17 de novembro de 2020, 15h52
Impulsionada pela China, a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês) foi constituída no domingo (15/11) em conjunto com outros 14 países da Ásia e da Oceania. Trata-se da maior associação comercial do mundo, que engloba 2,1 bilhões de consumidores e 30% do PIB mundial.
Criação da RCEP foi vista como vitória do governo da China
fotopedia
O acordo foi assinado por China, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, Tailândia, Singapura, Malásia, Filipinas, Vietnã, Myanmar, Camboja, Laos e Brunei. Em 2019, a Índia, deixou as negociações pelo receio da invasão de produtos chineses baratos. No entanto, o país poderá se juntar à RCEP no futuro.
A RCEP é visto como um ato de consolidação da influência da China na Ásia, em detrimento dos EUA. Com a parceria, o país poderá desenvolver as regras comerciais do continente e abrir novos mercados para seus produtos.
O pacto é uma alternativa ao Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP). Este compromisso entre países dos dois lados do Oceano Pacífico era apoiado pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama. Contudo, seu sucessor, Donald Trump, retirou a nação das negociações do acordo e estimulou os debates para desenvolvimento da RCEP.
O objetivo central do TPP era reduzir barreiras não tarifárias, aumentando a proteção do meio ambiente e criando padrões para investimento estrangeiro. Já a RCEP se concentra nas tarifas, extinguindo taxas sobre mais de 90% dos bens comercializados entre os países que a integram. O pacto também cria proteções sobre marcas e patentes e mecanismos para resolução de conflitos.
Revista Consultor Jurídico, 17 de novembro de 2020, 15h52
Nenhum comentário:
Postar um comentário