quarta-feira, 6 de julho de 2011

Chávez comemora 200 anos de independência da Venezuela

Quaisquer complicações da doença podem gerar caos político no país exportador de petróleo, onde não existe nenhum sucessor designado nem entre aliados nem entre adversários para o carismático Chávez, que domina a Venezuela há 12 anos.
Fogos de artifício pipocaram em várias partes de Caracas enquanto os partidários de Chávez festejaram o bicentenário histórico à meia-noite.
Os colegas líderes esquerdistas latino-americanos Evo Morales, da Bolívia, José Mujica, do Uruguai, e Fernando Lugo, do Paraguai -- que também recebeu um diagnóstico de câncer no ano passado -- participavam das comemorações da independência e visitar Chávez.

BÔNUS RECUAM COM VOLTA DE CHÁVEZ

Descrevendo-se como sucessor do herói da independência Simón Bolívar, Chávez vem preparando as comemorações do bicentenário há anos, chegando a dar a algumas empresas nacionalizadas o nome de "Bicentenário".

Festas de rua estão acontecendo em todo o país, enquanto tanques e jatos iriam participar de uma parada militar em Caracas.
Chávez disse que não participará dos festejos nas ruas, mas alguns venezuelanos acharam que seu líder sempre imprevisível não conseguiria resistir à tentação de fazer algum outro gesto grandioso.
Os bônus venezuelanos tinham subido na semana passada, graças à impressão do mercado de que os problemas de saúde de Chávez poderiam ser precursores de uma mudança no governo, mas o retorno do presidente a Caracas freou esse movimento.
O bônus de referência com vencimento em 2027 caiu 2,375 pontos, para 74,500, no pregão da terça-feira, mas o volume foi baixo.

Conhecidos por suas disputas internas e a competição pela atenção do presidente, os aliados de Chávez pareceram aliviados e eufóricos em tê-lo de volta na Venezuela. Muitos no país previam que ele pudesse passar semanas ou até meses em Cuba.
(Reportagem adicional de Deisy Buitrago, Mario Naranjo, Girish Gupta e Diego Ore, em Caracas)

 
Fonte: REUTERS

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