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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Traste, entreguista juramentado - Zema diz que única alternativa para pagar 13º do funcionalismo é privatizar a Cemig



É a terceira vez que o governo de Minas atrasa 13º dos servidores

Por Julinho Bittencourt 30 nov 2020 - 09:18

Romeu Zema - Foto: Reprodução/Globonews

O governo de Minas Gerais não vai pagar, pela terceira vez consecutiva, o 13º do funcionalismo público em dia. O plano é pagar R$ 2 mil a todos os servidores, sem previsão de quando o restante será quitado.

A única alternativa proposta para pagar o 13º, de acordo com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é a privatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Para tal, no entanto, Zema vai precisar da autorização da Assembleia Legislativa e o assunto ainda não foi posto em votação.

A previsão orçamentária enviada por Zema à Assembleia Legislativa para 2021 prevê déficit de R$ 11 bilhões. O Estado tem déficit orçamentário desde 2015.

Outra possibilidade de injeção de recursos pode vir da Vale. O governo, o Ministério Público e a Defensoria Pública cobram da mineradora indenização por danos à economia do Estado e danos morais coletivos pela tragédia de 2019 em Brumadinho.

“A Vale ofereceu R$ 21 bilhões e nós estamos pedindo R$ 54 bilhões”, disse ao Valor Econômico o secretário-geral do governo de Minas Gerais, Mateus Simões. Uma segunda audiência de conciliação está marcada para o dia 9. O dinheiro da Vale não poderá ser usado para o 13º, mas apenas em obras de infraestrutura.
Redução do Estado

A privatização da Cemig, bem como de várias outras estatais, é um desejo de Zema que vem desde que assumiu o governo. Em agosto de 2019, ele fez duras críticas à empresa que, para ele, teria se esquecido do motivo de sua existência, o que torna fundamental a sua privatização. O governador mineiro participava da 20ª Conferência Anual Santander.

Na época, ele disse que a Cemig estaria criando obstáculo para, entre outras coisas, ligar em suas redes a energia fotovoltaica produzida no Estado.

Zema afirmou ainda, na ocasião, que esperava investimentos de R$ 7 bilhões em concessões de ferrovias nos próximos 20 anos. “Quero ser lembrado como o governador que mais perdeu poder por ter privatizado, reduzido o tamanho do Estado”, disse.

O governador afirmou ainda que o maior legado que pretende deixar para o povo mineiro será a reforma das leis de forma a impedir que seus sucessores façam o que seus antecessores fizeram.

Fonte: https://revistaforum.com.br/politica/zema-diz-que-unica-alternativa-para-pagar-13o-do-funcionalismo-e-privatizar-a-cemig/

Cogitando aqui com meus botões

 A mídia de direita enfatiza: derrota de Bolsonaro, do PT e vitória da direita.

Aí, cabe indagar: não será só isto mesmo que Bolsonaro, a serviço dos conservadores - eufemisticamente chamados de "Centrão" -, se propõe: apenas inviabilizar o sucesso da esquerda, em benefício da burguesia, agindo como mero "pau mandado", embora passe por derrotado? 

Livro sobre cartazes nazistas expõe a arte a serviço da ideologia

Ricamente ilustrado, "Propaganda do terror" analisa as estratégias gráficas usadas pelo regime de Hitler para seduzir as massas. Um tema delicado, mas parte das lições permanece útil até hoje.



Historiadora da arte Sylke Wunderlich encara tema delicado em seu livro "Propaganda do terror"

"Será que a propaganda, assim como a entendemos, não é também uma forma de arte?", perguntava retoricamente, em junho de 1935, o ministro de Educação Popular e Propaganda do Terceiro Reich, Joseph Goebbels. A essa altura, os nacional-socialistas já ocupavam há quase dois anos e meio o poder na Alemanha, e há muito estavam lançados os fundamentos do domínio de terror que só acabaria em 1945, após desembocar numa guerra mundial e no Holocausto.

Adolf Hitler se armou em tempo recorde, tanto no campo militar como no civil. Para os soldados providenciaram-se novos tanques de guerra, aviões e submarinos. E para os cidadãos no front doméstico, o noticiário semanal Wochenschau nos cinemas, os rádios em casa e os cartazes em cada esquina.

A historiadora da arte Sylke Wunderlich examinou a fundo o significado desses pôsteres em seu livro Propaganda des Terrors (Propaganda do terror), ilustrado com mais de 200 fotografias. Um empreendimento bastante ousado, por abordar duas esferas totalmente diversas: ideologia e arte.

"Acho que o estilo artístico dos pôsteres contribuiu decisivamente para que tenha dado tão certo a influência sobre a massa da população", explica a autora residente em Berlim, em entrevista à DW, ressalvando: "Certo, no sentido da política dos nacional-socialistas."

"O marechal e o cabo lutam conosco por paz e igualdade" e "Nossa última esperança: Hitler": nazistas apostavam em estética moderna em seus pôsteres

Aprendendo também com o comunismo

No entanto, antes mesmo de tomar o poder, em 1933, os nazistas não hesitavam em copiar estratégias bem-sucedidas dos socialistas e comunistas. Os cartazes a serviço de Hitler também poderiam ser da autoria da esquerda revolucionária, substituindo-se as fotos pelas dos comunistas Rosa Luxemburgo ou Karl Liebknecht, por exemplo.

As peças de propaganda foram idealizadas tanto por nazistas convictos, como o conceituado gráfico e arquiteto Ludwig Hohlwein, como por discípulos do movimento artístico Bauhaus, como Herbert Bayer. Enquanto Hohlwein foi temporariamente proibido de exercer a profissão após o fim da Segunda Guerra Mundial, Bayer emigrara para os Estados Unidos em 1938. Até então, projetava cartazes para o regime nazista.

Contudo Wunderlich considera demasiado simplista a acusação de que Bayer teria se deixado instrumentalizar pelos nazistas, pelo menos por algum tempo: afinal, os artistas gráficos autônomos também tinham que pensar na própria subsistência. E talvez tenham sido intencionalmente recrutados, "devido a sua modernidade".


"Arte degenerada": estética modernista para difamar os modernos

Biografia contraditória

A fim de se distinguir da anterior República de Weimar, o regime nacional-socialista queria se mostrar como um Estado "que era moderno, novo, diferente". Assim, a autora não vê qualquer contradição entre os motivos muitas vezes modernistas dos pôsteres e a ideologia populista-racista do Terceiro Reich: "Fotomontagens, tipografia clara, linguagem visual clara eram, sem dúvida, coisas consideradas boas."

Apesar disso, Herbert Bayer – que teve Johannes Itten, Paul Klee e Vassily Kandinsky entre seus mestres na Bauhaus – cairia em desgraça com o regime: algumas de suas obras foram parar na difamatória mostra Arte degenerada de 1937. Esse foi o empurrão decisivo para o artista, que se considerava apolítico, voltar as costas ao Reich hitlerista.

A biografia fragmentada de Bayer é um exemplo extremo, por um lado, da desconcertante contradição da política cultural nazista, e do outro, do comportamento aparentemente oportunista de alguns artistas: alguém que frequentou a Bauhaus, mais tarde chegaria a dirigir sua Oficina de Impressão e Reclames, envolveu-se, a partir de 1933 com os que combatiam a revolucionária escola de arte e design.

Wunderlich frisa que o design gráfico da época era "bastante espetacular", não só na Alemanha, "muito moderno, construtivista". Os nacional-socialistas se basearam nessa linguagem visual para seduzir e agitar – desde o início contra judeus e bolcheviques, mais tarde contra todos os adversários de guerra. A fachada de bela aparência se manteria por bastante tempo: as primeiras fissuras só apareceram quando a mesa virou na guerra.


Publicidade dos Jogos Olímpicos 1936 apresentava atletas como heróis míticos
Leni Riefenstahl, virtuose da manipulação

Após a invasão da Polônia, em 1939, até a derrota em Stalingrado, a propaganda nazista ainda funcionou de forma ideal, tendo como figura central a cineasta Leni Riefenstahl. Suas documentações dos comícios do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) e dos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, estenderam o alcance do regime para muito além das fronteiras do Terceiro Reich.

Ela fez isso com tanta sofisticação que outras nações também se deixaram ludibriar. As ambivalentes obras de arte de Riefenstahl receberam diversos prêmios, entre outros do Festival de Cinema de Veneza e do Comitê Olímpico Internacional (COI).

A estratégia dos nazistas dera certo, "senão, as massas humanas não teriam corrido atrás dessa política", afirma Wunderlich. No caso de Leni Riefenstahl, a semente da sedução vingou especialmente bem: Triunfo da vontade e Festa da beleza eram perfeitamente encenados, tanto do ponto de vista técnico quanto estético, e inflados propagandisticamente pelos cartazes que os acompanhavam.

E aí se chega novamente ao tema "modernismo", aponta a historiadora da arte: os nacional-socialistas o utilizaram para "dar a esse terrível Estado ditatorial uma aparência bonita, moderna, limpa". Enquanto nenhuma bomba caiu sobre Berlim e outras cidades, o regime pôde contar com a maioria dos alemães.

"Um povo, um Reich, um Führer": o culto pessoal a Adol Hitler se refletia literalmente nos cartazes de propaganda, tendo sempre na mira crianças e adolescentes. Com slogans como "Também tu pertences ao Führer", a política de total disponibilidade não era segredo: ninguém deveria ficar de fora da Juventude Nazista ou da Liga das Meninas Alemãs. E a grande maioria participava com franco entusiasmo.

Recrutando a infância: "Juventude serve ao Führer", "Também 'tu' pertences ao Führer"

Nazismo permanece tema delicado

À primeira vista, em todos esses anos a propaganda gráfica aparentara ser basicamente inofensiva, embora sedutora e muitas vezes de alto nível artístico. Por muito tempo após o fim da ditadura nazista era praticamente impossível se ocupar dela com imparcialidade.

Ainda em 2012, 67 anos depois, a mostra "Tipografia do terror: Cartazes em Munique de 1933 a 1945", no Museu Municipal da capital da Baviera, desencadeou violentos debates: talvez bem-intencionada, mas "pura propaganda", sentenciou o jornal liberal de esquerda Süddeutsche Zeitung. O título da exposição lembra o Propaganda do terror de Sylke Wunderlich, publicado em alemão e inglês.

A fundadora da associação Plakat Ost considera estar fora de seu poder impedir que extremistas de direita se interessem por sua publicação. Na prática, porém, antigos e neonazistas se arrependerão da aquisição, o mais tardar, ao lerem suas claras e reveladoras análises da arte propagandística na era nazista. Não é possível acusar a autora de ter minimizado o tema, bem pelo contrário.

Oito anos atrás, os críticos da mostra em Munique acusaram os curadores de não situarem suficientemente as peças em exibição: os visitantes seriam deixados sozinhos com as imagens, apontaram, "na esperança de que sua antiga força sugestiva fosse apenas perceptível, e que seu ridículo se desmascarasse por si só".

Thomas Weidner, então diretor do departamento de gravuras e pinturas do Museu Municipal de Munique, defendeu-se lembrando que os pôsteres eram acompanhados de legendas com dados tanto sobre o evento apresentado e os autores da encomenda, quanto sobre os artistas e sua forma de trabalhar.

Ainda assim, continua valendo o que Weidner observou em 2012: 

"Exposições sobre o nacional-socialismo são sempre delicadas." O comentário certamente se aplica a livros sobre a arte propagandística do regime genocida da Alemanha.


Fonte: https://www.dw.com/pt-br/livro-sobre-cartazes-nazistas-exp%C3%B5e-a-arte-a-servi%C3%A7o-da-ideologia/a-55772320

ESCANDALO - Desembargadora que atacou Marielle Franco é eleita para o órgão do TJ

Publicado em 30 novembro, 2020 5:16 pm
Desembargadora Marília Castro Neves (Foto: Reprodução/Facebook)

Da Coluna de Lauro Jardim no Globo.

Marília Castro Neves, a desembargadora do TJ do Rio de Janeiro que se tornou conhecida nacionalmente por proferir nas redes sociais ofensas a Marielle Franco, dias depois da vereadora ser assassinada, acaba de ser eleita integrante do Órgão Especial do TJ.


O Órgão Especial é a corte que julga, por exemplo, ações contra o governador. É composta por 25 desembargadores. É uma espécie de promoção da magistrada.

Marília concorreu, como candidata única, na vaga do MP ao colegiado. Pôde concorrer e foi eleita mesmo tendo uma condenação recente numa ação de danos morais e mesmo tendo o CNJ aberto na semana passada um processo administrativo contra ela. 


Em 30 de outubro deste ano, a 21ª Vara Cível do Rio de Janeiro condenou Marília a pagar uma indenização por danos morais à família de Marielle. 

(…)

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/desembargadora-que-atacou-marielle-franco-e-eleita-para-o-orgao-do-tj/

Executivos norte-americanos são condenados por corrupção na Venezuela



© REUTERS / Carlo Allegri

Um tribunal venezuelano considerou culpados seis executivos norte-americanos acusados por corrupção, condenando-os à prisão nesta quinta-feira (26).

De acordo com informações da Associated Press, as sentenças são de mais de oito anos para cada um dos réus, detidos há três anos ao serem atraídos para uma oportunidade de negócios na Venezuela.

Os executivos eram funcionários da companhia petrolífera Citgo, baseada em Houston, no Texas, e pertencente à estatal venezuelana PDVSA.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro denunciou um plano do governo norte-americano para infiltrar e prejudicar o programa de abastecimento alimentar do paíshttps://t.co/yu2eImcFQz

— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) November 26, 2020

​Gustavo Cárdenas, Jorge Toledo, José Luis Zambrano, Alirio Zambrano, Tomeu Vadell e José Pereira foram acusados de desfalque decorrente de uma proposta nunca executada de refinanciar cerca de US$ 4 bilhões (R$ 21,3 bilhões) em títulos da Citgo, oferecendo uma participação de 50% na empresa como garantia, destaca a AP.

Todos se declararam inocentes. Mas a promotoria afirmou ter encontrado sérias evidências que corroboram crimes financeiros potencialmente prejudiciais à estatal venezuelana.

Fonte: http://www.patrialatina.com.br/executivos-norte-americanos-sao-condenados-por-corrupcao-na-venezuela/

Praga trumpista chegou a Cuba - Cuba diz ter desmontado tentativa de 'golpe' ao desarticular movimento em Havana


Autoridades desalojaram de uma casa do chamado Movimento San Isidro que, segundo governo, tentavam desestabilizar o país

Redação Opera Mundi
| 30 de Novembro de 2020 às 16:09

Governo cubano desarticula movimento e segura tentativa de "golpe brando" - Reprodução


O governo cubano afirma ter desmontado neste final de semana o que as autoridades do país chamaram de tentativa de “golpe brando”, desalojando de uma casa líderes do chamado Movimento San Isidro que, segundo a liderança da ilha, tentavam desestabilizar o país.

A história começa com uma “manifestação”, liderada pelo movimento, ligado às artes, que exigia do governo cubano a libertação de Denis Solís. Ele foi preso por desacato à autoridade, mas era apresentado pelo grupo como um rapper que havia sofrido censura.

Em um vídeo do começo do mês divulgado pelo portal Cubadebate, Solís aparece ofendendo e agredindo verbalmente um oficial cubano, dizendo que Donald Trump era seu presidente e pedindo a reeleição do republicano.

Segundo o Granma, membros do movimento começaram a fazer greve de fome na casa localizada no bairro de San Isidro, em Havana Velha, em um suposto protesto contra a prisão de Solís. De acordo com a imprensa cubana, eles continuavam recebendo alimentação durante a suposta greve de fome. Outras pessoas – num total de 14 – acompanhavam o movimento dentro da residência.

Na liderança do grupo, estariam Willy González, Kiki Naranjo e Jorge Luis Fernández Figueras, que, segundo a imprensa cubana, davam ordens diretamente dos Estados Unidos àqueles que se encontrava na casa. Os três estão sob a mira da Justiça cubana por crimes cometidos na ilha.

Na noite da sexta-feira (27/11), as autoridades cubanas desalojaram os manifestantes, citando o descumprimento de protocolos contra a covid-19.

Segundo Havana, o Movimento San Isidro é a origem de uma articulação de meios “a serviço dos interesses dos EUA”. “Sob o guarda-chuva da arte, do suposto vínculo de alguns deles com atividades intelectuais e artísticas, o grupo tentou de tudo: manchar a bandeira, danificar o patrimônio, burlar a lei, provocar as autoridades, violar normas e protocolos sanitários, distrair os que se aproximam, ‘fazer explodir a onda’, como escreveram alguns de seus apoiadores”.

EUA

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, chegou a tuitar durante a semana “exigindo” que o “regime cubano interrompesse o assédio ao Movimento San Isidro”. Outros oficiais norte-americanos, como Michael Kozak, subsecretário interino do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, e Mara Tekach, coordenadora do Escritório de Assuntos Cubanos do órgão, também manifestaram apoio ao movimento.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, disse que o país não admite “ingerências”. “Aqueles que desenharam a farsa de San Isidro se equivocaram de país, se equivocaram de história e se equivocaram de forças armadas. Não admitimos ingerências, provocações nem manipulações. Nosso povo tem todo o valor e a moral para sustentar uma luta pelo coração de Cuba”, escreveu, no Twitter.

Díaz-Canel disse, também, que “nada poderá enfrentar a desafiadora resistência cubana", ao mesmo tempo em que compartilhou um texto do jornal Granma sobre uma nota do Ministério de Relações Exteriores de Cuba sobre ingerências norte-americanas.

“San Isidro, um ato de reality show imperial. O espetáculo imperial para destruir nossa identidade e nos submeter novamente. Todos esses planos serão derrotados”, frisou.

Os argumentos das autoridades se reforçaram quando um jornalista mexicano reconhecido por suas declarações contrárias a Cuba e ao socialismo, visitou os líderes do movimento. Segundo a polícia cubana, o jornalista veio dos EUA e não cumpriu com nenhum dos protocolos de segurança estabelecidos para conter a covid-19.

No domingo, uma manifestação a favor do governo tomou conta da praça Trillo, na capital cubana. Díaz-Canel apareceu de surpresa no local.

(*) Com Cubadebate, Granma e teleSUR.


Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2020/11/30/cuba-diz-ter-desmontado-tentativa-de-golpe-ao-desarticular-movimento-em-havana

PSDB é sigla que teve a maior queda no número de prefeituras

O PSDB perdeu 273 prefeituras pelo país. Em segundo lugar está o MDB, com uma queda de 244 administrações municipais
30 de novembro de 2020, 12:45 h Atualizado em 30 de novembro de 2020, 14:44

Fachada do TSE e urna eletrônica (Foto: TSE | José Cruz/Agência Brasil)

Revista Forum - O PSDB é o partido que mais perdeu prefeituras nas eleições de 2020. A legenda de Bruno Covas, vitorioso na disputa em São Paulo, perdeu 273 prefeituras pelo país. Em segundo lugar está o MDB, com uma queda de 244 administrações municipais.

Em 2016, os tucanos passaram a comandar 793 cidades do país. Em 2020, o número caiu para 520. Já o MDB era responsável por 1028 prefeituras e, a partir do ano que vem, ficará com 784. Apesar da queda, o MDB ainda é o partido que mais elegeu prefeitos, inclusive de capitais: Goiânia, Cuiabá, Teresina, Boa Vista e Porto Alegre.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/psdb-e-sigla-que-teve-a-maior-queda-no-numero-de-prefeituras

Rêgo Barros, ex-porta-voz de Bolsonaro, diz que “o mentiroso uma hora cairá em contradição”

Ex-porta-voz de Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, voltou a criticar o chefe do Executivo e afirmou que “o mentiroso uma hora cairá em contradição”. “Seu nariz de Pinóquio não poderá ser eternamente camuflado”, escreveu em um artigo publicado nesta segunda-feira

30 de novembro de 2020, 13:08 h Atualizado em 30 de novembro de 2020, 13:35

Otávio Rêgo Barros (Foto: Marcos Corrêa/PR)


247 - Em um artigo publicado no jornal Folha de Pernambuco, o general Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz de Jair Bolsonaro, voltou a criticar o chefe do Executivo e afirmou que “o mentiroso uma hora cairá em contradição”. “É só esperar. Seu nariz de Pinóquio não poderá ser eternamente camuflado”, escreveu Barros. 

Embora não cite o nome de Bolsonaro, o artigo critica os políticos que levam “seus clichês, suas mentiras, suas aleivosias para a televisão, internet, jornal e rádio” como sendo “verdades insofismáveis”.

Ainda segundo o militar, as instituições “não se amparam sozinhas. Tombam se não forem protegidas vigorosamente”. Para ele, é preciso que a sociedade “renuncie ao comodismo, não aceite a gratuidade da informação e conteste. Não seja manada humana dos sem opinião formada. É a sua capacidade de discernir fatos que imuniza a sua individualidade”. 

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/rego-barros-ex-porta-voz-de-bolsonaro-diz-que-o-mentiroso-uma-hora-caira-em-contradicao

Isso diz muito sobre as redes sociais

"Todo escritor acredita na valia do que escreve. Si móstra é por vaidade. Si não mostra é por vaidade também".

(...)

"O ridículo é muitas vezes subjetivo. Independe do maior ou menor alvo de quem o sofre. Criamo-lo para vestir com ele quem fere nosso orgulho, ignorância, esterilidade". 

(...)

"Nossos sentidos são frágeis. A percepção das coisas exteriores é fraca, prejudicada por mil véus, provenientes das nossas taras físicas e morais: doenças, preconceitos, indisposições, antipatias, ignorâncias, hereditariedade,. circunstâncias de tempo, de lugar. etc ..." 

"Toda canção de liberdade vem do cárcere". (*)

MÁRIO DE ANDRADE - Pauliceia desvairada.

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(*) Talvez por isso, Lula tenha afirmado, recentemente, que o Brasil precisa passar por Bolsonaro (defensor da tortura, relapso com a saúde pública, mentiroso contumaz, manipulador da PF para proteger seus filhos, destruidor do meio ambiente, incapaz de administrar em favor das classes desfavorecidas, etc..., etc... ) para valorizar o PT.

Mas, o que as urnas revelaram, nestas últimas eleições, é que o brasileiro, em sua maioria, ainda é um nostálgico irresponsável, que valoriza o centro, as oligarquias, as velhas políticas, não tendo coragem e ânimo para experimentar doutrinas sociais que prometem mais igualdade, melhor distribuição de renda, mais escolas, mais saúde, mais segurança (sem os excessos de certas PMs), menos corrupção, menor dependência e submissão externa.

Surgem novos detalhes sobre o assassinato do cientista nuclear iraniano


ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA
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A agência iraniana Fars e o jornal The New York Times publicaram duas versões sobre a morte do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi na manhã de sexta-feira (27).

A agência iraniana Press TV informou na segunda-feira (30) citando "uma fonte informada" que a arma utilizada no assassinato do cientista tinha marca e especificações da indústria militar israelense, provando que a mesma foi fabricada em Israel.

Versões do acontecido

Os tiros que mataram Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, físico nuclear e chefe da Organização de Pesquisa em Inovação do Ministério da Defesa do Irã, originam de uma arma montada em um veículo, no qual não havia pessoas e que explodiu logo após o ataque, informou a agência de notícias iraniana Fars.

Segundo o relato da Fars, na manhã de sexta-feira (27), o cientista iraniano estava dirigindo seu carro blindado com sua esposa ao lado, ao mesmo tempo que era acompanhado por um comboio de outros veículos blindados.

Em um certo momento, a escolta foi à frente de Fakhrizadeh para verificar a área para a qual o grupo estava se dirigindo.

De repente, houve um tiro que fez com que o cientista parasse na beira da estrada, pois ele achou que estava acontecendo algum tipo de pane no carro. Outros tiros se seguiram de uma metralhadora controlada a distância, que estava montada em um carro Nissan estacionado a cerca de 150 metros de distância. Uma das balas teria atingido as costas do físico nuclear, e alguns minutos depois o carro com a arma explodiu.

"Todo o incidente durou três minutos, pois nenhum assassino estava presente no local, e os tiros foram disparados apenas com armas automatizadas", afirma a Fars.

O proprietário do veículo que transportava a arma, de acordo com os dados, não reside no Irã há um mês.

O jornal The New York Times publicou uma versão diferente do evento, embora citasse a mídia iraniana.

Segundo o jornal, o Nissan abandonado estacionou em uma rotatória, detonou e derrubou uma linha elétrica. Em seguida, apareceu um grupo de 12 homens armados, alguns em motocicletas e outros em carros estacionados nas proximidades, os quais abriram fogo em seguida. De acordo com o diário, Javad Mogouyi, que trabalha para o Corpo Revolucionário da Guarda Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês) é citado no caso.

Pelo menos três tiros atingiram o especialista nuclear iraniano, e os 12 assassinos escaparam ilesos, disse a fonte.

Fim do especialista nuclear

A mídia estatal iraniana relatou uma procissão fúnebre para Fakhrizadeh. Seu caixão é movimentado entre várias mesquitas em todo o país, e é esperado que o cientista seja enterrado na mesquita do Imã Khomeini, no Teerã, nesta segunda-feira (30).

Fakhrizadeh foi professor de física na Universidade Imã Hussein no Teerã, Irã, e chefe da Organização de Pesquisa e Inovação em Defesa do Ministério da Defesa do país. Além de ser um dos cientistas mais influentes e de alto escalão no Irã, ele estava entre as cinco personalidades iranianas na lista das 500 pessoas mais poderosas do mundo, elaborada em 2013 pela revista norte-americana Foreign Policy.


Fonte: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2020113016531561-surgem-novos-detalhes-sobre-o-assassinato-do-cientista-nuclear-iraniano/

PEDINDO BÊNÇÃO À NAÇÃO HEBREIA - Conib promove encontro de presidente do STF, Luiz Fux, com lideranças da comunidade




CONIB EM AÇÃO

27 de novembro de 2020
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O presidente do STF, ministro Luiz Fux, participou nesta sexta-feira (27) de almoço na casa do presidente da Conib, Claudio Lottenberg. Estavam presentes lideranças comunitárias e o Cônsul de Israel em São Paulo, Alon Lavi.

Lottenberg explicou o propósito do encontro: “A comunidade judaica recebe hoje o Ministro Luiz Fux. O ministro é judeu, tem uma relação intensa com a sua comunidade, mesmo porque ele é um ativista da comunidade. Portanto, estamos nos reunindo aqui com a comunidade judaica de São Paulo, com parte da liderança comunitária, com a diretoria da Confederação Israelita do Brasil, no sentido de dar as boas-vindas ao ministro. Esta é a primeira vez que ele tem um encontro dessa natureza no estado de São Paulo desde que se tornou presidente do STF.”

“Para mim é uma grande honra estar reunido com a comunidade judaica em São Paulo, porque lutamos pelos mesmos ideais, temos os mesmos valores morais e é sempre bom receber o estímulo dos que pensam igual a nós, para que possamos construir um pais que seja um exemplo de ética, moralidade e dignidade”, destacou Fux.

Participaram do encontro líderes comunitários e religiosos, empresários e membros da diretoria da Conib. Entre os presentes estavam Jack Terpins, Abramo Douek, Renato Ochman, o Secretário da Saúde do Estado de São Paulo Jean Gorinchteyn, Daniel Bialski, Rony Vainzof, Octávio Aronis, Sergio Napchan, Marcia Borger, Mirella Radomysler, Karen Didio Sasson, Andrea Vainer, Célia Parnes, Julio Mandel, Nelson Sirotsky, Ida Sztamfater (esposa de Claudio Lottenberg) e filhos.

Fonte: https://www.conib.org.br/conib-promove-encontro-de-presidente-do-stf-luiz-fux-com-liderancas-da-comunidade/

Em dia de eleição, consultoria empresarial dos EUA anuncia Moro como diretor e depois apaga

A empresa americana administra quebra da Odebrecht e da OAS. Em suma: Moro escancara agora que agiu para afundar as empresas brasileiras de construção e agora ganha para "recuperá-las".
Isso irá render muito na campanha de 2022.
-=-=-=-=-
Publicado por Vinicius Segalla
- 29 de novembro de 2020


Sergio Moro: ele nunca negou suas afinidades com os Estados Unidos

O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi anunciado neste domingo (29) pela consultoria empresarial norte-americana Alvarez & Marsal como diretor-geral da empresa em São Paulo. Segundo o comunicado, Moro atuará no setor de disputas, investigações e compliance (boas práticas empresariais).

A companhia, que também atua no Brasil com um fundo de capital de risco desde fevereiro deste ano, fez o anúncio por meio de uma nota publicada em inglês em seu site na internet (veja a íntegra traduzida, abaixo), apenas para apagar a mensagem pouco tempo depois.

Conforme informou a empresa norte-americana, Sergio Moro afirmou “ansioso para desenvolver o legado da empresa de impulsionar a mudança e ajudar os clientes a resolver os desafios atuais enquanto antecipa os futuros”.

A notícia – publicada e depois apagada – se confirmada, evidencia a afinidade do ex-juiz com interesses e empresas dos Estados Unidos. Sua atuação na Operação Lava Jato e durante toda a sua carreira de juiz sempre foi marcada por decisões e atos de conexão entre o paranaense e autoridades norte-americanas.

Moro costumava, por exemplo, citar jurisprudências (decisões judiciais) de cortes dos EUA em suas sentenças em processos correntes na Justiça brasileira.

Ao se tornar empregado de uma consultoria norte-americana, Moro, ao menos por enquanto, mostra que tem outros planos enquanto não consegue se viabilizar como um possível candidato para 2022.

Veja, abaixo, a nota traduzida da consultoria norte-americana que agora emprega o ex-juiz brasileiro.

A empresa líder global de serviços profissionais Alvarez & Marsal (A&M) nomeou Sergio Fernando Moro como Diretor Gerente, com sede em São Paulo, em seu grupo de Disputas e Investigações. A contratação do Sr. Moro está alinhada com o compromisso estratégico da A&M de desenvolver soluções para disputas complexas, investigações e questões de conformidade, oferecendo aos clientes da A&M e seus consultores a experiência de ex-funcionários governamentais seniores.

O Sr. Moro é especialista em liderar investigações anticorrupção complexas e de alto perfil, crimes de colarinho branco, lavagem de dinheiro e crime organizado, bem como aconselhar clientes sobre estratégia e conformidade regulatória proativa.

Sua contratação se baseia na força de bancada da A&M em nomeações de ex-funcionários do governo, incluindo Steve Spiegelhalter (ex-promotor do Departamento de Justiça dos Estados Unidos), Bill Waldie (agente especial aposentado do FBI), Anita Alvarez (ex-procurador do condado de Cook, Chicago, IL), Robert DeCicco (ex-funcionário civil da Agência de Segurança Nacional), Paul Sharma (ex-Diretor Adjunto da Autoridade de Regulamentação Prudencial do Reino Unido) e Suzanne Maughan (ex-investigadora principal da Divisão de Crime Financeiro e Execução da Autoridade de Conduta Financeira e investigadora destacada para o Escritório de Fraudes Graves )

O Sr. Moro traz mais de 20 anos de experiência jurídica e investigativa, incluindo a atuação como Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil de 2019-2020.

Como Ministro, ele desenvolveu programas especiais para reduzir crimes violentos e proteger as fronteiras do Brasil e foi responsável pela elaboração e promulgação de leis federais sobre apreensão e expropriação de ativos relacionados ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas graves.

Ele também criou um canal especial de comunicação entre o setor privado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública para ajudar a facilitar a comunicação de supostas irregularidades.

Antes disso, o Sr. Moro atuou como Juiz Federal Brasileiro por mais de 20 anos. Durante seu mandato, ele atuou como juiz presidente em processos criminais complexos baseados no Brasil e internacionais, incluindo a Operação Lava Jato, uma investigação criminal massiva no Brasil que começou como um caso de lavagem de dinheiro e evoluiu para uma corrupção de longo alcance, envolvendo suborno e apropriação indébita de fundos públicos por altas autoridades políticas.

A Lava Jato gerou uma onda anticorrupção não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Tanto como Ministro quanto como juiz federal, o Sr. Moro colaborou estreitamente com autoridades de países da América Latina, América do Norte e Europa na investigação de casos criminais internacionais relacionados a suborno, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e crime organizado.

Steve Spiegelhalter, Diretor Administrativo da A&M e Líder da Prática de Investigações da América do Norte, disse: “Nós nos esforçamos para incorporar em nossas investigações a experiência exclusiva de nossos Diretores Administrativos em regulamentação, processo e aplicação da lei – direcionando o foco no que importa para os reguladores, aumentando a eficiência e reduzindo custos. A experiência de Sergio como Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, juntamente com sua extensa experiência em anticorrupção, crime do colarinho branco e lavagem de dinheiro, reforçarão nossa capacidade de resolver os problemas dos clientes ”.

Marcos Ganut, Diretor Executivo da A&M com a prática de Infraestrutura e Projetos de Capital da firma e líder de Disputas e Investigações em São Paulo, afirmou: “A experiência de Sergio está alinhada com a herança de excelência operacional da A&M e nosso compromisso em levar aos nossos clientes latino-americanos locais e internacionais especialização governamental e regulatória. A nomeação de Sergio aumenta nossa capacidade de ajudar os clientes a navegar por questões regulatórias complexas, alavancando nossa liderança, ação e abordagem de resultados. ”

“O modelo integrado da A&M e a bancada de líderes seniores que anteriormente atuaram em funções governamentais e regulatórias espelha minha experiência e cria uma base sólida para a entrega de soluções em todo o Brasil, América do Sul e internacionalmente”, observou o Sr. Moro. “Estou ansioso para desenvolver o legado da empresa de impulsionar a mudança e ajudar os clientes a resolver os desafios atuais enquanto antecipa os futuros.”

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/em-dia-de-eleicao-consultoria-empresarial-dos-eua-anuncia-moro-como-diretor-e-depois-apaga/

domingo, 29 de novembro de 2020

CUENCA INDO NA JUGULAR

 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO - Avalanche de processos contra escritor acende debate sobre papel dos Juizados Especiais

29 de novembro de 2020, 7h54

Por Rafa Santos


João Paulo Cuenca é alvo de mais de uma centena de processos movidos por pastores da Igreja Universal em todo o país
Reprodução

O jornalista e escritor João Paulo Cuenca é, certamente, uma das pessoas físicas mais acionadas na Justiça brasileira na história recente. 

Decisão desta semana do juiz Ralph Machado Manhães Junior, da comarca de Campos de Goytacazes (RJ), mandou que o Twitter remova a conta dele por conta de uma postagem crítica ao governo Jair Bolsonaro e à Igreja Universal.

A frase que provocou a decisão e uma avalanche de processos movidos pelos pastores da igreja foi postada por Cuenca em junho deste ano. Ele citou a famosa frase de Jean Meslier (1664-1729) — erroneamente atribuída a Voltaire —, que disse, no século 18, que "o homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre". Cuenca postou no Twitter que "o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal".

O escritor é representado pelo advogado Fernando Hideo Lacerda. O caso chegou até ele por meio de um amigo em comum. "Achei esse caso totalmente atípico. Ele não tinha muitas informações, mas fizemos um levantamento em todos os estados do país e o número de processos já chega a 134", afirma.

Em entrevista à ConJur, Hideo explica que todos os processos seguem o mesmo padrão. "Eles entram em juizado especial e colocam o valor da causa de até 20 salários mínimos para não precisar de advogado. As petições apresentadas são claramente feitas pelos advogados e assinadas pelos pastores", diz. Para sustentar a hipótese, revela que já indicou ao menos sete modelos de petição que são idênticos e afirma as petições tem a formatação típica da usada por advogados e citam jurisprudência do tribunal.

Hideo comenta também que em um processo movido em Alagoas que foi rejeitado liminarmente teve um recurso assinado por uma advogada. "E você faz uma pesquisa rápida e descobre que essa profissional atua na maioria das vezes em processos ligados à Universal", explica.

Na maioria dos processos, os pastores alegam que tiveram dano moral e que a frase postada pelo escritor os ofendeu profundamente. "É uma tese jurídica completamente infundada. Eles já fizeram isso em 2007 com a jornalista Elvira Lobato, na Folha de S.Paulo", relembra.

Hideo explica que a linha de atuação da defesa do escritor é trabalhar com a tese do assédio processual. Um instituto levantado pelo STJ em 2019. "É basicamente a manipulação do processo como máquina de guerra e não um instrumento de Justiça. Estamos trabalhando para comprovar essa tese e vamos tomar medidas contra todos que colaboraram com esse assédio processual", afirma.

Ao todo, todos os processos movidos contra o escritor já somam pedidos de indenizações que somam mais de R$ 2 milhões. "É importante deixar registrado que o sistema de Justiça não pode deixar que se pratique esse atentado contra o próprio sistema de Justiça. Esses modelos que encontramos mostra que todo o aparato do Judiciário está sendo mobilizado não em busca de justiça, mas para causar dano a alguém. Imagine se todo jornalista que escrever algo que desagrade uma instituição poderosa for alvo desse tipo de assédio. Imagine o dano que isso causaria a liberdade de expressão e de imprensa", argumenta.

A Igreja Universal tem negado sistematicamente que é parte de uma ação orquestrada contra o escritor sob a alegação de que os pastores "têm autonomia para tomar as suas próprias decisões quanto à sua vida privada".

O jurista Lenio Streck, colunista da ConJur, diz acreditar que o caso afeta diretamente o direito de expressão dos escritores brasileiros. "Em primeiro lugar, o sistema jurídico veda 'guerrilha processual' ou 'foquismo Judiciario'. Há decisão do STF em caso do Paraná envolvendo jornalistas processador por juízes", afirma.

No caso citado por Lenio, juízes do Paraná se articularam para processar A Gazeta do Povo e seus jornalistas. O caso ganhou bastante repercussão, pois foi uma ação coordenada dos juízes, depois de o jornal de Curitiba publicar notícias mostrando os vencimentos dos magistrados.

As reportagens foram publicadas em fevereiro deste de 2016. Todas as petições juízes eram idênticas, pedindo direito de resposta e indenizações por danos morais. As demandas eram sempre no teto do limite do juizado especial, de 40 salários mínimos. Os processos foram suspensos por decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. 

Sobre o caso de Cuenca, Lenio cita trecho do posicionamento da União Brasileira dos Escritores:

"Se um dos lados se manifesta livremente apoiando um torturador, como fez o general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, não tem sentido punir um escritor que faz uma paráfrase de um texto do século 18, adaptado aos tempos atuais."

"Alguém foi ler o texto parafraseado? Seria bom. Sempre é bom ler e reler textos históricos. Alguém leu o Extrait des sentiments? Meslier fez um tratado sobre o ateísmo. Ele que era um padre católico. E denunciou a hipocrisia da igreja na época. 
A igreja universal não crítica à umbanda? Não chuta santa? Pois. Pau que bate no santo x, bate no presbítero y!", complementa.

Caso Reinaldo Azevedo

Outro caso em que os Juizados Especiais foram o meio encontrado para atacar jornalistas foi movido pelo ex-coordenador da "lava jato" Deltan Dallagnol. O colunista da Folha de S.Paulo e âncora da Band News FM, Reinaldo Azevedo, foi condenado indenizar o procurador na quantia de R$ 35 mil. A juíza que assina a decisão é Sibele Lustosa Coimbra, mulher de Daniel Holzman Coimbra, amigo de Deltan Dallagnol e colega dele na "força tarefa" de Curitiba. Veja a certidão de casamento de Sibele e Daniel. 

O Juizado Especial também foi o meio encontrado por Deltan para condenar a União por supostas ofensas do ministro Gilmar Mendes.

Qual o papel dos Juizados Especiais?

Criados há 25 anos pela Lei 9.099/1995, para desburocratizar o acesso à Justiça, os Juizados Especiais enfrentam um dilema. Os princípios da simplicidade, informalidade, oralidade, economia processual e celeridade que envolvem esses órgãos passaram a ser priorizados para resolver problemas cotidianos de qualquer cidadão, de forma rápida, eficiente e gratuita.

Mas a procura excessiva a esse instrumento da Justiça tem prejudicado o seu funcionamento. O caso da avalanche de processos movidos contra Cuenca reacende o debate em torno do desvirtuamento do conceito dos juizados especiais.
Cuenca parafraseou frase de Jean Meslier (1664-1729) e se tornou alvo de uma avalanche de processos nos JECs
Wikipedia

Outra figura pública que, de certa maneira contribuiu para reavivar o debate, foi procurador da República Ailton Benedito. O representante do MPF acionou judicialmente a agência de checagem de informações Aos Fatos. Ele foi classificado pelo corpo editorial do veículo de informação como um dos principais propagadores de informações incorretas a respeito da cloroquina, remédio apontado por membros do alto escalão da República como importante droga no combate a Covid-19, apesar da falta de evidências científicas.

O servidor público também incentivou seus seguidores nas redes sociais a seguirem o mesmo caminho contra veículos de comunicação.

"Segundo garantem a Constituição Federal e as leis brasileiras, nos Juizados Especiais (Lei 9.099), não precisa de advogado. É o que devem fazer todas as vítimas que sofrem violações a seus direitos fundamentais praticadas por autodeclaradas 'agências de checagem de fatos' (sic)", escreveu.

Sobre a estratégia de se utilizar dos juizados especiais no caso de Cuenca, Hideo levanta alguns pontos. "Primeiro temos que pensar no aspecto da competência. Se fosse, por exemplo, pelo código de processo civil eles deveriam entrar no foro do réu. O segundo ponto é que o Juizado Especial permite que uma parte demande a outra sem nenhum custo. Se fosse pela via da Justiça comum a maioria das causas seria julgada improcedente. E isso teria custo", explica.

Para Hideo, o fato de os processos serem movidos no Juizados Especiais indica, nesse contexto, que as ações são infundadas. "O objetivo é escuso. Visa causar danos pelo processo", argumenta.

Para Alexandre Fidalgo, advogado especialista em casos envolvendo liberdade de expressão, é absolutamente reprovável o uso dos Juizados Especiais em processos que visam impugnar conteúdo jornalístico. "Ao discutir demandas de liberdade de expressão em JEC, tem-se a possibilidade de, nessa justiça criada para conflitos de baixa complexidade, haver decisão de cunho constitucional, o que impede, ao final, acesso à Corte Especial", explica.

O especialista também aponta que se utilizar de uma ferramenta sem para atos persecutórios e intimidatórios pode caracterizar abuso de direito, assédio processual. "Exemplo disso, recente, é também uma série de ações ajuizadas contra o historiador Marco Antonio Villa, crítico do governo Bolsonaro. Houve uma mobilização na internet para que fossem ajuizadas ações em todo o Brasil em seu desfavor. Meu escritório está trabalhando no caso e conseguimos sentenças de improcedência em todos os casos até hoje julgados. No dia de ontem [26/11], por coincidência, a juíza Thais Migliorança Munhoz, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Campinas, condenou um dos autores em litigância de má-fé", comenta.

Atualmente existem 1.494 juizados especiais autônomos no Brasil, além de 2.700 varas que funcionam com juizado especial adjunto, computados nesse número as varas de juízo único (localidades em que uma vara lida com todas as demandas de determinado segmento da Justiça).

Criados com o intuito de promover um rito processual mais célere e de facilitar o acesso à justiça, hoje a demanda dos juizados já corresponde a 35% da demanda de primeiro grau, de acordo com dados do Relatório Justiça em Números.



Rafa Santos é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 29 de novembro de 2020, 7h54

Bolsonaro edita mais MPs que antecessores, mas converte menos delas em leis




DIÁLOGO TRUNCADO
29 de novembro de 2020, 8h29


O presidente Jair Bolsonaro editou mais medidas provisórias em seu mandato do que a média dos seus antecessores, mas conseguiu converter em lei menos da metade delas, conforme aponta levantamento de Paula Bittar e Francisco Brandão, da Agência Câmara de Notícias.
Alan Santos/PR

Nos dois primeiros anos, o governo eleito em 2018, por enquanto, tem uma média de 70 MPs editadas por ano, que deve crescer um pouco, já que 2020 ainda não acabou. Mas, das 140 medidas provisórias editadas, apenas 56 foram convertidas em lei até o momento, ou seja, uma taxa de conversão de 47%. Outras 21 ainda estão em análise pelo Congresso, uma foi rejeitada, duas foram revogadas e 59 perderam a validade.

No primeiro governo Lula, a média foi de 60 MPs por ano, sendo 90% convertidas em lei. No segundo governo Lula, 45 MPs por ano, 83% convertidas. No primeiro governo Dilma, a média foi de 36 MPs por ano, com 74,5% delas convertidas em lei. Entre 2015 e 2018, nos governos Dilma e depois Temer, a média foi de 51 medidas provisórias por ano, e 63% se transformaram em lei.

As medidas provisórias são instrumento para garantir que o presidente da República possa agir em casos urgentes e relevantes. As MPs produzem efeitos imediatamente, mas precisam depois ser aprovadas pelo Congresso Nacional para virar lei.

Uma medida provisória vale por 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Depois disso, se não tiver sido votada nas duas casas do Parlamento, ela "caduca", ou seja, perde a validade.


Estratégia
Para o líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), o governo não se esforça para aprovar as próprias medidas e o Congresso também não tem feito sua parte.

"Quem tem maioria no Congresso é o governo, é a base do governo com o centrão. A não votação de medidas provisórias, a exemplo da medida provisória do auxílio emergencial, é uma estratégia do governo: 59 perderam a validade. Isso é uma excrescência, uma deformação daquilo que tem que ser a relação do Executivo com o Poder Legislativo", avalia Guimarães. "Em segundo lugar, o Congresso não faz por onde, não se faz respeitar, não vota", acrescenta.

Créditos
O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), por outro lado, argumenta que, como a maioria das medidas que perderam a validade tratava da liberação de créditos, quando os recursos são destinados elas ficam sem função e não precisam virar lei.

"As medidas que não foram apreciadas, em sua grande maioria, são medidas de crédito. Como estamos numa pandemia, abre-se crédito para atender à pandemia e, obviamente, cumprido, executado o crédito, a medida provisória não precisa ser votada porque a sua finalidade já foi cumprida", afirma.

Entre as medidas provisórias que não tratavam da liberação de créditos extraordinários, e que perderam a validade recentemente, estão a que criava o Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas, com melhores condições de empréstimo às microempresas e empresas de pequeno e médio porte (MP 992/20); e a que determinava que os direitos de transmissão ou reprodução das partidas esportivas pertencem ao clube mandante do jogo (MP 984/20). Com informações da Agência Câmara.

Revista Consultor Jurídico, 29 de novembro de 2020, 8h29

Edmilson Rodrigues é eleito prefeito de Belém, no Pará
Candidato do PSOL venceu Delegado Federal Eguchi (Patriotas) neste domingo
29/11/2020 - 17h56min

LEONARDO VIECELI

Edmilson Rodrigues (PSOL)Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados


Edmilson Rodrigues (PSOL) foi eleito prefeito de Belém (PA) neste domingo (29). Na disputa do segundo turno, o candidato do PSOL venceu o Delegado Federal Eguchi (Patriotas). O vice-prefeito será Edílson Moura (PT).

Com 99,53% das urnas apuradas, Edmilson somava 388.838 votos, o equivalente a 51,75% dos válidos. Eguchi tinha 362.555, correspondendo a 48,25%.

Com a vitória, o candidato do PSOL vai para seu terceiro mandato como prefeito de Belém. Ele já ocupou o cargo entre 1996 e 2004, quando era filiado ao PT.

Atualmente, Edmilson é deputado federal em seu segundo mandato. Ao longo da disputa, Eguchi recebeu apoio do presidente Jair Bolsonaro. Na campanha, Edmilson teve apoio de vários partidos de esquerda e de centro-esquerda, como PT, PDT, PCdoB, Rede e UP.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/eleicoes/noticia/2020/11/edmilson-rodrigues-e-eleito-prefeito-de-belem-no-para-cki3lctdw0041014nr8jmj5ke.html