Jorge Lacerda, Celso Ramos, Ivo Silveira, Vilson Kleinubing, Esperidião Amin, Jorge Bornhausen, Konder Reis, Pedro Ivo Campos e Luiz Henrique da Silveira. Quem não tem orgulho destes nomes?", disse o novo presidente da Alesc.
E eu indago: O que mesmo que tais cidadãos e ex-governadores fizeram de bom pelo Estado?
E respondo: não vejo, em nenhum deles, nada digno de nota, em relação ao desenvolvimento do Estado e sua beleza.
Não cuidaram, nem mesmo, de dotar nossos municípios de saneamento básico capaz de fazer jus à intensa visitação turística que nos acomete a cada temporada de veraneio. Florianópolis é uma das capitais mais atrasadas no particular.
Estão aí os vexames de Balneário Camboriu e de Florianópolis a atestar, para quem quiser ver, a negligência de todos os governantes mencionados com a saúde do povo catarinense e dos que nos visitam. É verdade que a população não colabora, eis que lança dejetos nos cursos d'água, mas cabe ao governador reprimir tais absurdos.
É uma vergonha, o estado deplorável da coleta e tratamento de resíduos sólidos gerados por hospitais, estabelecimentos comerciais e residencias.
As pontes que ligam a Ilha-capital ao continente estão em estado de calamidade, mesmo com a Hercílio Luz tendo ensejado uma roubalheira em todos os governos mencionados, sob o manto protetor do Tribunal de Contas.
A estrada que demanda da BR-101 à região de Blumenau é outro despautério, um verdadeiro "açougue", ceifando vidas incontáveis e isto, pelo jeito, nunca sensibilizou nenhum dos citados administradores.
A mobilidade urbana revela a incúria de seguidos governos, incapazes de prever a expansão do tráfego de veículos, por exemplo, na região da Grande Florianópolis, ressalvados alguns elevados que Dário Berger andou fazendo na capital. O transporte marítimo não consegue vencer as barreiras que lhe são antepostas.
A criminalidade está a crescer previsível e assustadoramente. Torturadores de S. Pedro de Alcântara acabam de ser absolvidos pela justiça estadual, em decisão de primeiro grau, da Comarca de S. José. Temos um dos maiores índices de feminicídio.
As velhas e carcomidas "oli-clepto-garquias" - que se revesam numa alternância de pinhão com tainha (salvo raríssimas exceções, Kleinubing, Blumenau e LHS, Joinville) -, continuam a dominar a política catarinense. Nada de novo aconteceu, nem irá acontecer, sob a batuta do governador Moisés, porquanto é sabidamente dependente dos velhos e corruptos políticos do MDB (como Ada de Luca e Pinho Moreira) e da direita rançosa. Sem se conchavar com o MDB, não conseguirá "governabilidade".
A Justiça, ao seu turno, também é de uma morosidade paquidérmica, quando se trata de punir corruptos, como é o caso do deputado (Romildo Titon) e sua gangue - envolvidos em desvios com a abertura de poços artesianos - e ainda o caso Montreal/CELESC, que deu em nada, simplesmente porque a justiça catarinense permitiu que a excludente de criminalidade conhecida como "prescrição" livrasse Eduardo Pinho Moreira e seus companheiros peculatários de qualquer punição.
Assim, não consigo ver onde se baseiam os elogios aos governadores mencionados, tampouco onde se fundam as esperanças do deputado Júlio Garcia.
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