domingo, 1 de setembro de 2019

UM POUCO DE MEDICINA ROMANA - Uma erva quase "milagrosa"



LASERPICIUM


- MÁRIO CURTIS GIORDANI - História de Roma - Editora Vozes - Petrópolis-RJ/1968, p. 289, discorrendo sobre a Medicina:  
 
Ervas, raízes, ungüentos, emplastos eram usados e abusados. Das plantas medicinais sobressaia o laserpicium que Plínio chama um dos maiores dons da natureza (Inter eximia naturae dona numeratum - Plínio, o Velho, XII, 101).

O suco da raiz do laserpício era sobremaneira apreciado e tinha múltipla aplicação nas convalescenças, nos estados de prostração, nas digestões difíceis, nos distúrbios circulatórios e nas doenças das mulheres.

Era empregado para curar feridas e chagas e para amadurecer os abcessos. Curava a dor de garganta, asma e mil e uma outras moléstias.

Servia também como antídoto contra mordeduras de cobras e picadas de escorpiões.

O laserpício apenas se revelava impotente contra as dores de dente. Nesses casos dolorosos aconselhava-se a polpa da abóbora com absinto e sal. Lavar a boca com sangue de tartaruga três vezes ao ano ou dissolver sal sob a língua pela manhã e em jejum, eram indicações para a boa conservação dos dentes. Contra as devastações da calvície, receitava-se uma infusão de vinho, açafrão, pimenta, laserpício e excremento de rato. (...)

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