A polícia acusou algumas israelenses que se juntaram à oração mensal das Mulheres do Muro no Kotel, nesta sexta-feira, de "deliberadamente criar fricção e provocação" e exacerbar os confrontos com os milhares de fiéis ultra-ortodoxos que protestaram contra a presença do grupo progressista.
Um porta-voz da polícia disse que um grupo de homens e mulheres que chegaram ao local sagrado, em apoio a Mulheres do Muro, decidiram realizar um serviço de gênero misto na praça atrás da seção de oração segregada por gênero. Esse serviço provocou brigas adicionais com vários manifestantes ultraortodoxos, que a polícia conseguiu dispersar, disse o porta-voz.
As mulheres da diretoria da organização feminina negaram categoricamente a versão dos eventos dada pelas autoridades israelenses, acusando a polícia de "mentir descaradamente". A diretora da Mulheres do Muro disse que sua organização conversou com altos funcionários da polícia, nos dias que antecederam o culto de sexta-feira, dizendo-lhes exatamente onde o rabino do Muro Ocidental, Rabi Rabinovitch, havia ordenado que orassem e solicitando proteção contra o assédio antecipado, que de fato acabou acontecendo.
Uma porta-voz do grupo disse que, apesar da alegação da polícia de que havia uma área reservada na seção feminina, nenhuma seção isolada foi montada para elas, nesta sexta-feira. Ela acusou as autoridades de "negligenciar" sua segurança.
As Mulheres do Muro realizaram um serviço especial de aniversário, comemorando 30 anos desde a sua criação. Sua reunião atraiu protestos de alguns bairros da comunidade ultra-ortodoxa, com vários rabinos proeminentes pedindo aos estudantes que se dirigissem para a praça do Muro das Lamentações, afim de perturbar as Mulheres do Muro e protestar contra o culto não-ortodoxo.
Uma porta-voz do grupo progressista disse que várias mulheres mais velhas foram empurradas para o chão por manifestantes ultra-ortodoxos, acrescentando que o protesto foi muito mais intenso do que o que elas estão acostumadas a suportar mensalmente. Duas fiéis mais tarde receberam tratamento médico adicional, disse o porta-voz, sem explicar a extensão dos ferimentos.
A polícia disse que manifestantes extremistas também entraram em confronto com oficiais enviados ao local sagrado para manter a ordem. Um manifestante de 20 anos foi preso por tentar agredir um policial, disse o porta-voz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário