Luis Soares, Pragmatismo Político
A identidade do norte
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| Quem tem saudades do servilismo? |
Seriam melhores em tudo, os do norte? Quem dera, no entanto, fossem os do norte verde e amarelo. O que não é o caso.
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Uma pena, mas os de cima
Mas eis que hoje, os do norte, uma vez admirados e invejados, inclusive por uma parcela
Diferente de outrora, os do norte, da América do Norte, agora nem mesmo a nós, latino-americanos, podem recorrer.
Sabem quando a geladeira repentinamente esvazia-se, não importando a razão, e num impulso de emergência nos viramos ao quintal para fazer uma reposição ainda que temporária? Esse quintal não mais existe. Goste-se ou não de Lula; concorde-se ou não com as ações do seu governo após os oito anos conclusos, mas um ponto haveria de ser consensual: ele encabeçou, com a reconhecida colaboração de outras lideranças da América Latina, a justa virada de mesa capaz de desprender-nos de uma colonização velada, mas ainda presente. O esforço para o fortalecimento do Mercosul e a luta por identidade própria são metas realizadas, indignas de contestação.
Infelizmente o consenso não veio, diferente da contestação. Ficaram inconformados, em prantos, aqueles tantos, ou nem tantos assim, adaptados a falar, como diria Chico Buarque, grosso com a Bolívia e fino com Washington. Aqueles para quem o gari ou a doméstica merecem repreensão ou humilhação apenas pela razão de ser. O turista do norte, ao contrário, todas as reverências. E, curiosamente, esses mesmos inconformados dão de ombros caso sejam destratados enquanto se aventuram em compras e passeios no território do tio sam. Soa estranho, mas o orgulho, aí, reside exatamente na condição de colonizado.
Na tv aberta brasileira ainda é difícil detectar todo esse campo minado. Só que para a tv aberta brasileira damos colher de chá. Eles, além de quaisquer outros, cumprem função compatível a de uma torcida organizada. Ou melhor, a de um fã clube, de quando depara-se com o ídolo em ocasião embaraçosa, acometido por um delito, e nem por isso caminhar ao lado torna a ser empecilho.
Na tv aberta brasileira ainda é difícil detectar todo esse campo minado. Só que para a tv aberta brasileira damos colher de chá. Eles, além de quaisquer outros, cumprem função compatível a de uma torcida organizada. Ou melhor, a de um fã clube, de quando depara-se com o ídolo em ocasião embaraçosa, acometido por um delito, e nem por isso caminhar ao lado torna a ser empecilho.
A identidade norte-americana rejeitamos em nome do bom senso, da soberania, da literatura, da miscigenação, da cultura brasileira e porque sim, diferente do que sugeriu Obama em sua última campanha eleitoral (eles não puderam), nós podemos!


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