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terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Árvore símbolo da Amazônia e da cooperação

 SUMAÚMA

-==-=-=-

- Brics: árvore amazônica ‘sagrada’ é escolhida como novo símbolo do grupo

A árvore, que tem uma função natural de compartilhamento de recursos, deve ser símbolo de "cooperação" e "desenvolvimento compartilhado" entre os membros do Brics

Sumaúma.Créditos: biodiversity4all

Anne Silva

Por Anne Silva

Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el 21/12/2024 · 16:30 hs


A Sumaúma (Ceiba pentranda) é um símbolo sagrado da floresta amazônica. A árvore da família das bombacáceas, de grande porte — que  pode chegar a ter até 70 metros de altura —, é reconhecida por ter um tronco espesso de raízes tabulares e frutos fibrosos: pequenas esferas que contêm sementes em seu interior, envolvidas sob uma camada branca de paina, que pode ser usada como alternativa ao algodão. 

Sumaúma (Ceiba pentandra) - folha e frutos. Crédito: arborea.net


Ela é uma árvore de múltiplas funções: além de ser sagrada para os povos nativos do continente sul-americano (apelidada de "guardiã da floresta" e "mãe das árvores", tem uma propriedade natural de grande significado: a sumaúma é capaz de retirar água do solo profundo, mesmo em tempos de seca, e de compartilhá-la com a vegetação circundante, deixando a floresta "alimentada". 

Foi essa árvore nativa de regiões tropicais a escolhida, na última sexta-feira (20), para ser o símbolo dos Brics (grupo de países do Sul global cujos principais membros são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). 

A sumaúma vai compor a logomarca da identidade visual dos Brics a partir de 2025, quando o Brasil deve assumir o posto de presidente temporário do grupo, seguindo a rotatividade da posição.

Identidade visual dos Brics. Créditos: Agência Brasil


A árvore deve simbolizar a "cooperação" e o "desenvolvimento compartilhado" dos membros, justamente por sua função natural no compartilhamento de recursos. 

No início de 2024, o presidente Lula plantou, no jardim da residência oficial do governo, o Palácio da Alvorada, em Brasília — cidade que sediará o encontro dos Brics no ano que vem — duas mudas de sumaúma.

Há diversos outros usos conhecidos para a árvore sagrada, cuja seiva tem propriedades medicinais. É a partir dela, informa o Instituto Osoka Amazônia, que se extrai o composto para o medicamento que trata a conjuntivite. 

A casca, por sua vez, tem propriedades diuréticas e pode ser usada para a produção de um chá que auxilia no tratamento da hidropisia do abdômen e da malária, além do combate a fungos e bactérias.

Na Floresta Nacional do Tapajós, no estado do Pará, está uma das mais antigas árvores de sumaúma, que tem entre 900 e 1000 anos de idade e mede mais de 45 metros de altura. A árvore gigante pode "umidificar" o arredor com até mil litros diários de água lançada à atmosfera, e é uma peça importante da regulação climática e do abastecimento de rios aéreos da região — e do planeta.

https://revistaforum.com.br/meioambiente/2024/12/21/brics-arvore-amaznica-sagrada-escolhida-como-novo-simbolo-do-grupo-171399.html


sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Milpamérica - UMA REDE SOCIAL - nace de la necesidad de un espacio virtual libre de racismo.




Milpamérica, una red social para resistir al algoritmo de Elon Musk
Noor Mahtani|Bogotá

Más de 75 defensores del territorio de diversos pueblos indígenas crean un espacio virtual libre de “racismo y discursos neoliberales” para publicar historias de las tierras mesoamericanas y sus diásporas.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

ABUSO POLICIAL -Michael Sullivan, el hombre que recibirá un millón de dólares tras pasar 27 años en prisión por un crimen que no cometió



Una nueva evidencia sobre su ADN logra la liberación del hombre, encarcelado en 2013. Fue arrestado y condenado por el asesinato Wilfred McGrath en 1986

Michael Sullivan en Billerica, Massachusetts, el 20 de noviembre 2024.Foto: STEVEN SENNE (AP) | Vídeo: AP


Michael Sullivan recibirá un millón de dólares del Estado de Massachusetts tras pasar 27 años en prisión por un crimen que no cometió. Sullivan fue arrestado y condenado por el asesinato Wilfred McGrath en 1986. Tras años de sostener su inocencia, nuevas pruebas de ADN lograron su liberación en 2013. En noviembre, un jurado ordenó al Estado pagarle 12 millones de dólares en compensaciones tras una demanda, pero las regulaciones locales redujeron el pago final.

Durante su estancia en prisión, Sullivan atravesó la muerte de su madre, su hermana y su hermano, sin que le fuera permitido asistir a los funerales. Debido a su condena perpetua, no estaba autorizado a participar en los programas para capacitación de diversas profesiones en prisión. También sufrió distintos ataques en los que sufrió heridas severas en una oreja y la nariz.

"A grande prejudicada pela queda de Assad é a própria população síria", afirma analista



Segundo Renatho Costa, queda do governo sírio e ascensão dos terroristas beneficia Israel e EUA

Bashar al-AssadCréditos: Kremlin
Escrito en GLOBAL el 9/12/2024 · 11:01 hs

"A grande prejudicada pela queda de Assad é a própria população síria, que poderá vivenciar um processo semelhante ao que ocorreu no Afeganistão, Iraque e mesmo com o Daesh"

Com a confirmação da queda do governo de Bashar al-Assad neste fim de semana, o mundo voltou seus olhos para a Síria, país que vive em guerra civil desde 2011 e agora está sob controle do Hay'at Tahrir Al Sham (HTS), antiga Al-Qaeda, que conseguiu marchar sobre Aleppo, Hama e Damasco em um ataque relâmpago que forçou a renúncia do governo.

Logo após a queda de Assad - aliado do Irã, da Rússia e do Hezbollah -, Israel iniciou uma ocupação militar no sul da Síria e celebrou o fim do regime, um dos principais opositores do sionismo no mundo árabe.

Para entender melhor a situação do conflito, ouvimos Renatho Costa, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) e especialista em Oriente Médio.

Quem se beneficia da queda de Assad?

"A deposição de Assad interessa muito ao Estado de Israel. A Síria, historicamente, tem se oposto à atuação expansionista dos governos israelenses e apoiado os palestinos em sua luta pela Palestina independente. Também tem se recusado a aceitar a perda de seus territórios em Golã. Isso tem ficado mais evidente com as declarações do atual governo israelense", afirma o professor.

Outro aspecto importante observado por Renatho é a importância estratégica da Síria na logística entre Irã e Hezbollah. Boa parte dos armamentos que chegavam de Teerã para o grupo xiita - que faz o enfrentamento militar mais forte ao Estado de Israel neste momento - agora não poderá passar pelo território sírio.Abu Mohammad al-Julani, líder da antiga al-Qaeda (HTS) na Síria (Foto: Reprodução/CNN)

"Com a queda de Assad, há uma desarticulação do Eixo da Resistência [composto pelo governo Assad, Hezbollah, a Resistência Iraquiana, forças palestinas e o Ansarallah, no Iêmen], o que é muito importante para a manutenção da política expansionista e genocida do governo israelense", afirma.

Os EUA, que foram grandes financiadores dos rebeldes sírios e viram a aliança Moscou-Damasco derrotada nesta semana, também se beneficiaram da queda do regime.

"Outro beneficiário são os Estados Unidos, que conseguem desarticular um forte apoiador do governo russo na região e enfraquecer as ações do Hezbollah, devido à ruptura da conexão com a Síria", continua o professor.

"O grande prejudicado pela queda de Assad é a própria população síria", completa.

"A Síria era um Estado com governo autoritário e baixíssimo índice de democracia e liberdade, porém, sua deposição não foi feita com base em estabelecer um Estado democrático, mas sim, em reduzir os riscos de segurança para o Estado de Israel. Com isso, logo veremos onda de refugiados sírios em outros países e estabelecimento de um governo ainda mais autoritário que o de Assad. A deposição de Assad não estava ligada aos interesses da população síria", afirma o professor.

Impactos da queda de Assad na região

Na visão de Renatho, os terroristas do HTS não estarão subservientes aos EUA diretamente, mas podem ser influenciados pelos norte-americanos.

"O HTS também pode se converter num risco ainda maior na região se conseguir se estabelecer no poder e for formalmente reconhecido por outros países, pois isso poderá dar-lhe condições materiais para criar uma estratégia muito semelhante à estabelecida pelo Daesh. As diretrizes propostas pelo HTS, oriundo da Al-Qaeda, deixam claro que a criação de um Estado com base na visão dos membros do que seria um ‘Estado Islâmico’ é o objetivo final. O califado do Daesh não é muito diferente do que se busca estabelecer na Síria", afirma Renatho.

"Com a queda de Assad e as recentes baixas do Hezbollah no conflito com Israel, a aliança entre sionistas e estadunidenses deve se estender para mais territórios no Oriente Médio. Teremos de ficar atentos aos desdobramentos planejados para o Iraque e Iêmen, pois não me parece que os israelenses e estadunidenses ficarão satisfeitos com esses ganhos momentâneos. Muito provavelmente, aproveitarão o momento para tentar minar os demais aliados do Irã", afirma Renatho.

A influência deste grupo terrorista pode se estender para vizinhos como o Líbano, destruído pelos ataques israelenses recentes e absorto em uma crise política e econômica grave.

"O impacto mais efetivo será no Líbano, pois, além de ser um país vizinho à Síria, historicamente sempre mantiveram laços muito próximos. O estabelecimento de um regime que, ao que tudo indica, seguirá a linha do Daesh ou do Talibã, exercerá uma forte pressão nas fronteiras libanesas e poderá levar um conflito para dentro do país", explica o professor.

Para além disso, a resistência palestina também será duramente afetada. "A Palestina é muito afetada pela queda de Assad e pelo HTS alçar o poder. Porque, apesar de Assad ter constituído um governo autoritário, era completamente solidário à causa palestina e a apoiava como política de Estado. O HTS não tem esse compromisso e, muito provavelmente, o que poderá ocorrer é um posicionamento passivo. Assistir à atuação dos israelenses contra os palestinos e simplesmente manter-se alheio aos fatos. Esse seria um posicionamento esperado pelo governo de Netanyahu. Não entendo que haja qualquer ação do HTS contra os palestinos, mas, como exposto, a perda do apoio sírio enfraquece muito a estrutura criada para dar suporte à resistência palestina."

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Israel e EUA financiaram a derrubada de Assad para que os sionistas tomem mais terras para Israel?

É o que tudo indica.

O tempo confirmará, ou não, essa expectativa.

O que nunca me convence é que os dois estados referidos tenham derrubado Assad apenas porque ele era um "ditador", ou seja, em defesa da "democracia" na Síria. 

Como se diria vulgarmente, sionistas e ianques "estão pouco cagando" para o povo sírio, se vive em liberdade ou não. 

Combater ditadura, restabelecer democracia, valorizar liberdades é sempre o pretexto da canalha interessada nas riquezas dos outros países. 


O "canalha" de Goiás aprontando das suas


“Caiado usa imposto do agronegócio para fazer caixa de campanha para presidente”, diz empreiteiro
Empresário denuncia "pedágio" de 20% do valor de trecho de obra, que poderia ser destinada a ele caso aceitasse a proposta e ajudasse na campanha eleitoral de Ronaldo Caiado à Presidência em 2026

Ronaldo Caiado em ato de governo em Goiás.Créditos: André Saddi / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
Escrito en POLÍTICA el 9/12/2024 · 13:43 hs
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Um pouco antes de sua reeleição, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), se reuniu com produtores rurais goianos e fez um compromisso: “jamais criaria a taxa do Agro, que lhe foi sugerida em uma reunião em Brasília”.



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ELEIÇÕES 2026

No dia 7 de novembro de 2022, quase dois meses após ser reeleito, o governador mandou para a Assembleia Legislativa de Goiás o projeto que criaria em breve o novo imposto dos produtores rurais.


O segundo turno da votação do projeto foi marcada por tumulto e confusão. Traídos, os produtores rurais invadiram o plenário e quebraram tudo. Não adiantou a taxa foi criada, sob a justificativa de redução do ICMS dos combustíveis para os Estados no governo Bolsonaro. Caiado disse que o dinheiro seria usado integralmente na infraestrutura das rodovias goianas.



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Desmentido

Dois anos depois, com quase R$ 5 bilhões arrecadados do Agronegócio goiano, nada foi feito nas rodovias.

Denúncia

Ocorre que um empreiteiro, que pediu sigilo da fonte ao site Goiás24horas, informou que uma grande maracutaia foi montada para desviar 20% desses R$ 5 bilhões da taxa do Agro para a campanha de Ronaldo Caiado a presidente da República.

Para fugir de qualquer fiscalização, Caiado mandou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Goiás, aprovada neste ano, que dispensa o processo licitatório das empreiteiras que vão executar as obras nas rodovias goianas. A Lei Estadual nº 22.940/2024 estabelece que o Fundeinfra (Fundo de Infraestrutura) repasse os valores para associações, consórcios, cooperativas, que por sua vez contratarão as empreiteiras que executarão as obras. O pulo do gato está aí.

As cooperativas estariam, segundo ele, ‘escolhendo’ as empreiteiras que vão realizar o serviço sem o processo licitatório, vale o ‘compadrio’, a carta marcada.

O empresário que fez a denúncia disse que foi-lhe imposto um pedágio de 20% do valor de um trecho da obra, que poderia ser destinada a ele caso aceitasse a proposta e ajudasse com esses valores na campanha eleitoral de Ronaldo Caiado à Presidência da República.

Uma pergunta quer resposta: será que o Ministério Público goiano ficará calado, permitindo que R$ 5 bilhões dos cofres públicos sejam torrados desse jeito, sem licitação ou a mínima fiscalização?

Metade do pé já está fora da borda do precipício - Gleisi avalia que guinada ao centro pode ser 'a morte do PT'

“Não podem pedir agora que o PT se suicide, rompendo com a base social que nos trouxe até aqui”, disse ela
09 de dezembro de 2024, 04:59 h

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

247 – Em entrevista ao jornal O Globo, Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), alertou sobre os riscos de uma mudança de orientação política em direção ao centro, defendida por alguns setores do partido. “Já tentaram matar o PT e não conseguiram. Não podem pedir agora que o PT se suicide, rompendo com a base social que nos trouxe até aqui”, afirmou. Gleisi, que está em seus últimos meses à frente da sigla após sete anos de gestão, reforçou que o partido deve manter-se fiel aos seus princípios de esquerda.

A dirigente também destacou o papel central do presidente Lula para as eleições de 2026, descartando comparações com a idade avançada de outros líderes, como o americano Joe Biden. “Quem conhece o Lula sabe que não tem nenhuma semelhança com o Biden. O Lula está bem, disposto, é uma pessoa ativa”, declarou.

Questionada sobre a sucessão no comando do PT, Gleisi afirmou que ainda não há um nome definido, mas ressaltou a importância de um debate político interno para qualificar o futuro líder do partido. Quanto às alianças para 2026, destacou que o cenário será semelhante ao de 2022, com a possibilidade de ampliação da base atual, que inclui partidos que não apoiaram Lula na última eleição. "Se elas não vierem por inteiro, pelo menos parte delas, ampliando a frente de 2022", disse.

A presidente do PT foi enfática ao criticar propostas de ajuste fiscal que considera contrárias aos valores históricos da sigla. Entre as medidas mencionadas como inaceitáveis estão o fim do aumento real do salário mínimo, a desvinculação do mínimo da aposentadoria e dos benefícios sociais, e a redução dos pisos da Saúde e Educação. “O que o mercado está pedindo é negar tudo aquilo que nós defendemos historicamente”, reforçou.

Sobre possíveis reformas ministeriais, Gleisi defendeu que mudanças no governo devem ser conduzidas com base na necessidade de resultados e fortalecimento político. Ela também reiterou a importância de arquivar o projeto de anistia e revisar o artigo 142 da Constituição, usado de forma distorcida por bolsonaristas para defender intervenções militares. “Nunca podemos esquecer o passado. Fomos muito lenientes com a ditadura militar. As pessoas não foram punidas”, argumentou.

Gleisi reconheceu que o governo precisa melhorar sua comunicação para refletir avanços como o crescimento do PIB, a redução do desemprego e o aumento da renda. "A sensação da sociedade, ou a construção dessa sensação, não reflete isso. Precisa de um empenho maior de comunicação e político", destacou.

Mesmo inelegível, Jair Bolsonaro continua sendo visto como o principal adversário do PT, segundo Gleisi. “É a extrema direita como um todo, mas ele é a grande liderança. Acho que vai tentar se candidatar, está dizendo isso. Vai depender do fortalecimento das instâncias da democracia para não deixar isso acontecer”, concluiu.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

EUA - o gigante capitalista superendividado


EUA 'não terão dinheiro para nada' se a questão da dívida nacional não for resolvida, alerta Musk
04:59 06.12.2024

© AP Photo / Ludovic Marin
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Se os EUA não resolverem o problema da crescente dívida nacional, eles podem ficar sem dinheiro para financiar até mesmo serviços básicos, disse nesta sexta-feira (6) o bilionário e eventual futuro líder do Departamento de Eficiência Governamental, Elon Musk.
"Se não abordarmos o crescimento exponencial da dívida nacional, não haverá dinheiro para nada, incluindo serviços essenciais", disse Musk no X.




A dívida pública dos Estados Unidos deverá aumentar para 121% do produto interno bruto (PIB) e atingir 131,7% em 2029, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório Fiscal Monitor no final de outubro.


24 de novembro, 10:39

A dívida nacional dos EUA ultrapassou a marca de US$ 36 trilhões (R$ 216,6 trilhões), atingindo o máximo histórico, de acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA. Esta é a maior dívida nacional do mundo em termos nominais e aumentou US$ 2 trilhões (R$ 12 trilhões) desde o início do ano.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou anteriormente que Musk e o empresário Vivek Ramaswamy seriam nomeados para liderar o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). Musk disse anteriormente que acreditava que o referido departamento visa aumentar a eficiência dos gastos com defesa dos EUA.
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Panorama internacional

Elites brasileiras temem reação político-militar dos EUA por avanço da desdolarização, diz analista
09:21 05.12.2024 (atualizado: 11:19 05.12.2024)
© AP Photo
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Ana Livia Esteves
Especiais
Brasil assume a presidência do BRICS após o presidente eleito dos EUA Trump ameaçar o bloco com tarifas de até 100%, caso siga seus esforços pela desdolarização da economia mundial. Saiba quais são os setores econômicos brasileiros interessados na desdolarização e se o Brasil vai ceder às pressões de Washington durante sua liderança no BRICS.
Nesta quarta-feira (4), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, declarou que o BRICS busca estabelecer um sistema paralelo ao dólar, que coexistirá com a atual ordem financeira ocidental. Anteriormente, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, prometeu tarifas de até 100% a países que se afastem da moeda norte-americana.


"Nós do BRICS queremos desenvolver um sistema que nos permita atender ao que nossos operadores econômicos precisam, paralelamente ao que nós e outros possamos ter", disse Ryabkov em entrevista à CNN norte-americana.

Sergei Ryabkov, que é o representante da Rússia no BRICS, prevê uma ordem mundial multipolar e "polifônica", no qual diversos sistemas econômicos operarão paralelamente. O vice-ministro alertou que tentativas de frear esse processo trariam consequências negativas e manifestou esperança de que "pessoas sensatas nesse país [EUA] considerem isso antes que seja tarde demais".

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Neste domingo (1º), Donald Trump ameaçou países que promovam a desdolarização, dizendo que "a ideia de que os países do BRICS podem se afastar do dólar enquanto nós sentamos e assistimos acabou".


"Exigimos um compromisso desses países de que eles não criarão uma nova moeda do BRICS, nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano, caso contrário, enfrentarão tarifas de 100% e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia americana", escreveu Trump em rede social.

O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, também respondeu às declarações de Trump, afirmando que os países do BRICS não são os únicos a reconsiderar o uso do dólar. Para ele, a tendência a comercializar em moedas locais é global e só será acelerada por medidas hostis da Casa Branca.

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"Caso os EUA utilizem a força, como dizem, para impor o uso do dólar, isso provavelmente consolidará ainda mais a tendência de transição para as moedas nacionais", declarou Peskov. "Assistimos a um processo de erosão da atratividade do dólar, que já está em curso e só ganha força."
De acordo com o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Fabiano Mielniczuk, a economia norte-americana será a maior prejudicada pela imposição de tarifas contra países como China, Índia, Rússia e Brasil, que estão entre as dez maiores economias do mundo.




"O impacto de uma medida dessa envergadura na economia americana vai ser destruidor", disse Mielniczuk à Sputnik Brasil. "Isso me parece uma bravata de Trump, para sinalizar uma postura mais dura dos EUA contra o avanço da desdolarização."

Por outro lado, a declaração de Trump explicita ao Sul Global que o uso do dólar é uma imposição de Washington, e não um instrumento que favorece o desenvolvimento da economia global.
23 de outubro, 12:57

"A declaração deixa claro o quão colonial é a nossa dependência do dólar. Que o uso do dólar não é uma opção, mas uma imposição. De que o objetivo do uso do dólar não é facilitar as transações internacionais, mas sim manter a hegemonia norte-americana", asseverou Mielniczuk.

Presidência brasileira do BRICS
A nova administração na Casa Branca poderá impor dificuldades para a presidência brasileira do BRICS em 2025, que deveria manter os esforços de desdolarização na pauta do grupo. As perspectivas para 2025 são de foco em temas menos polêmicos para Washington, como mudanças climáticas e governança digital.




"O Brasil sinalizou que manterá temas do G20 na pauta do BRICS no ano que vem, em particular a questão da reforma tributária internacional. E também insistirá na reforma das instituições financeiras globais, como FMI e Banco Mundial", disse Mielniczuk. "Esses são temas que, apesar de importantes, não necessariamente apontam para a desdolarização."

Por outro lado, setores relevantes da economia brasileira como o agronegócio têm interesse na desdolarização e no estabelecimento de trocas em moedas locais, lembrou o coordenador do Núcleo de Estudos de Atores e Agendas de Política Externa do IESP-UERJ, Ghaio Nicodemos.

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"O agronegócio é um dos grandes motores de uma política externa brasileira descentralizada, que converse tanto com a Rússia e seus fertilizantes, quanto com os países árabes e China, que garantem superávit para a balança comercial brasileira", disse Nicodemos à Sputnik Brasil. "Esse setor não quer que o Brasil seja obrigado a deixar de exportar por causa de sanções econômicas impostas contra terceiros."

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O agronegócio gostaria de alternativas ao dólar para comercializar mais com o Irã, um grande cliente do Brasil na área de alimentos e proteína animal. Alguns setores industriais também demandam alternativas para manter o comércio com países que detêm poucos dólares disponíveis, como a Argentina e países africanos – compradores relevantes de produtos brasileiros de maior valor agregado.




"O Brasil hoje é um país que busca alternativas ao dólar de maneira ativa. E esse não é um projeto da centro-esquerda brasileira, já que também foi mantido em governos de direita, como o de Jair Bolsonaro", notou Nicodemos.

O setor brasileiro menos interessado na desdolarização é o mercado financeiro, altamente integrado no mercado de capitais ocidental e interessado em "usar o dólar como ferramenta para pressionar o governo a aderir à sua agenda".

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Caso o Brasil reduza o espaço da desdolarização na agenda do BRICS em função das ameaças de Trump, estaria abrindo mão de maior acesso a Ásia, região mais promissora para a sua estabilidade econômica.
"Essa ideia brasileira de tentar servir a dois senhores não é positiva, afinal o país tem muito mais oportunidade de crescimento econômico na Ásia do que no Ocidente. O comércio com a China é três vezes superior ao comércio com os EUA. E Washington não parece interessado em ampliar sua pauta de importações com o Brasil", disse Nicodemos. "Mas a desdolarização sim, nos garantiria acesso a mercados que hoje não alcançamos, tanto pela imposição de sanções econômicas, quanto pela ausência de reservas em dólar, como no caso da África."

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No entanto, a falta de pensamento estratégico e de longo prazo das elites brasileiras podem frear o processo de desdolarização, assim como o temor de uma resposta dura por parte de Washington.




"Economicamente, o Brasil não tem nada a perder com a desdolarização. Mas as elites brasileiras temem um assédio norte-americano a nível político e militar", considerou Nicodemos. "Em caso de bloqueio imposto por Washington, o Brasil não dispõe de infraestrutura alternativa para manter o seu comércio internacional."

O Brasil investe pouco na construção de rotas alternativas de comércio, ao contrário da China, que investe na iniciativa Cinturão e Rota para garantir sua autonomia em caso de confronto com Washington; e da Rússia, que já mostrou ser capaz de comercializar à revelia do Ocidente.

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"A recusa do Brasil a entrar na inciativa Cinturão e Rota e acelerar a construção de infraestrutura alternativa não atende aos interesses econômicos do país", disse Nicodemos. "Isso só se explica pelo alinhamento intelectual das elites brasileiras com os EUA, o que dificulta maior proatividade da política externa brasileira."


Por isso, durante a presidência brasileira do BRICS, "é possível que deleguemos a agenda de desdolarização a outros atores do bloco, como China ou o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), e mantenhamos nossa atuação nos bastidores", concluiu o especialista.

O Brasil assume a presidência do BRICS em janeiro de 2025, com o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável". Durante a mais recente reunião de sherpas e sous-sherpas do BRICS na cidade russa de Ekaterinburgo, o representante russo Sergei Ryabkov realizou a passagem simbólica da presidência do grupo ao sherpa brasileiro, embaixador Eduardo Sabóia.

Braga Netto deu dinheiro escondido em embalagens de vinho a kids preto que matariam Lula, diz Cid


Detalhe sobre o plano golpista, segundo a jornalista Juliana Dal Piva, foi revelado por Mauro Cid em depoimento a Alexandre de Moraes

Braga Netto teria dado dinheiro a militares que matariam Lula, Alckmin e Moraes.O general Walter Souza Braga NettoCréditos: Isac Nóbrega/PR
Escrito en POLÍTICA el 6/12/2024 · 07:43 hs
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Mauro Cid, em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 21 de novembro, revelou que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo Bolsonaro e candidato a vice do ex-presidente na eleição de 2022, teria entregue dinheiro vivo a militares que executariam o plano golpista "Punhal Verde e Amarelo". A informação foi divulgada pela jornalista Juliana Dal Piva, do site "ICL Notícias".

Cid foi convocado a prestar depoimento após a operação da Polícia Federal (PF), realizada em 19 de novembro, que levou à prisão quatro militares das Forças Especiais do Exército — os chamados "kids pretos" — e de um agente da própria PF, todos envolvidos no plano golpista que visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro do STF.


De acordo com a PF, Jair Bolsonaro e outras 37 pessoas indiciadas planejavam um golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022. O plano incluía várias frentes, como a incitação de manifestações golpistas, a decretação de um estado de sítio ou defesa e a operação para assassinar autoridades.

Cid, que foi preso em maio de 2023 e solto cerca de um ano depois após firmar um acordo de delação premiada, corria o risco de perder os benefícios do acordo e retornar à prisão. Isso porque Moraes e a PF suspeitavam que ele tinha conhecimento do plano de assassinato e teria omitido informações em depoimentos anteriores.

Ao ser confrontado por Moraes sobre o plano, Cid teria chorado e revelado que presenciou Braga Netto entregando dinheiro escondido em embalagens de vinho aos "kids pretos" envolvidos na trama. Segundo ele, a entrega ocorreu em uma das residências oficiais da Presidência da República.
Novo depoimento à PF

Nesta quinta-feira (5), Mauro Cid prestou um novo depoimento à Polícia Federal e reforçou a participação de Braga Netto na trama golpista liderada por Jair Bolsonaro.

Braga Netto aprovou plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro e candidato a vice do ex-presidente na eleição de 2022, foi o responsável por aprovar o plano elaborado por militares golpistas para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quem diz é a Polícia Federal (PF) no relatório final do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, cujo sigilo foi derrubado por Moraes nesta terça-feira (26), mesma data em que o documento com mais de 800 páginas foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve apresentar um parecer denunciando ou não os investigados para que, então, o STF possa julgá-los.

Segundo os investigadores, Jair Bolsonaro e as outras 37 pessoas indiciadas pela PF planejaram um golpe de Estado no país após a vitória de Lula na eleição de 2022 que incluiria várias frentes, entre elas a incitação de manifestações golpistas, a decretação de um estado de sítio ou de defesa e até mesmo uma "operação" para assassinar autoridades. Essa operação, batizada de "Punhal Verde e Amarelo", seria executada por oficiais das Forças Especiais do Exército, os chamados "kids pretos".

O general Mario Fernandes, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro e ex-comandante do Comando de Operações Especiais do Exército, teria sido o responsável por elaborar, em novembro de 2022, o plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. Ele foi preso na recente operação "Contragolpe" da PF junto a outras 4 pessoas – três militares kids pretos e um agente da Polícia Federal.

No relatório final do inquérito, a PF traz detalhes sobre a operação criminosa: em 8 de novembro de 2022, militares investigados teriam começado a discutir o plano. No dia seguinte, Mario Fernandes teria impresso um documento sobre o "Punhal Verde e Amarelo" em uma impressora do Palácio do Planalto e, depois, o levado até Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. O documento em questão continha explicações sobre como os assassinatos seriam realizados e a estrutura e logística que seriam necessárias para o cometimento do crime. Tudo isso, depois, viria a ser apresentado e aprovado por Braga Netto.

"No dia 08/11/2022, os investigados ajustaram a elaboração de um planejamento operacional para ações de Forças Especiais a ser apresentado para o general BRAGA NETTO. O documento denominado 'punhal verde amarelo' foi elaborado e impresso no dia 09/11/2022, no palácio do Planalto, pelo Secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, general MARIO FERNANDES", diz trecho do relatório da PF.

"O documento descreve o levantamento da estrutura de segurança do ministro ALXANDRE DE MORAES, os meios que deveriam ser empregados e a ação final de prisão/execução do ministro. O planejamento também estabelece a possibilidade, dentre as ações dos 'Kids Pretos', de assassinarem o então presidente eleito LUIZ INÁCIO LULA DA SIVLA, por envenenamento ou uso de químicos, e o então vice-presidente eleito GERALDO ALCKMIN, com a finalidade de extinguir a chapa presidencial vencedora. Após a elaboração do documento, MARIO FERNANDES se deslocou até o palácio do Alvorada, local em que estavam o então presidente JAIR BOLSONARO e seu ajudante de Ordens MAURO CESAR CID", prosseguem os investigadores.

Na sequência, a PF relata que, em reunião com militares golpistas em sua casa em Brasília, Braga Netto aprovou o plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes.

"No dia 12 de novembro de 2022, MAURO CESAR CID, o Major do exército RAFAEL MARTINS DE OLIVEIRA, o Tenente-Coronel FERREIRA LIMA e o General BRAGA NETTO reuniram-se na residência funcional do General para apresentarem o planejamento das ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder judiciário. Após a aprovação do documento, iniciaram-se as ações clandestinas para implementação do planejamento operacional, além de condutas voltadas a orientar e financiar as manifestações que pregavam um Golpe Militar para manter o então Presidente da República JAIR BOLSONARO no poder", detalha a PF.

"No dia 12/11/2022 ocorre a reunião na residência de BRAGA NETTO, contando com a presença de MAURO CID, RAFAEL DE OLIVEIRA e HÉLIO FERREIRA LIMA, onde o planejamento é apresentado e aprovado conforme o transcorrer dos fatos a seguir descritos", emendam os investigadores no relatório.

Segundo a PF, o plano de assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes foi abortado em 15 de dezembro de 2022 devido a circunstâncias externas, como a resistência de comandantes militares em apoiar o golpe, a conclusão antecipada de uma sessão do STF e a falta de coesão entre os envolvidos. Apesar de ações clandestinas, como o monitoramento dos alvos, o plano foi inviabilizado.
Linha do tempo

Veja abaixo um resumo com datas e detalhes sobre o plano para matar Lula, Alckmin e Moraes aprovado pro Braga Netto, segundo a PF: 08/11/2022: Planejamento inicial

Os investigados discutem um planejamento operacional para ações de Forças Especiais.

Objetivo: Apresentar o plano ao general Braga Netto, que já havia desempenhado papel próximo a Bolsonaro durante o governo.09/11/2022: Elaboração do documento “Punhal Verde e Amarelo”

Documento é elaborado no Palácio do Planalto pelo general Mario Fernandes, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-comandante do Comando de Operações Especiais do Exército.

Conteúdo: descrição da estrutura de segurança do ministro Alexandre de Moraes; propostas de prisão ou execução de Moraes; planejamento para assassinar Lula e Alckmin, com métodos como envenenamento ou uso de químicos.

Após concluído, Mario Fernandes leva o documento ao Palácio da Alvorada e o apresenta ao presidente Jair Bolsonaro e ao ajudante de ordens Mauro Cesar Cid.11/11/2022: Mobilização de grupos

Os "Kids Pretos" (termo usado para designar militares de Forças Especiais) começam a atuar direcionando manifestantes em Brasília para alvos estratégicos, como o Congresso Nacional e o STF.

Objetivo: Organizar o cenário para manifestações pró-golpe.12/11/2022: Reunião na casa de Braga Netto

Participantes: Mauro Cesar Cid (ajudante de ordens de Bolsonaro); Major Rafael Martins de Oliveira (militar com formação em Forças Especiais); Tenente-Coronel Hélio Ferreira Lima; General Braga Netto.

Discussão: apresentação do plano operacional descrito no “Punhal Verde e Amarelo”; planejamento de ações clandestinas para impedir a posse do governo eleito e restringir o Judiciário; aprovação do plano por Braga Netto, que teria dado aval às ações.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Sete meses após enchente que devastou Rio Grande do Sul, deputados aprovam projeto que libera a "chuva de veneno" no estado


O deputado Adão Pretto Filho (PT) classificou a decisão como um retrocesso em um momento em que o estado deveria priorizar a proteção ambiental e a saúde
05 de dezembro de 2024, 11:33 h

(Foto: Reprodução)


Em uma votação polêmica, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta semana o Projeto de Lei (PL) 442/23, que reconhece a aviação agrícola como atividade de relevante interesse social, público e econômico no estado. A medida, proposta pelo deputado Marcos Vinícius (PP), contou com a assinatura de 25 parlamentares gaúchos. O projeto tem por objetivo dar garantia jurídica à aviação agrícola de agrotóxicos, impedindo que ocorra o que aconteceu no Ceará, onde essa prática é proibida. O mesmo ocorre na Europa, onde a aplicação de agrotóxicos por aviões recebeu o nome de “Chuva de Veneno”.

A proposta foi duramente criticada pela oposição. O deputado Adão Pretto Filho (PT) classificou a decisão como um retrocesso em um momento em que o estado deveria priorizar a proteção ambiental e a saúde pública. O parlamentar apresentou um projeto em 2023 para proibir a aviação agrícola com finalidade de aplicação de agrotóxicos nas lavouras. A proposta recebeu voto contrário na comissão de constituição e justiça da Assembleia Legislativa.

“Infelizmente, o parlamento votou pelo retrocesso. Ao aprovar o projeto que reconhece a aviação agrícola como atividade de interesse do estado, meus colegas estão colocando suas digitais em um projeto que é uma espécie de cheque em branco para o abuso de agrotóxicos aqui no RS”, declarou o deputado.

Adão Pretto destacou que, enquanto o estado ainda lida com as consequências das enchentes devastadoras de maio, que impactaram severamente a população rural e urbana, a decisão dos parlamentares agrava ainda mais a vulnerabilidade de comunidades. “Essa chuva de veneno não respeita fronteiras. Grande parte dela atinge casas, escolas e pessoas, e os dados são alarmantes: aumento de câncer, Alzheimer, mortes fetais e outras doenças ligadas à contaminação por agrotóxicos”, alertou.

Para Pretto, a decisão vai na contramão de um modelo agrícola mais sustentável e seguro. “Precisamos de agricultura limpa, que produza alimentos sem comprometer a saúde das pessoas. O Rio Grande do Sul deveria estar liderando iniciativas de sustentabilidade, não aprovando retrocessos que colocam vidas em risco.”

A partir da aprovação do PL 442/23, o texto vai para a sanção ou veto do governador Eduardo Leite. Durante a votação, toda a base governista de Leite votou favorável à proposta.