquia em que foi batizado.

“São economias de toda a minha vida. Fui comprando a moeda aos poucos. Por isso, não posso provar a origem”, declarou. No entanto, em nota à imprensa, ele garantiu que a procedência do dinheiro está declarada.

O flagrante só foi possível após ligação anônima ao Disque-Denúncia (2253-1177). Às 16h29 de domingo, a delegacia da PF do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, recebeu o informe com carimbo ‘difusão imediata’, onde constava o nome completo do suspeito, o voo, a companhia aérea e o valor (50 mil euros) não declarado.

Ontem, a Cúria deu o caso por encerrado e afirmou que a origem do dinheiro não será investigada pela Igreja. Para a Arquidiocese, como o monsenhor ocupava cargo de confiança e por ter dado explicação de como conseguiu a quantia, continua acima de qualquer suspeita.

Após o episódio, a Igreja Católica informou que o monsenhor Abílio não é mais o ecônomo da Arquidiocese do Rio e que o pedido de renúncia já havia sido feito pelo religioso desde maio, que alegou problemas de saúde.

Fonte: O DIA

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