quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

PRESERVAR É PRECISO, MAS COM TEMPERAMENTOS


Devemos preservar o meio ambiente, de modo a assegurar uma vida saudável para as gerações atuais e vindouras, mas não com tal intensidade que transformemos a humanidade numa horda de pessoas infelizes, incapazes de ousar, ante o medo/pavor dos vários poderes de polícia administrativa e militar, do Ministério Público, da Justiça e de outros tantos mecanismos estatais de coerção. Isto inibiria toda iniciativa humana, fonte primitiva de progresso e atentaria, de modo fulminante, contra a liberdade individual e a felicidade coletiva.
Reprimir e expor à execração pública até os cidadãos mais simples, sem compreensão total das consequências de um pequeno deslize, até diante da complexidade absurda da legislação ambiental, é engendrar malefícios que não podem ser confundidos com benefícios às diversas gerações. 
Caso contrário chegaremos ao extremo de sermos proibidos de exalar  gás carbônico  com a nossa nossa natural expiração (hematose). 

Como já disse BERTRAND RUSSEL (A autoridade e o indivíduo), "não criaremos  um mundo bom tentando domesticar o homem e fazê-lo tímido, mas estimulando-o a ser arrojado, aventureiro e destemido, exceto quanto a infringir males a seus semelhantes", até porque a intimidação não produz grande feito junto aos grandes.  JOAQUIM NABUCO, um defensor ferrenho da libertação dos escravos,  afirmou, já em 1886 que "o braço da justiça não é bastante longo e bastante forte para abrir as porteiras das fazendas".

Todo remédio, ou castigo, deve ser dosado, ou seja, ministrado na justa medida, sem histeria punitivista. 

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