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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Reajuste de salários do Judiciário opõe juízes e OAB-PR

Pedido de aumento feito pelo STF contrariou presidente Dilma Rousseff, que pediu contenção de gastos no poder público

A proposta de reajuste salarial para o Judiciário tem deixado a presidente Dilma Rousseff (PT) e a alta cúpula da Justiça brasileira em lados opostos. O Judiciário quer até 56% de reajuste para seus servidores e 14,7% para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – o que pode elevar o teto do funcionalismo dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 30,6 mil. O aumento provocaria um impacto de R$ 7,7 bilhões nos cofres da União em 2012.
Mas o governo sinaliza que tem intenção de barrar a proposta, no que é apoiado por parte da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em mensagem encaminhada ao Congresso, a presidente Dilma citou a instabilidade do cenário econômico mundial e a possibilidade de os gastos extras prejudicarem a execução de programas sociais e investimentos em educação e saúde.
Para detalhar os argumentos das duas partes, a Gazeta do Povo entrevistou o presidente da OAB, secção Paraná, José Lúcio Glomb, e o juiz Anderson Furlan, que preside a Associação Paranaense de Juízes Federais (Apajufe). Glomb considera que a categoria é bem remunerada e que, apesar do legítimo direito de revindicar aumento, o Judiciário deveria ter discernimento ao fazer esta proposta diante do momento econômico.
Do outro lado, Furlan afirma que os projetos de lei apresentados pelo STF não contemplam “aumento real” do subsídio, mas mera recomposição das perdas inflacionárias dos últimos seis anos.
Veja os principais trechos das entrevistas, nos quadros acima.

Fonte: GAZETA DO POVO

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