Alguns governantes acham-se poderosos - quando escorados em Forças Armadas, Polícias Militares e simpatizantes milicianos - por que infundem medo e o povo se porta com uma obediência servil e não como detentor da soberania que a Constituição lhe confere.
Um povo incapaz de reagir, quando lhe ameaçam a liberdade e a vida - valores supremos, sem os quais a existência é pura indignidade - não merece melhor sorte que a desgraça total.
Não é possível que um povo se contente com esperar pela felicidade futura (o céu, o paraíso) prometida pelos embusteiros das mais diversas religiões. O clero, que prega paciência e pusilanimidade é agente de desastres seguidos e por isso mesmo altar e trono andam seguidamente de mãos dadas.
Basta de temor reverencial a divindades, senhores, excelências, majestades e fardados, pois o temor, já o disse alguém, é o primeiro princípio de um governo despótico. Um povo medroso, apático, covarde, permite que se avulte a tirania, a truculência, o descaso e o deboche dos que se acham poderosos.
O povo, religiosamente doutrinado, enlanguesce na pobreza e na desonra e sem um sopro de entusiasmo, que lhe aplique alguma liderança vigorosa e respeitável, estará fadado ao pior dos destinos.
Não faz sentido nos preocuparmos com as gerações futuras, como propõe o Direito Ambiental, se não tivermos a coragem de arrostar as práticas tirânicas do presente, eis que as gerações atuais não merecem pior sorte do que as vindouras.
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