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quinta-feira, 20 de junho de 2013

MAIS ESTUDOS, MENOS ÁLCOOL, CACALHADA!



Estudantes de Florianópolis lideram consumo de drogas ilícitas, segundo estudo nacional
Dados revelam que drogas como maconha e crack já estiveram presentes na vida de 17,5% dos adolescentes entre 13 e 15 anos entrevistados na Capital catarinense

Gabrielle Bittelbrun


Uma ameaça silenciosa ronda o 9º ano do ensino fundamental de escolas das capitais da região Sul. Os jovens de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são os que mais experimentaram drogas lícitas e ilícitas, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde.

Em Florianópolis, 17,5% dos jovens dessa fase escolar já usaram maconha ou crack.
A Pesquisa Nacional em Saúde do Escolar (PeNSE) apontou que a região Sul lidera o ranking de estudantes que usaram drogas ilícitas, com índice de 8,8%. 

Na Capital Catarinense, entre os usuários declarados, 10% tinham usado maconha até 30 dias antes da pesquisa e 6,9% tinham usado crack no último mês.

Entre estudantes que já consumiram tabaco ou bebida alcoólica, o topo também é do Sul. Em Florianópolis, 78,8% dos alunos do 9º ano relataram ter consumido álcool ao menos uma vez na vida. Os entrevistados têm entre 13 e 15 anos. 

Adolescência é a fase mais vulnerável

Para o doutorando em Neurociência e professor da Unisul, Ubirajara dos Santos, a chance de estudantes dessa idade que provaram alguma droga voltarem ao consumo é grande. 

Ele explica que há uma diminuição da sensação de prazer na adolescência, o que aumenta a dependência de substâncias que deem a falsa sensação de bem-estar. Drogas e álcool também prejudicam funções de aprendizagem e memória.

A psicóloga e doutora em Educação da UFSC Magda do Canto Zurba atribui os registros à falta de políticas de saúde mental para crianças e adolescentes, como psicoterapia gratuita e de fácil acesso aos estudantes e às famílias. 

Ela explica que muitos jovens procuram os entorpecentes quando estão deprimidos ou ansiosos. Magda defende ações mais efetivas de acolhimento pelo Estado. 
— Uma das causas de adesão à droga é o problema existencial do adolescente que ninguém trata — resume.


Diálogo é Essencial

A Psicopedagoga Priscila Pasqualini orienta pais e mestres sobre como abortar o tema das drogas:

:: A temática das drogas deve ser abordada desde a educação infantil, respeitando-se o desenvolvimento de cada um. Quando a criança perguntar sobre o assunto, eles precisam explicar do que se trata, mesmo sem detalhes.

:: O importante é não mudar de assunto com o filho para não tornar as drogas um tabu. Ou a questão poderá despertar mais interesse só por ser proibida.

:: Não há uma idade ideal para começar a falar sobre drogas. Depende do convívio entre pais e filhos. A conversa deve ser natural e não se pode forçar uma proximidade.

:: O ideal é que os pais aproveitem os momentos do dia a dia. Algum programa na televisão que mostre bebida alcoólica, por exemplo.

:: Evite brigas ou discussões envolvendo o assunto. Tente abordar as questões de forma acolhedora.

:: Os professores podem utilizar os meios de comunicação para iniciar os trabalhos de abordagem da temática. 

:: Ouvir os alunos adolescentes ajuda. Em muitos casos, o que eles sabem ou viram sobre as drogas pode servir como ponto de partida para as discussões.


Estrutura pública de apoio

:: No Centro de Referência de Assistência Social (Cras), a unidade básica de atendimento de assistência social, se trabalha a prevenção, com campanhas, palestras e filmes.

:: Nos Centro de Atenção Psicossocial (Caps), há ajuda psicológica, psiquiátrica e clínica para dependentes químicos ou pessoas com transtorno mental.

:: Crianças e adolescentes com problemas de drogas são atendidos na rede básica de saúde, podendo haver encaminhamento para Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou para o Centro Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (Capsi).

DIÁRIO CATARINENSE

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