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terça-feira, 13 de março de 2012

ONU acusa EUA de “tratamento desumano” a soldado que colaborou com WikiLeaks


Reprodução
Manter soldado Bradley Manning em solitária é "violação ao seu direito à integridade física e psicológica, bem como de sua presunção de inocência", diz relatório | Foto: Reprodução
O relator especial da ONU sobre tortura, Juan Mendez, acusou formalmente o governo dos EUA de destinar tratamento “cruel, desumano e degradante” a Bradley Manning, soldado que vazou informações do Exército para o grupo WikiLeaks. O relatório, concluído após 14 meses de investigação, critica os EUA por manter Manning em confinamento solitário por 23 horas por dia, em um período de 11 meses. Além disso, diz que as condições apuradas dão a entender que Manning sofreu torturas no cárcere. “O relator especial concluiu que a imposição de condições punitivas de detenção em alguém que não tenha sido considerado culpado de qualquer crime é uma violação ao seu direito à integridade física e psicológica, bem como de sua presunção de inocência”, escreveu Mendez, acrescentando que o soldado é “presumidamente inocente” e que não faz sentido submetê-lo a esse tipo de tratamento. Bradley Manning, de 24 anos, é acusado de passar para o Wikileaks, entre novembro de 2009 e maio de 2010, documentos militares norte-americanos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, além de 260 mil despachos do Departamento de Estado. Indiciado por uma corte marcial por “cumplicidade com o inimigo” e por “roubo de propriedade e arquivos públicos”, pode ser condenado à prisão perpétua.

Fonte: SUL 21

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