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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quarta-feira, 31 de março de 2021

ACHEI A CONJA

 Santo de sozinho de santo: nunca tivera vontade de se casar — “Ossenhor saiba: nem conjo, nem conja — méa razão será esta…”

Neste texto do divertido JOÃO GUIMARÃES ROSA, na obra  O recado do morro. - Edit. Nova Fonteira/2007 -https://elivros.love/livro/baixar-livro-o-recado-do-morro-joao-guimaraes-rosa-em-epub-pdf-mobi-ou-ler-online  

Opinião: Judeus ainda são bem-vindos na Europa?

O Velho Continente trai seu lema "Unidos na diversidade" ao decretar restrições à vida judaica. A tendência se agravou com a pandemia e poderá resultar num êxodo, opina o rabino-chefe de Moscou, Pinchas Goldschmidt.



Neste fim de semana (27-28/03) começa o Pessach, uma das festas mais importantes do judaísmo, recordando a libertação dos israelitas de sua escravidão no Egito. Mas nem todos estão com espíritos para comemorações.

Recentemente, o secretário do Vaticano para Relações com os Estados, Paul Gallagher, acusou um esvaziamento do direito fundamental à liberdade religiosa na pandemia, numa participação em vídeo à 46ª Assembleia do Conselho para os Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra. Segundo ele, certas medidas oficiais para garantia da saúde comprometeriam o livre exercício dos direitos humanos.

Com isso, o arcebispo britânico tocou um ponto doloroso que atualmente afeta praticamente todas as congregações de fé e religião do mundo. Infelizmente, restrições crescentes contra o direito fundamental à liberdade religiosa não são um fenômeno novo.

Essa tendência negativa já existia antes da eclosão no novo coronavírus. Sob a capa da pandemia, ela simplesmente está se reforçando ainda mais. O fato enche de apreensão a comunidade judaica da Europa, pois coloca em jogo sua existência futura.

Europa precisa estar atenta

Enquanto o continente gira em torno de si mesmo há mais de uma década, em modo de crise, perdendo de vista, no processo, o lema tão evocado de "Unidos na diversidade", do outro lado do Oceano Atlântico as atenções voltam a se concentrar no continente.

Em fevereiro, durante um encontro de especialistas da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) sobre o combate ao antissemitismo, a vice-secretária de Estado americana encarregada de democracia e direitos humanos, Kara McDonald, apresentou um panorama da cooperação planejada com o governo do presidente Joe Biden.

A boa notícia é que ela intensificará seu trabalho contra o antissemitismo, como definido em âmbito mundial pela Aliança Internacional para Recordação do Holocausto (IHRA; na sigla em inglês). Entretanto chamou a atenção a declaração de McDonald sobre a vida judaica no presente – não no passado. E aqui a Europa deve estar atenta.

A secretária de Estados frisou que hoje em dia a capacidade de sobrevivência das comunidades judaicas numa série de países está ameaçada de outra forma: através de proibições – decretadas ou em consideração – de práticas como o abate ritual ou a circuncisão masculina.

A mensagem se dirigiu, em primeira linha, à Europa. Uma coisa é se engajar contra o esquecimento do passado; outra é – como sublinhou McDonald – a limitação da livre prática da fé e religião, que ameaça muito mais seriamente a vida judaica no presente.

Viver no presente significa permitir a liberdade de religião e seu exercício. Em dezembro de 2020, o Tribunal Europeu de Justiça decidiu que é legítima, nos termos do direito europeu, a proibição, nas províncias belgas de Flandres e Valônia, do abate kosher, uma prática religiosa e humana de morte animal para o consumo.

A sentença não só coloca o valor da vida animal acima da humana, como ameaça as possibilidades da comunidade judaica da Bélgica praticar livremente seu cotidiano religioso. A restrição do acesso a carne kosher e sua produção – da mesma forma que a proibição da circuncisão de crianças do sexo masculino, discutida na Dinamarca, Finlândia e Islândia – torna impossível a continuação da vida semita nesses países.

Promessas hipócritas de diversidade

Tais medidas equivalem a uma proibição de fato da vida judaica. É isso o que se quer permitir numa Europa da diversidade? O continente promete sem cessar liberdade para todos, mas o que acontece na prática é o contrário.

Políticos europeus asseguram repetidamente que a vida judaica deve ser valorizada e respeitada. Porém todas essas declarações parecem inúteis e hipócritas, sobretudo quando pronunciadas justamente em cerimônias como o Dia Memorial Internacional do Holocausto, transcorrido no fim de janeiro.

Se é para se levar a sério os políticos europeus, eles têm que reverter essas legislações antirreligiosas. Até porque o continente é o único em que se persegue esse tipo de perigosa iniciativa.

O discurso de Kara McDonald é tão mais importante por enfatizar que a superação do antissemitismo não significa apenas reconhecer o passado, mas também criar possibilidades de vida semita para o futuro. E aqui o modelo americano de preservação da liberdade religiosa mostra o caminho para o mundo: a Europa deve tomar o exemplo dos Estados Unidos e seus princípios, possibilitando a sua população judaica a livre prática da própria religião.

Queremos ver medidas determinadas e positivas por parte dos políticos europeus, respeitando a vida religiosa e sustando um êxodo iminente. O qual não é exagero, mas sim realidade: na década passada, numerosos judeus deixaram seus países de origem na Europa, por não se sentirem mais bem-vindos lá. O fato se deve ao aumento das agressões antissemíticas, mas também ao cerceamento da liberdade religiosa.

O rabino-chefe de Moscou, Pinchas Goldschmidt, é presidente da Conferência dos Rabinos Europeus (CER) desde 2011. O texto reflete a opinião pessoal do autor, não necessariamente da DW.

terça-feira, 30 de março de 2021

Tem que pagar muito caro, suas ousadias e ilicitudes - Deltan Dallagnol escondeu documentos da Suíça do Ministério da Justiça para prejudicar Lula


É o que apontam mensagens de grupos de Telegram que constam de petição apresentada pelos advogados do ex-presidente Lula

30 de março de 2021, 06:04 h Atualizado em 30 de março de 2021, 06:04
(Foto: ABr)
 


Procuradores que atuavam na operação "lava jato" receberam de forma ilegal documentos diretamente de autoridades suíças e não quiseram que essa documentação passasse pelo Ministério da Justiça ou que fossem compartilhados com a Polícia Federal.

É o que apontam mensagens de grupos de Telegram que constam de petição apresentada pelos advogados do ex-presidente Lula, nesta segunda-feira (29/3), ao Supremo Tribunal Federal. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso de investigação contra hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades.

O esquema para fabricar as "provas" fora dos trâmites legais vem sendo apontado desde 2015 pela ConJur, que mostrou não só o drible dos procuradores às regras, como também o risco dessa prática gerar nulidades.

O Decreto 6.974/2009 regula as trocas de informações entre Brasil e Suíça. A norma estabelece que os pedidos de cooperação jurídica dos tribunais e autoridades dos países serão apresentados e recebidos, no Brasil, pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério de Justiça, e, na Suíça, pelo Departamento Federal da Justiça do Ministério Federal de Justiça e Polícia.

Porém, tal procedimento não foi respeitado pela "lava jato". Em 31 de janeiro de 2015, o procurador Paulo Roberto Galvão de Carvalho afirmou que o chefe do grupo de Curitiba, Deltan Dallagnol, recebeu, em novembro de 2014, um pen drive com informações da Suíça. E o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça só teve acesso aos documentos meses depois.

"Pede para o DRCI te encaminhar oficialmente o pen drive, diz q vc ficou com uma cópia em 28/11 em razão da urgência e diz q vc saiu cientificado da necessidade de observar o princípio da especialidade", recomendou Carvalho a Dallagnol. Este ressaltou a necessidade de ter documentos com datas alteradas. "Dani [procurador Daniel Salgado], vou te ligar, mas é conveniente que tenhamos laudos com datas posteriores ao recebimento oficial para evitar questionamentos".

No dia 13 de janeiro de 2016, o procurador Vladimir Aras perguntou se seus colegas queriam incluir a Polícia Federal em um grupo de trabalho formal entre autoridades de Brasil e Suíça. Dallaganol se opôs. "Acho desnecessário, hoje. Nós que temos tido mais contatos com eles. Mas se alguém quiser, não me oponho. Só não sou entusiasta, porque nem todos lá são Erikas [provável referência a Erika Marena, delegada que atuou na "lava jato"] e não vejo hoje necessidade".

Além disso, Dallagnol, também em janeiro de 2016, pediu ao então procurador suíço Stefan Lenz que não enviasse pelos canais oficiais uma informação desfavorável à "lava jato". Em tradução livre: "Para nós, seria melhor que essa comunicação não viesse ou, se vier, gostaríamos, se possível, de ter acesso ao texto e fazer possíveis comentários ou sugestões que mantenham o sentido original mas ao mesmo tempo preservem na medida do possível nosso caso, levando em consideração o ordenamento jurídico brasileiro. Entendemos se não for possível, mas tivemos que perguntar LoL [laughing out loud, ou rindo alto]”.

Segundo a defesa de Lula, em 2015, os procuradores da "lava jato" receberam da Suíça uma carta rogatória com extratos bancários em nome da empresa Havinsur, no banco privado PKB Privatbank, solicitando a oitiva de brasileiros. E usaram esses documentos para abrir investigações e ações penais no Brasil.

Porém, em janeiro de 2016, o Tribunal Penal Federal da Suíça julgou ilegal a iniciativa da "lava jato". "Ou seja, a 'lava jato' atuou de forma ilegal ao abrir investigações e processos criminais no Brasil com base em informações provenientes da Suíça, conforme decidiu o Tribunal daquele país. Trata-se, portanto, de vício de origem. E a 'lava jato' não queria que essa informação — sobre uma decisão de um tribunal suíço que considerou a iniciativa ilegal — fosse transmitida ao Brasil pelos canais oficiais", argumentam os advogados do ex-presidente.

Os procedimentos ilegais foram avalizados pelo ex-juiz Sergio Moro, diz a defesa de Lula. "Ao mesmo tempo em que o procurador da República Deltan Dallagnol pedia aos procuradores suíços para que a decisão que considerava ilegal o uso desses documentos não fosse encaminhada ao Brasil pelos canais oficiais, o então magistrado proferiu decisão para afirmar que a situação configuraria mero 'erro procedimental'".

O ex-presidente Lula é defendido por Cristiano Zanin, Valeska Martins, Eliakin Tatsuo e Maria de Lourdes Lopes.

Outro lado

Os procuradores no Paraná negaram ilegalidade nos atos de cooperação internacional praticados na operação "lava jato".

Leia a manifestação:

1. Os procedimentos e atos da força-tarefa da Lava Jato sempre seguiram a lei e estiveram embasados em fatos e provas. As supostas mensagens são fruto de atividade criminosa e não tiveram sua autenticidade aferida, sendo passíveis de edições e adulterações. Reafirmam os procuradores que não reconhecem as supostas mensagens, que foram editadas ou deturpadas para fazer falsas acusações que não têm base na realidade.

2. Repetidas reportagens vêm sendo publicadas, com base nas supostas mensagens ilícitas, apontando possíveis ilegalidades na realização de contatos diretos entre autoridades brasileiras e estrangeiras para o intercâmbio de informações no decorrer da Operação Lava Jato. No entanto, as reportagens ignoram os esclarecimentos que já foram prestados anteriormente pelo MPF, no sentido que não haver qualquer ilegalidade nos procedimentos realizados, como inclusive já foi reconhecido pela Corregedoria do órgão.

3. Para o intercâmbio de informações entre países, antes da formalização de um pedido formal por meio dos canais oficiais, é altamente recomendável e legal que as autoridades mantenham contatos informais e diretos. A cooperação informal significa que, antes da transmissão de um pedido de cooperação, as autoridades dos países envolvidos devem manter contatos, fazer reuniões, virtuais ou presenciais, discutir estratégias, com o objetivo de intercâmbio de conhecimento sobre as informações a serem pedidas e recebidas. A troca de informações de inteligência e a cooperação direta entre autoridades estrangeiras é absolutamente legal e constitui boa prática internacional, incentivada por recomendação do Conselho da Europa, pelos manuais da AGU (Advocacia-Geral da União), GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional), UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), UNCAC (Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção), Banco Mundial, dentre outros organismos internacionais, bem como constitui orientação da 2a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), e é aceita pelo Judiciário brasileiro.

4. No vultoso esquema de corrupção descoberto pela força-tarefa Lava Jato, foram abertas contas bancárias no exterior, em especial na Suíça, para receber dinheiro de propina e lavagem de dinheiro. Paralelamente às investigações brasileiras, as autoridades suíças também instauraram investigação própria para a apuração dos crimes ocorridos em seu território. Logo, absolutamente legal o intercâmbio de informações e estratégias de investigação entre as autoridades desses dois países, que foi fundamental para alcançar servidores públicos e políticos corruptos.

5. No caso específico, ainda que tais diálogos tivessem ocorrido da forma como publicado – embora não se reconheça o seu conteúdo, seja pelo tempo, seja pela ordem em que apresentadas, seja pelo conteúdo –, verifica-se facilmente a deturpação de sua interpretação. Dela não se extrai qualquer significado possível de que seriam usados documentos tramitados fora dos canais oficiais. Ao contrário, havendo relevância probatória em algum deles, far-se-ia pedido certo e determinado, por meio dos canais oficiais, permitindo todos os envolvidos no processo analisar a cadeia de custódia da prova.

6. A transmissão das provas pelos canais oficiais tem por fim, em última análise, comprovar que elas foram produzidas em conformidade com a legislação do país requerido, bem como demonstrar a cadeia de custódia da prova. Repita-se, em todos os casos da Operação, esse procedimento foi estritamente observado. Todas as defesas tiveram acesso integral a todas as cooperações jurídicas que produziram prova em seus processos e tiveram condições de analisá-las e questioná-las. Não há notícia de que réus tenham apontado que o MPF utilizou qualquer prova nos autos que tenha deixado de tramitar pelos canais oficiais

7. Por essas razões, a Corregedoria do MPF, ao avaliar representação formulada contra os procuradores que integraram a Força-Tarefa da Operação Lava Jato, além de ressaltar a ilegalidade das mensagens veiculadas pela imprensa e sua imprestabilidade como meios de prova, decidiu que os contatos prévios à formalização de pedidos de cooperação em matéria jurídica internacional são meios adequados para o esclarecimento de dúvidas e exames sobre a viabilidade do pedido a ser formalizado, e que, no âmbito do MPF, o contato com autoridades internacionais para o fim de viabilizar a troca de informações em fatos criminais de interesse entre os dois países não é restrito ao acionamento da autoridade central, tampouco à Secretária de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República.

8. No mesmo sentido, o DRCI, por meio de seu diretor adjunto, ao responder requerimento da defesa do ex-presidente que sustenta a ilegalidade da cooperação direta, expressamente consignou em sua decisão que essa “troca de prévia de informações de inteligência não apenas é parte do sistema de cooperação jurídica internacional, como é parte fundamental dele. Com efeito, ante a vedação ao phishing expedion, que é um dos Princípios basilares da cooperação jurídica internacional, os pedidos de cooperação precisam ser específicos, sendo necessário indicar com precisão qual a informação ou documento é objeto de cada pedido. Assim, muitas vezes é imprescindível a troca de informações de inteligência diretamente entre as autoridades dos países, com a finalidade de identificarem quais informações e documentos serão formalmente solicitados, sem que essa troca de informações de inteligência se constitua em qualquer ilegalidade. Esse tipo de cooperação internacional direta é, inclusive, considerada o marco da cooperação jurídica internacional de segunda geração, e oferece as bases para diversas redes de cooperação, como por exemplo a INTERPOL”.

9. Somente no âmbito da operação Lava Jato, o MPF recebeu 653 pedidos de cooperação de 61 países e realizou 597 pedidos a 58 países. Essa cooperação internacional, que inclui a repatriação de valores, integra o esforço da Lava Jato que já resultou em mais de R$ 4,3 bilhões devolvidos aos cofres públicos. Cumpre ainda destacar que, em virtude da cooperação internacional, a força-tarefa Lava Jato revelou diversos crimes praticados no exterior, que utilizaram especialistas financeiros e contas clandestinas. Assim, o intercâmbio de informações com autoridades estrangeiras foi fundamental para conferir eficiência e resultados positivos para a investigação.

Fonte: 

segunda-feira, 29 de março de 2021

SAL COM QUINA PARA O GADO

A mistura era usada como remédio para afastar a peste, conforme o conto de GUIMARÃES ROSA, intitulado O burrinho pedrês, da obra Sagarana: 

— Pois foi na Laje do Tabuleiro, onde tem os cochos... A gente dando sal com quina, por causa que, por perto, lá, estava começando a aparecer peste

O gado fêmea todo reunido: as novilhas solteiras, as vacas amojando, as outras com as crias taludas, ou bezerrada miúda, de dias só. 

Seu Neco Borges tinha vindo com a família, para apreciar. 

Seu Vadico gostava demais do Calundú, e o zebu também gostava dele, deixava o menino coçar o pelo e bater palmada no focinho... 

Doideira, eu sempre achei. Zebu é bicho mau, que a gente nunca sabe o que é que eles vão cismar de fazer...

Das duas uma: ou Bolsonaro leu o escritor nordestino, o que acho muito difícil, ou alguém leu e lhe deu a dica de como tratar os brasileiros. Mas nunca vi falar em sal, só na cloroquina. Vai ver, é pela falta do sal que o remédio não está funcionando. Ou será que a cloroquina já contém o sal? 

Com a palavra os bioquímicos, farmacêuticos, médicos e afins.

José Levi pede demissão da AGU e é o terceiro ministro a cair nesta segunda-feira

André Mendonça, ministro da Justiça, deve ser o substituto. Antes de Levi, Ernesto Araújo e Fernando Azevedo e Silva já haviam anunciado que estão deixando o governo Bolsonaro
29 de março de 2021, 17:53 h Atualizado em 29 de março de 2021, 18:11
José Levi (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)


247 - Depois de o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pedir demissão e o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva ser demitido, foi a vez do ministro-chefe da Advocacia Geral da União, José Levi, entregar o cargo.

Levi foi chamado ao Planalto na tarde desta segunda-feira (29) para uma reunião com Jair Bolsonaro e saiu de lá já como ex-ministro. André Mendonça, atual ministro da Justiça, deve ser o substituto. Ele já comandava a AGU antes de sair para substituir o ex-ministro Sergio Moro.

Segundo a CNN Brasil, essas serão as movimentações nos ministérios nesta segunda-feira:

Ministério da Defesa
Sai: General Fernando Azevedo
Entra: Braga Netto

Ministério da Justiça
Sai: André Mendonça
Entra: Delegado Anderson Torres

Itamaraty
Sai: Ernesto Araújo
Entra: Carlos Alberto França

Casa Civil
Sai: Braga Netto
Entra: Luiz Eduardo Ramos

AGU
Sai: José Levi
Entra: André Mendonça

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/jose-levi-pede-demissao-da-agu-e-e-o-terceiro-ministro-a-cair-nesta-segunda-feira

Mais uma vez a quinina

(...) Dou de rijo no pedante

de pílulas fabricante,

que blasona arte divina, 

com sulfatos de quinina

trabuzanas, xaropadas,

e mil outras patacoadas; 

que sem pinga de rubor,

diz a todos, que é DOUTOR!


Excerto de A bodarrada, de LUÍS GAMA. 

Contida em  O livro dos desaforos, L&PM Editores/P. Alegre-RS/1998, p. 54.

Adriano da Nóbrega tinha celular exclusivo para falar com assessores de Flávio Bolsonaro

O método de contato, o chamado ponto-a-ponto, que visa dificultar interceptação da polícia, já havia sido identificado pela investigação sobre as “rachadinhas” conduzida pelo MP-RJ

29 de março de 2021, 14:55 h Atualizado em 29 de março de 2021, 15:02
Flávio Bolsonaro e Adriano Mendonça da Nóbrega (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Reprodução)
 

Revista Fórum - Investigação que cobre o período de fuga do miliciano Adriano da Nóbrega aponta que seus familiares tinham celulares exclusivos para manter contato com ele. Isso confirma o método de contato apontado (ponto-a-ponto) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro entre pessoas ligadas ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o miliciano.


As interceptações telefônicas revelam que Adriano exigiu que todos seguissem o método de ponto-a-ponto, na qual os seus comparsas mantinham aparelhos exclusivos para entrar em contato com ele. O objetivo deste método é evitar que o telefone usado para essas conversas fosse identificado em contato com outro membro da quadrilha. Além disso, a troca do número de celular era feita de maneira constante por todos, para assim fugir do monitoramento das autoridades.

De acordo com a investigação sobre o caso das “rachadinhas”, Márcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz e ex-assessora de Flávio, e Luiz Botto Maia, advogado e também ex-assessor do senador, foram até o interior de Minas Gerais se encontrar com Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano e também ex-funcionária de Flávio, filho do presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/adriano-da-nobrega-tinha-celular-exclusivo-para-falar-com-assessores-de-flavio-bolsonaro

Brasil tem mais mortes em uma semana por Covid que EUA, México, Itália e Rússia somados


O Brasil teve mais mortes por Covid-19 nos últimos sete dias do que Estados Unidos, México, Itália e Rússia somados, apontam dados do Our World in Data desta segunda-feira (29). O país registrou 18.164 óbitos, contra 16.031 dos outros quatro

29 de março de 2021, 11:04 h Atualizado em 29 de março de 2021, 11:29
Manaus AM 30 12 2020-Cemitério público de Manaus, Nossa Senhora Aparecida, localizado no bairro Tarumã (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
 




247 - O Brasil enfrenta o momento mais grave da pandemia e teve mais mortes por Covid-19 nos últimos sete dias do que Estados Unidos, México, Itália e Rússia somados, apontam dados do Our World in Data desta segunda-feira (29). O país registrou 18.164 óbitos, contra 16.031 dos outros quatro com mais óbitos na semana passada (6.787 nos EUA, 3.587 no México, 2.991 na Itália e 2.666 na Rússia).

EUA, México, Itália e Rússia têm somados mais de 650 milhões de habitantes, mais que o triplo da população brasileira (209 milhões).

Segundo reportagem do portal G1, os 10 países com mais mortes por Covid nos últimos 7 dias:

Brasil: 18.164
Estados Unidos: 6.787
México: 3.587
Itália: 2.991
Rússia: 2.666
Polônia: 2.584
França: 2.321
Espanha: 2.100
Ucrânia: 2.057
Índia: 1.876

A reportagem ainda indica que, com 1.605 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil atingiu um novo recorde na média de óbitos pelo terceiro dia consecutivo. A alta é de 40% na comparação com a média de 14 dias atrás. O país também registrou quase o dobro de mortes do que a Ásia (7.716) e a África (2.010) somadas

Situação no Sul preocupa

O cientista Miguel Nicolelis fez um grave alerta sobre o cenário próximo que o país irá enfrentar, com destaque na região Sul: Em entrevista ao Tutameia, o cientista Miguel Nicolelis traçou um quadro tenebroso sobre a catástrofe em curso na capital gaúcha Porto Alegre.

Nicolelis destacou a repercussão internacional da imagem das chaminés do crematório da cidade expelindo fumaça escura provavelmente devido à sobrecarga de queima de corpos com a consequente saturação de resíduos gerados.

Não por acaso, neste sábado [27/3] o jornal The New York Times disse que Porto Alegre é o coração de um colapso monumental do sistema de saúde.

Fonte; https://www.brasil247.com/brasil/brasil-tem-mais-mortes-em-uma-semana-por-covid-que-eua-mexico-italia-e-russia-somados

Bomba: petroleiros descobrem que Castello Branco pode ter operado com ação da Petrobrás e lucrado (sozinho?) R$ 11 milhões com sua demissão



O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, teria orientado duas assessoras a operar no mercado de opções assim que soube que seria demitido
29 de março de 2021, 14:37 h Atualizado em 29 de março de 2021, 15:00
11Roberto Castello Branco (Foto: Agência Brasil)
 


247 - Uma informação bombástica acaba de circular entre os petroleiros. O atual presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, teria operado com opções de ações da estatal, assim que soube que seria demitido. Ele teria solicitado que suas assessoras Ana Paula Carta Antunes e Ângela Maria Freitas Correia, através de contas de familiares destas, realizassem operações financeiras na corretora Modal no tipo PUT (venda de opções) no papel PETRD249.

A operação em cada CPF foi na casa de de R$ 350 a R$ 400 mil, totalizando um lucro (ainda não realizado) de mais de R$ 11 milhões na cotação atual. O referido presidente teria aproveitado a sua demissão e utilizado o fato em proveito próprio, usando assessoras como laranjas. Jair Bolsonaro decidiu demitir Castello Branco no dia 18 de fevereiro. A partir do dia 19 o valor da opção subiu de US$ 0,80 para cerca de US$ 4,50.

Detalhe importante: a assessora Ângela Maria foi levada para a Petrobrás pelo próprio Castello Branco, desde que assumiu. Após um ano, a sua sobrinha, Ana Paula Carta, foi contratada como assessora do presidente, sem concurso público. Denúncias já foram feitas na Ouvidoria da Petrobras, na Comissão de Valores Mobiliários, no Tribunal de Contas da União e no Ministério Público.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/bomba-petroleiros-descobrem-que-castello-branco-pode-ter-operado-com-acao-da-petrobras-e-lucrado-r-11-milhoes-com-sua-demissao

Ei baladeiro(a)!!! Está pensando em matar a sua mãe, também?

 “Eu saí, fui na praia, encontrei com algumas amigas. Logo depois a gente foi para uma balada. Aí eu voltei para casa. Minha mãe estava lá, deitada. O nome dela é Alda, Alda Meneghel. Eu cheguei, abracei, beijei ela… Aí, ela pegou covid. Eu matei a minha mãe.”


Fonte: https://ndmais.com.br/saude/xuxa-surpreende-no-instagram-eu-matei-minha-mae-entenda/

Moro mercadejou a toga e corrompeu o sistema de Justiça criminal

29 de março de 2021, 12h18


O garantismo é em defesa do réu. Juiz não é parte, não é herói. Juiz não combate, a essencialidade do magistrado é julgar. A legitimidade democrática do juiz deriva da constituição, e não da vontade da maioria. O juiz, acima de tudo, deve ser garantidor.

A decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira (23/3) declarou o ex-juiz Sergio Moro parcial quando do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá, por três votos a dois.

Para além do espectro político-ideológico, é necessário fazermos uma análise do que essa decisão significa para o Estado democrático de Direito. Nessas idas e vindas, é necessário deixar as ilações pífias de lado e se ater à dinâmica processual. Não se faz mãos limpas sujando as mãos. Não vale tudo, vale a regra.

Inicialmente, impende asseverar, que as consequências jurídicas do reconhecimento de uma parcialidade são muito graves, isso porque faz com que todos os atos processuais sejam considerados nulos, remediando o processo à estaca zero.

Moro, à época, investido de jurisdição, teve atuação grave, polarizou o processo, tomou para si a qualidade de justiceiro, mercadejou com a toga e corrompeu o sistema de Justiça criminal. O objetivo de Moro e seus asseclas era inviabilizar de forma definitiva a participação de Lula no cenário político. Em bom português, Moro usurpou-se da qualidade de juiz, passando de juiz a mero perseguidor.

De saída, cumpre consignar que o combate à corrupção é premissa essencial e digno de elogio, no entanto, é necessário saber como realizar esse enfrentamento. O combate à corrupção deve, portanto, ser feito dentro dos ditames legais.

Não foi o que vislumbramos na operação "lava jato", os autos revelaram uma cadeia sucessiva de atos lesivos ao compromisso com a imparcialidade. Realizou-se um enfrentamento às avessas, a "lava jato" destoou o surgimento funcional do maior escândalo judicial do sistema de Justiça criminal da história da República. É de corar de vergonha.

Querer aduzir que o Habeas Corpus (da defesa do ex-presidente Lula) se baseava nas mensagens entre o ex-magistrado e procuradores que atuaram na "lava jato" é argumento boçal e descabido, desprovido de qualquer conhecimento técnico jurídico.

Em bom mineirês: "Não me atazana, larga mão de conversa fiada, sô!". Quem age de tal modo sequer leu o HC da defesa. O contexto do remédio constitucional trazia à tona farto conteúdo probatório de ilegalidades, as quais eram públicas e notórias.

Em sua exposição, após voto do ministro Kassio Nunes, o ministro Gilmar Mendes pontuou: "É possível dizer que em algum lugar em que impere o Estado Democrático de Direito se possa ter esse tipo de prática? E que isso encontra abrigo na Constituição Federal de 1988? Nem o mais cínico dos autores poderia defender isso. É disso que estamos falando. Interceptação de advogados, continuidade de interceptação, acesso a conversas. E depois (Moro) diz que ainda não se permitiu vazar (as conversas). É possível chancelar isso?".

Precisamos nos incomodar com isso. Moro despertou na comunidade jurídica e, principalmente, na classe da advocacia uma revolta com tudo o que foi desvelado até aqui. Nada é capaz de defender o consórcio de justiceiros espúrio que ali se formou.

O professor Aury Lopes adverte: "A imparcialidade do juiz fica evidentemente comprometida quando estamos diante de um juiz que dá inequívocos sinais de que há decidiu a causa". E continua: "Grave inconveniente reside em tais argumentos a priori, na medida em que a decisão é tomada de forma precipitada, antes da plena cognição do feito, fulminando a própria dialética do processo e seu necessário contraditório". (LOPES JR, Aury. Direito Processual Penal. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 534)

O STF salvou o futuro do Direito, Moro foi herege, a lei triunfou. O dia 23 de março de 2021 ficará nos anais, e não apenas na história da Suprema Corte. Saem fortalecidos o sistema de Justiça e a importância do devido processo legal. Todo e qualquer cidadão merece um julgamento justo.

"Na verdade da justiça está a vida, e no caminho da sua carreira não há morte" (Provérbios 12-28).


Paulo Marques é pós-graduando em Ciências Criminais na FDRP/USP.

Revista Consultor Jurídico, 29 de março de 2021, 12h18

"ROBALINHO" É SOBRENOME QUE DIZ TUDO - Procurador sugeriu pressão em réus com advogados que não queriam delação


Uma pessoa identificada como Robalinho, provavelmente José Robalinho Cavalcanti, ex-presidente da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), sugeriu que a extinta "lava jato" prendesse réus defendidos por advogados que não queriam assinar acordo de delação premiada. 

José Robalinho disse que investigados que não queriam delatar deveriam pagar "custo" disso
Gil Ferreira / Agência CNJ

O diálogo entre Robalinho e membros do Ministério Público Federal no Paraná foi enviado nesta segunda-feira (29/3) ao Supremo Tribunal Federal pela defesa do ex-presidente Lula. 

Os advogados que não concordavam com a colaboração premiada eram taxados de "agressivos". É o que mostra uma mensagem de 28 de junho de 2015. Nela, Robalinho sugere a prisão de Emílio Odebrecht ou de seus familiares para que o executivo contratasse uma defesa que topasse delatar.

"Se tiver um jeito de prender o velho Emilio ou algum familiar próximo de Marcelo odebrecht ele demite a advogada de combate na hora. Prioridade zero. A cada estocada dela um novo passo na investigação", diz. 

Depois, ele comenta o fechamento de bancos na Grécia como medida de controle de capital. Na ocasião, o país europeu preparava um plebiscito para saber se a população concordava com uma proposta de socorro financeiro feita por credores internacionais. Ele compara a situação à dos réus da "lava jato".

"Uma semana de caos e muito medo podem virar o plebiscito de domingo que vem dar uma lição em todos os esquerdistas e desmoralizar de vez o governo grego. E assim salvar o euro a médio prazo. Mais ou menos o que temos de fazer com cliente que contrata advogado agressivo e que não quer acordo. Mostrar o custo. Rs", afirma o procurador. 

Segundo os advogados de Lula, "para a 'lava jato' o cliente e o advogado que não colaborassem com a 'operação' deveriam pagar o 'custo'". "Pode um membro do Ministério Público atuar para que advogados sejam destituídos da defesa de seus constituintes pelo mero exercício da profissão — por apontar ilícitos praticados pelo próprio Parquet? Os membros do Ministério Público podem atacar advogados de forma tão baixa para alcançar seus objetivos espúrios?", questiona a defesa do ex-presidente. 

Defendem Lula os advogados Cristiano ZaninValeska MartinsMaria de Lourdes Lopes e Eliakin Tatsuo

Conforme apurou a ConJur, o diálogo ocorreu no grupo Terra dos Brutos. Robalinho disse não se lembrar dessa lista de transmissão em específico. "Eu participava de dezenas de grupos. Os colegas me colocavam e eu ficava. Não saía dos grupos. O que sei é que nem eu, nem ninguém consegue confirmar esses diálogos."

"Já disse para outros jornalistas que me lembrava remotamente de alguns diálogos, desse eu não me lembro, nem do contexto. Realmente, dessa vez eu não me recordo de nada disso aí."

ANPR
As declarações de Robalinho são o ponto central da nova peça enviada pela defesa de Lula ao Supremo. No documento, os advogados do ex-presidente aproveitaram para juntar uma carta divulgada pela ConJur neste domingo (28/3) em que quatro ex-presidentes da ANPR defendem o fim da "lava jato". 

Na carta endereçada ao presidente atual da ANPR, Fábio George Cruz da Nóbrega, os ex-dirigentes da entidade expressam sua indignação com a emissão de notas públicas que menosprezam os direitos constitucionais dos acusados.

Os ex-presidentes sustentem que a revelação dos diálogos entre procuradores do consórcio de Curitiba e o ex-juiz Sergio Moro sugerem "relacionamento informal (...) incompatível com a missão constitucional do MP, realizado fora dos balizamentos da lei processual penal, com desprezo às garantias fundamentais dos acusados e em desrespeito às normas que regem a cooperação internacional".

Assinam o documento Alvaro Augusto Ribeiro CostaWagner GonçalvesEla Wiecko de Castilho e Antônio Carlos Bigonha

Rcl 43. 007

BIA KICIS PRECISA SER ENQUADRADA, COM URGÊNCIA


Após incitar motim contra governadores, Bia Kicis apaga post e diz que “se comoveu” com a morte do PM


Da ala mais radical do bolsonarismo, a presidente da CCJ, Bia Kicis, incitou um golpe da PM contra o governador da Bahia, Rui Costa (PT), ao defender um soldado que, durante um surto, invadiu o Farol da Barra (Salvador) e disparou para o alto. Após repercussão negativa, ela apagou a postagem
29 de março de 2021, 11:57 h Atualizado em 29 de março de 2021, 12:23

 
247 - Da ala mais radical do bolsonarismo, a presidente da CCJ, Bia Kicis, incitou um golpe da PM contra o governador da Bahia, Rui Costa (PT), ao defender um soldado que, durante um surto, invadiu o Farol da Barra (Salvador) e disparou para o alto. Após repercussão negativa, ela apagou a postagem.

Acostumada em disparar fake news em suas redes, Bia transformou o agente, chamado Wesley Soares, que pertence à 72º Companhia Independente de Polícia Militar de Itacaré, num herói, omitindo fato de que a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou que o soldado apresentou um surto psicológico.

Com o rosto pintado de verde e amarelo, enquanto efetuava os disparos, Wesley gritava: "Eu, não vou deixar, não vou permitir, que violem a dignidade humana do trabalhador!".

Lava Jato "ajudou a eleger o Bozo" e é preciso se desvincular dele, escreveu procuradora a Dallagnol

Seria um exagero chamar os procuradores da Lavajato, que abraçaram os procedimentos ilícitos adotados na Lavajato, de estelionatários?
Penso que não. Efetivamente, ajudaram a dar efetividade ao grande estelionato eleitoral que foi a escolha de Bolsonaro para a presidência. São, portanto, co-autores da fraude que está a vitimar profundamente o povo e a economia da nação. 

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Os procuradores da Operação Lava Jato discutiram, em março de 2019, uma forma de se desvincular de Jair Bolsonaro para que os jornalistas voltassem a dar credibilidade à operação. "Ajudou a eleger o Bozo" e é preciso se desvincular dele, escreveu procuradora Erusa Viecili a Deltan Dallagnol

29 de março de 2021, 10:55 h Atualizado em 29 de março de 2021, 11:34
O que falta para o Deltan Dallagnol desenhar o power point do Bolsonaro? (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


247 - Os procuradores da Operação Lava Jato discutiram, em março de 2019, uma forma de se desvincular de Jair Bolsonaro para que os jornalistas voltassem a dar credibilidade à operação. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna n jornal Folha de S.Paulo.

As conversas foram entregues nesta segunda (29) ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela defesa de Lula, que foi autorizada a ter acesso ao material da Operação Spoofing, que investiga o hackeamento dos diálogos.

"Delta, sobre a reaproximação com os jornalistas, minha opinião é de que precisamos nos desvincular do Bozo [Jair Bolsonaro], só assim os jornalistas vão novamente ver a credibilidade e apoiar a LJ ", diz a procuradora Jerusa Viecili a Deltan Dallagnol no dia 28 de março de 2019. A grafia foi mantida na forma original das mensagens.


Jerusa segue: "Temos que entender que a FT [Força Tarefa] ajudou a eleger Bozo, e que, se ele atropelar a democracia, a LJ será lembrada como apoiadora. eu, pessoalmente, me preocupo muito com isso (vc sabe). veja que, no passado, em pelo menos duas oportunidades poderíamos ter nos desvinculado um pouco do Bozo nas redes sociais: 1. caso Flavio (se fosse qualquer outro politico envolvido, nossa cobrança por apuração teria sido muito mais forte); 2. caso da lei de acesso à informação que o bozo, por decreto, ampliou rol de legitimados para decretar sigilo e depois a Camara derrubou o decreto. A TI fez nota técnica e tudo e nossa reação foi bem fraca (meros retweets). (ao lado do caso Flavio, o proprio caso de Onix Lorenzoni) agora, com a "comemoração da ditadura" (embora não tenha vinculação direta com o combate à corrupção), estamos em silêncio nas redes sociais. Não prezamos a democracia? concordamos, como os defensores de bozo, que ditadura foram os 13 anos de governo PT? a LJ teria se desenvolvido numa ditadura? sei que há uma preocupação com a perda de apoio dos bolsominions, mas eles diminuem a cada dia. o governo perde força, pelos atropelos, recuos e trapalhadas, a cada dia. converse com as pessoas: poucos ainda admitem que votaram no bozo (nao sei como Amoedo nao foi eleito no 1º turno pq ultimamente, so me falam que votaram nele). enfim, acho que defender a democracia, nesse momento, seria um bom início de reaproximação com a grande imprensa. com relação a defender a Democracia, tambem seria importante um discurso de defesa das instituições. Atacamos muito o STF e seus ministros, mas sabemos que a democracia so existe com respeito às instituições. e o STF precisa ser preservado, como órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro. • 15:08:34 Jerusa pense com carinho ".

Deltan Dallagnol responde: "Concordo Je. Acho nota esquisita. E se fizermos artigos de opinião? Acho que não da pra bater, mas da pra firmar posição numa abordagem mais ampla".

O LIXINHO TENTANDO TIRAR O FOCO DO LIXÃO - Eduardo Bolsonaro também incentiva rebelião de PMs e sinaliza golpe de Estado


Quem não sabe que, é preciso criar fatoides, diariamente, para desviar a atenção da incúria governamental com problemas de grande magnitude? 

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Deputado Eduardo Bolsonaro usou a morte do PM que surtou e fez vários disparos no Farol da Barra, em Salvador, para incentivar motins de policiais contra os governadores que adotaram medidas restritivas para combate à Covid. "Esse sistema ditatorial vai mudar", tuitou, sinalizando um golpe de Estado.

29 de março de 2021, 09:53 h Atualizado em 29 de março de 2021, 10:29
Eduardo Bolsonaro (Foto: Divulgação)
 
247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou as redes sociais para incentivar motins de policiais contra os governadores que adotaram medidas restritivas e de isolamento social para conter o avanço da pandemia de Covid-19. . "Esse sistema ditatorial vai mudar", tuitou, sinalizando um golpe de Estado. Postagem foi feita na esteira da repercussão provocada pelo surto de um policial militar da Bahia que, neste domingo (28) invadiu a área do Farol da Barra, em Salvador, e efetuou vários disparos de fuzil. Ele foi morto após ser atingido por disparos feitos por outros PMs durante a operação para contê-lo.


“Aos vocacionados em combater o crime, prender trabalhador é a maior punição Esse sistema ditatorial vai mudar. Protestos pipocam pelo mundo e a imprensa já não consegue abafar. Estão brincando de democracia achando que o povo é otário. Que Deus conforte os familiares do PM-BA”, escreveu Eduardo Bolsonaro.

Mais cedo, a presidente da Câmara, a bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), também utilizou as redes sociais para incitar um golpe da PM contra o governador da Bahia, Rui Costa (PT). “Morreu porque se recusou a prender trabalhadores. Disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia”, escreveu no Twitter.

As medidas restritivas e de isolamento social são defendidas pelas principais autoridades de saúde em nível global, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), como a principal forma de conter a alta no número de casos e de óbitos relacionados à Covid-19.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/eduardo-bolsonaro-tambem-incentiva-rebeliao-de-pms-e-sinaliza-golpe-de-estado

Depois de causar um imenso estrago nas relações internacionais, Ernesto Araújo pede demissão do cargo e vai para o lixo da História - MAS, E O EDUARDO BOLSONARO?


Pior diplomata da história do Brasil, ele deixa o comando do Itamaraty depois de destruir a imagem do Brasil e sabotar a compra de vacinas

29 de março de 2021, 12:28 h Atualizado em 29 de março de 2021, 12:33
Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (Foto: Divulgação)
 

247 – Ernesto Araújo, o pior diplomata da história do Brasil, que sabotou a compra de vacinas e colocou o Itamaraty a serviço da extrema-direita internacional, acaba de pedir demissão do cargo. Com isso, o governo de Jair Bolsonaro perde mais um de seus nomes da "ala ideológica". A queda de Ernesto pode permitir que o Brasil volte a ter uma política externa minimamente autônoma e soberana, mesmo num governo entreguista como o de Bolsonaro.


A gota d'água para a demissão de Araújo foi seu ataque contra a senadora kátia Abreu, ao insinuar que ela e o Senado faziam lobby em favor do 5G chinês. A senadora emitiu nota demonstrando que o chanceler mentiu e é um "marginal". O próprio líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), foi obrigado a afirmar que há "uma linha que não pode ser ultrapassada", sacramentando o isolamento de Ernesto Araújo no Senado.Uma reunião convocada por Ernesto Araújo para esta segunda-feira com toda a sua equipe foi vista como um encontro de despedidas.

Flertes com o fascismo

Durante sessão no Senado em 24 de março na qual o assessor Filipe Martins fez gesto de supremacistas brancos, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, usou uma frase altamente usada durante o primeiro regime fascista da história, a Itália de Benito Mussolini.O ministro mencionou a expressão em latim “Senatus Populus que Romanus” (SPQR), que quer dizer "o Senado e o povo". Apesar da expressão ter origem no Império Romano, não há consenso sobre seu uso expressivo durante este período. Por outro lado, durante a ditadura fascista de Mussolini, a sigla SPQR era extremamente comum, justamente porque passava a ideia central de ideologia fascista: a elite (do Senado romano) e a plebe unidas - isto é, a abolição de lutas entre classes sociais.

Insuflador de motim policial na Bahia, Soldado Prisco vive de greves, foi expulso da PM e quer levar caos a outros estados


Publicado por Kiko Nogueira
- 29 de março de 2021


O Soldado Prisco

Policiais militares fizeram um protesto em frente ao Hospital Geral do Estado (HGE), na noite de domingo, e ameaçam entrar em greve após o soldado Wesley Soares Góes ser baleado por colegas num surto no Farol da Barra, na Bahia.

Ele disparou pelo menos uma dezena de tiros para o alto. Com o rosto pintado de verde e amarelo, gritava palavras de ordem enquanto descarregava a arma.

Atacou os colegas e acabou morto por eles. Terrorismo doméstico de extrema direita.

O episódio está sendo usado por bolsonaristas para insuflar uma rebelião no estado comandado por Rui Costa, do PT, e depois, quem sabe, no Brasil. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) já trabalha nesse sentido.

A milícia virtual quer transformar Wesley em mártir e “defensor do trabalhadores” contra o lockdown dos “tiranos” (antes de ser abatido jogou pertences de um camelô ao mar).

No momento em que Wesley negociava com a PM, um sujeito fazia uma live, já faturando politicamente e buscando criar o caos.

Marco Prisco Caldas Machado, o “Soldado Prisco”, deputado estadual pelo PSC, presidente da Aspra (Associação Nacional dos Praças), quer paralisação a partir de hoje.

Passou por PT, PCdoB, PSOL, PTC, PSDB e PPS. Está alinhado com Bolsonaro.

Segundo o falecido senador Major Olímpio, Prisco tentou fomentar motins como o do Ceará, ocorrido em 2020, em outros estados.

“O Prisco foi expulso da PM da Bahia e se tornou um mobilizador de greves profissional”, disse.

Líder de greves da corporação em 2001, 2012, 2014 e 2019, foi preso em duas ocasiões. A Constituição veda a greve de militares.

Foi denunciado pelo Ministério Público por falsidade ideológica, acusado de fraudar documentos da Aspra.

Após a prisão em 2014, foi proibido pela Justiça de ter contato com diretores das associações e de frequentar quartéis.

Chama Rui Costa de “genocida” e “assassino”.

Num discurso em que pediu a cabeça do comandante do BOPE por causa do caso Wesley, um homem gritava ao seu lado: “Agora era a hora do Exército pra intervir nesse estado comunista”.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/insuflador-de-motim-policial-na-bahia-soldado-prisco-vive-de-greves-foi-expulso-da-pm-e-quer-levar-caos-a-outros-estados/

domingo, 28 de março de 2021

ALCÂNTA MACHADO - Vida e morte do bandeirante, com notícias sobre uma peste de varíola, etc...

A famosa obra traz um capítulo (p. 106 e seguintes) que trata dos Médicos, doenças e remédios: 

Era dos jesuítas que se valiam, em caso de moléstia, os piratininganos.

Foi o que se deu por ocasião da peste de 1563, espécie de varíola de qualidade muito brava. A começar pela garganta e pela língua, cobria-se o corpo inteiro de uma como lepra. 

Apodrecidas, as carnes se destacavam, lançando intolerável cheiro e criando gusanos. 

Morriam os padecentes em três ou quatro dias. 

Os padres de Jesus serviam então de médicos, enfermeiros e boticários, assim aos índios como aos colonos. 

Combatiam a doença horrível com sangrias, e também cortando toda a carne, e depois lavando o corpo com água quente. 

 E prossegue, no interessante capítulo discorrendo sobre as imensas dificuldades da saúde pública naquela época (século XVI). As sangrias em cada paciente chegavam a trinta vezes, para combater a  sobejidão de sangue.

A obra também trata do funcionamento da Justiça (ps. 118 e seguintes) e um costume chama atenção: na tradição (entrega) de uma coisa (móvel ou imóvel), incluindo escravo, sacramentava-se a venda pela entrega de um pequeno ramo de árvore. Tal simbolismo durou muito tempo, segundo o autor mencionado. Ele enfatizou:  não há gente mais apaixonada pela rotina que a gente do foro,  reportando-se ao formalismo exacerbado dos atores do Judiciário. 

Em suma: a obra em destaque vale a pena ser lida, pelas incontáveis curiosidades dqueles tempos pretéritos. 


Imaginando como a Justiça e os cartórios extrajudiciais darão conta dos inventários

 Com a morte de mais de 300 pessoas por dia, vítimas de Coronavirus-19, além dos óbitos decorrentes de outras causas, como a Justiça brasileira (Varas de Sucessões) e os cartórios extrajudiciais (que também podem fazer Inventários, darão conta da demanda absurda que se avizinha? 

Em Florianópolis, por exemplo, em que uma mesma Vara acumula Sucessões e Registros Públicos, sem dar conta do serviço, que já está totalmente defasado, irão manter as duas competências num só Juízo, ou cuidarão de separá-los, como já deveriam ter feito há muito tempo? 


O silêncio dos judeus aliados de Bolsonaro diante dos insultos neonazistas


Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). 

"Os judeus cooptados pelo fascismo não fazem nada que contrarie Bolsonaro porque suas afinidades não são asseguradas por pretensas conexões com o judaísmo", escreve o colunista Moisés Mendes. "A sobrevida de Bolsonaro é assegurada também pelo silêncio dos judeus que não se ofenderam com o gesto neonazista de Filipe Martins"
28 de março de 2021, 06:29 h Atualizado em 28 de março de 2021, 06:29
Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais da presidência da República (Foto: Reprodução (TV Senado)
 




Por Moisés Mendes, para o Jornalistas pela Democracia

Judeus aliados ou simpatizantes de Bolsonaro deveriam pedir desculpas aos próprios judeus. Os judeus que são cortejados e acompanham os cortejos de pregadores de ideias neonazistas deveriam, há muito tempo, ter tornado público o arrependimento pelo engajamento à extrema direita neonazista brasileira.

Mas esses judeus preferem ficar quietos. O incômodo causado aos judeus alinhados com Bolsonaro, com os filhos dele e com seus subalternos neonazistas é relativo.

Os judeus cooptados pelo fascismo não fazem nada que contrarie Bolsonaro porque suas afinidades não são asseguradas por pretensas conexões com o judaísmo. As conexões são mais amplas.

Quando Bolsonaro foi a Israel, no início do governo, e encenou o teatro do apoio à transferência da embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém (que nunca aconteceu), os judeus aliados de Bolsonaro entraram em êxtase.

O sujeito estava apenas fazendo cena para agradar Trump e os evangélicos brasileiros fundamentalistas, mas os judeus de direita fingiram que aquele era um gesto político com a grandeza de um reconhecimento das posições excludentes de Israel.

Quando setores progressistas passaram a denunciar o conluio de judeus com Bolsonaro, a direita do judaísmo brasileiro e até uma certa esquerda decidiu atacar os 'inimigos' como antissemitas e antissionistas.

É fácil enquadrar os críticos das atitudes extremistas de Israel. É a lacração que pode ser acionada com um simples toque num botão, para que alguém seja tatuado como antissemita.

Judeus cariocas são amigos de Bolsonaro há muito tempo. Receberam o sujeito na Hebraica, em 2017, quando o agora genocida era deputado e debochou de índios e negros e provocou risos da plateia, em palestra marcada por frases racistas.

Saudaram Bolsonaro como amigo não porque ele fosse de fato aliado dos judeus, porque sabem que não é, mas porque fazia o jogo que interessava. O jogo antiPT, anticomunista, antiLula, antiesquerda, antimuçulmano. Isso é bom para os judeus que convergem para as posições da extrema direita.

Quando Filipe Martins, o assessor especial de Bolsonaro, faz um sinal neonazista com os dedos, ele não está mandando um recado apenas para os neonazistas. Manda o recado para o fascismo em geral, incluindo os judeus que estão incondicionalmente com Bolsonaro.

Quando um sujeito tira foto com Bolsonaro e faz o mesmo sinal com os dedos, e Bolsonaro sai fora dizendo que aquilo pode pegar mal, ele não está preocupado em rejeitar um gesto nojento e criminoso. Bolsonaro se preocupa em limpar a barra com seus aliados judeus moderados.

O gesto do neonazista Filipe Martins é uma mensagem de pichador atrevido: olha só o que estou fazendo aqui, ao vivo, bem atrás do presidente do Senado.

Judeus que apoiam Bolsonaro e Benjamin Netanyahu também são, mesmo que não queiram, destinatários diretos ou indiretos da interação pretendida pelas mensagens com símbolos neonazistas.

O neonazista abrigado no governo acena para judeus bolsonaristas como aliados. Porque o neonazista não é o nazista da primeira metade do século 20 que dava preferência à perseguição de judeus. Ele é o novo fascista do século 21.

O neonazista não tem mais as mesmas preferências. Ele tem a pretensão de ser um supremacista, mesmo que seja um chinelão, como esse Filipe Martins, sem que os judeus apareçam como alvo predileto. Os alvos deles agora são os negros, os índios, os gays, os trans e tudo que for considerado diferente.

Os neonazistas deveriam ser abominados pelos judeus, mas os que os condenam publicamente são as exceções sempre repetidas. Os Judeus pela Democracia, o Observatório Judaico pelos Direitos Humanos e outros redutos progressistas podem falar em voz alta, mas a voz mais poderosa continua sendo a da direita judaica aliada de primeira hora de Bolsonaro.

Os que detêm o poder de influenciar continuam sendo os que se juntaram a um governo que teve um nazista exibicionista como Roberto Alvim, que forma nazistas orientados por Olavo de Carvalho e que, se investigarem bem, deve ter núcleos de pregação do neonazismo espalhados por todas as áreas.

Há no Brasil judeus aliados de um governo de neonazistas, como há negros racistas, dentro do governo e fora dele. A sobrevida de Bolsonaro é assegurada também pelo silêncio dos judeus que não se ofenderam com o gesto neonazista de Filipe Martins.


https://www.brasil247.com/blog/o-silencio-dos-judeus-aliados-de-bolsonaro-diante-dos-insultos-neonazistas

“Pessoas vão morrer nas ruas em Porto Alegre”, alerta Nicolelis





Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial

Nicolelis caracteriza com terrível dramaticidade a dimensão da tragédia. “Porto alegre parece um foguete decolando … a curva era inclinada e agora ela é vertical”, relata Miola
28 de março de 2021, 15:35 h Atualizado em 28 de março de 2021, 16:36
Miguel Nicolelis e cemitério em Manaus (AM) em meio à pandemia de coronavírus (Foto: Brasil 247 | REUTERS/Bruno Kelly)
 
Em entrevista ao Tutameia [22/3], o cientista Miguel Nicolelis traçou um quadro tenebroso sobre a catástrofe em curso na capital gaúcha Porto Alegre.

Nicolelis destacou a repercussão internacional da imagem das chaminés do crematório da cidade expelindo fumaça escura provavelmente devido à sobrecarga de queima de corpos com a consequente saturação de resíduos gerados.

Não por acaso, neste sábado [27/3] o jornal The New York Times disse que Porto Alegre é o coração de um colapso monumental do sistema de saúde.

Em menos de 5 minutos de diagnóstico, Nicolelis caracteriza com terrível dramaticidade a dimensão da tragédia. Ele começa dizendo que “Porto alegre parece um foguete decolando … a curva era inclinada e agora ela é vertical”.

“Não tem saída fora do lockdown, porque já explodimos”, afirmou Nicolelis. Em referência ao governador e também ao prefeito Sebastião Melo/MDB, ele questiona: “E o governador do RS quer abrir o comércio. Aí eu me pergunto: em que galáxia este senhor vive? Em que mundo paralelo ele vive?”

Ele faz um alerta: “as pessoas vão morrer nas ruas em Porto Alegre”, e associa a causa disso: “faz anos que o RS está nas mãos de administrações que só fizeram aumentar a miséria, moradores de rua, a falta de acesso à saúde; […] Porto Alegre está sofrendo um processo de decadência”


Nicolelis entende que a pluma de fumaça do crematório sinaliza uma realidade similar a “Los Ângeles [EUA], que o crematório teve de parar devido aos resíduos que estavam sendo espalhados pela cidade” devido ao trabalho excessivo de cremação de mortos.

Na visão dele, “está havendo colapso funerário. Começa a ter atraso nos enterros, atraso no manejo dos corpos, começa a se empilhar os corpos”.

Nicolelis também alerta que em consequência ao descontrole, “começa a ter este tipo de efeito colateral”.

“E de repente explode, e aí você corre o risco de epidemias bacterianas, tifo, contaminação do solo, do lençol freático, dos alimentos”, disse ele, arrematando: “Aí você pode esquecer, aí eu estou falando de anos, para reverter um troço desses, entendeu?”.

Não se trata de acidente, fatalidade ou de algum fenômeno inevitável, como Nicolelis mostra na entrevista [vídeo aqui]. Esta catástrofe sanitária, econômica e humanitária deriva da condução irresponsável dos governos no enfrentamento à pandemia.

Diante da previsão de que, a se manter esta condução irresponsável, pessoas poderão “morrer nas ruas em Porto Alegre”, o que faz o prefeito Sebastião Melo/MDB? Exorta as pessoas a morrerem para salvar a economia!

Fonte: Brasil 247