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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Dois homossexuais mortos e cerca de 40 detidos nas últimas semanas na Tchetchénia, denuncia relatório


15.01.2019 às 10h28





Putin deu o seu aval a Kadyrov em março de 2016, nove anos depois da sua chegada ao poder


EPSILON
 
A Russian LGBT Network fala de uma nova vaga de perseguições de pessoas LGBT naquela região do Cáucaso. Durante a vaga de 2017, três homens foram mortos e mais de uma centena foi detida, enquanto outros foram torturados com choques elétricos. “Com vidas em risco, há uma necessidade urgente de uma resposta internacional”, diz Anistia Internacional



HÉLDER GOMES


Dois homossexuais foram mortos e cerca de 40 homens e mulheres, homossexuais ou suspeitos de serem homossexuais, foram detidos desde o final de dezembro do ano passado na república russa da Tchetchénia. Os números constam de um relatório da organização Russian LGBT Network, que fala de uma nova vaga de perseguições de pessoas LGBT naquela região do Cáucaso.

Apesar de a Rússia ter descriminalizado a homossexualidade durante o colapso da União Soviética, a polícia tchetchena tem detido periodicamente homossexuais em prisões extrajudiciais sem repercussão das autoridades federais russas.

O líder da região, Ramzan Kadyrov, foi o grande beneficiário de um acordo com o Kremlin para manter a paz após as duas guerras de rebeldes tchetchenos pela independência no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Em troca da sua lealdade a Moscovo, foi concedida a Kadyrov grande margem de manobra para governar.
MÉTODOS USADOS PARA DESCOBRIR REDES DE TERRORISTAS ISLÂMICOS

Desde então, Kadyrov tem promovido a estrita observância do Islão na região predominantemente muçulmana e atacado repetidamente os homossexuais. Em 2017, Kadyrov disse que era impossível a polícia estar a perseguir homossexuais por não existir nenhum na região. Nesse ano, três homens foram mortos e mais de uma centena foi detida, enquanto outros foram torturados com choques elétricos. Durante as sessões de tortura, as autoridades exigiam-lhes que revelassem as identidades dos seus parceiros e de outros, de acordo com a organização não-governamental Human Rights Watch. Os serviços de segurança terão recorrido aos métodos usados para descobrir redes de terroristas islâmicos nas décadas anteriores, incluindo torturar e pressionar os familiares dos suspeitos.

Na sequência da publicação do mais recente relatório da Russian LGBT Network, a diretora regional da Amnistia Internacional Marie Struthers afirmou em comunicado: “As notícias de que as autoridades retomaram a repressão são absolutamente arrepiantes. Com vidas em risco, há uma necessidade urgente de uma resposta internacional.”

Um porta-voz de Kadyrov, Alvi Karimov, disse à agência russa de notícias Interfax que o relatório não contém “1% de realidade” e que “não houve prisões baseadas na orientação sexual”.
 
Fonte: https://expresso.pt/internacional/2019-01-15-Dois-homossexuais-mortos-e-cerca-de-40-detidos-nas-ultimas-semanas-na-Tchetchenia-denuncia-relatorio#gs.v502uzPr

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