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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dalai Lama prega secularismo moral para milhares de pessoas em S. Paulo

- Na imensa confusão de valores na sociedade atual, no descalabro dos “valores” do capitalismo e do neo-liberalismo,
– no triste espetáculo dos fundamentalismos religiosos sempre mais amplos e que atingem todas as religiões,
– na novidade de os países do Terceiro Mundo (ainda não descobri qual é o Segundo!) se prepararem para ajudar os países do Primeiro Mundo que estão muito doentes de seu próprio veneno (ganância desmedida, exploração do terceiro mundo, falta de ética (moral) básica nas relações comerciais e políticas internacionais, falta de escrúpulos dos bancos exposta na aventura maluca dos subprime, matriz próxima da grande crise econômico/financeira mundial), buscam-se, desesperadamente, novas bases para podermos pousar os pés com firmeza.
Neste sentido é muito interessante a proposta de Dalai Lama, um espiritalista-não-teista (Budismo não é Religião, mas Filosofia de Vida, como o Epicurismo, o Estoicismo e várias Escolas Orientais), propondo uma Moral (alguns preferem Ética, mas Ética não é sinônimo de Moral ) independente das religiões, uma Moral Laica, onde todos os homens de boa vontade se possam encontrar e, com ela, construir um Mundo mais Decente.
“Grande parcela da humanidade não tem interesse por uma fé religiosa. Essa é a realidade. Se uma pessoa tem uma crença, isso é questão de foro íntimo. Mas não podemos negar que os não-crentes também fazem parte da humanidade. Para eles, a paz interior, a felicidade e a alegria também são valores importantes (…) O cultivo de valores internos formam a base da vida feliz. Isso deve ser feito através da educação, não pela pregação (religiosa). É importante que esses conceitos tenham abrangência universal — disse o Dalai Lama. – do Texto abaixo.
João Tavares
Dalai Lama prega secularismo moral para milhares de pessoas em S. Paulo
SÃO PAULO. Em palestra pública para milhares de pessoas na manhã deste sábado, o Dalai Lama, líder tibetano do budismo, afirmou que, aos 67, já está próximo de dar seu adeus, e insistiu no legado da moralidade secular como forma de promover o entendimento e a paz no mundo nas próximas gerações.
Segundo ele, a religiosidade é uma questão de foro íntimo e cada um deve escolher a crença que melhor lhe couber, inclusive nenhuma. Mas os indivíduos e o sistema educacional devem cultivar valores maiores, em vez de buscar apenas o conhecimento e o avanço material.
À tarde, o último compromisso do líder religioso no Brasil será uma palestra no Sheraton WTC sobre o cultivo das emoções positivas, na qual está confirmada a presença do ex-jogador de futebol, Ronaldo, e sua mulher, Bia. Na quinta ele havia se reunido com empresários e, na sexta, participou de um simpósio científico.
Tenzin Gyatsu, o 14º Dalai Lama, foi recebido com aplausos hoje no pavilhão de convenções do Anhembi, em São Paulo. Porém, a recepção ao prefeito Gilberto Kassab foi menos calorosa: muitos vaiaram o político, que foi receber o katag (lenço branco oferecido em saudações budistas).
No meio de seu discurso, o próprio Dalai perguntou ao público se havia muita corrupção no Brasil e em São Paulo, ao que boa parte reagiu com braços abertos e gritos de “muita” e “very much”!
– A corrupção é como um novo câncer da humanidade. Ela se alastrou pelo ocidente e oriente. A corrupção foi crescendo ao lado do avanço material. Como é a situação no Brasil e em São Paulo? Ela existe? _ perguntou o Dalai Lama, que também quis saber da platéia sobre a distribuição de renda no país.
Porém, a mensagem que o líder budista quis imprimir foi a de um legado de secularismo, ao qual fez uma única ressalva, o “secularismo enviesado do comunismo”, em alusão à China, que ocupa sua terra natal, o Tibete.
– Há muitos aqui que têm entre 20 e 30 anos. Minha geração está pronta para dizer tchau e ir embora. Mas vocês que são a geração deste século e precisam assumir a responsabilidade e encontrar uma forma para criar um mundo pacífico e compassivo — disse.
O líder explicou que a maior parte da população mundial hoje não está ativamente engajada em práticas religiosas. Portanto, para cultivar bons valores morais, o secularismo seria o mais adequado, apesar de ele defender o espírito de “renúncia” das religiões teístas e os princípios de promoção dos bons atos das tradições não-teístas, como o budismo.
– Grande parcela da humanidade não tem interesse por uma fé religiosa. Essa é a realidade. Se uma pessoa tem uma crença, isso é questão de foro intimo. Mas não podemos negar que os não-crentes também fazem parte da humanidade. Para eles, a paz interior, a felicidade e a alegria também são valores importantes (…) O cultivo de valores internos formam a base da vida feliz. Isso deve ser feito através da educação, não pela pregação (religiosa).
É importante que esses conceitos tenham abrangência universal — disse o Dalai Lama.
– Precisamos ensinar, do jardim de infância até a faculdade, que a moralidade é o caminho da felicidade. O sistema educacional moderno presta somente atenção no desenvolvimento do cérebro e não o desenvolvimento moral — completou.
Ele também citou a Guerra no Afeganistão como um exemplo de que os caminhos da violência são infrutíferos e passou a pregar pela desmilitarização mundial, que segundo ele começa com o “desarmamento interno”.
– Para que se possa alcançar um desarmamento externo, precisamos fazer um desarmamento interno. A raiva, o ódio, o medo e a ganância são as causas primeiras da violência. É importante prestar mais atenção ao nosso mundo interno emocional. A partir da nossa capacidade de lidar com essas emoções negativas, podemos levar o desarmamento externo a acontecer.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/dalai-lama-defende-laicismo-estimular-valores-humanos-190604472.html, via Blog da ASSOCIAÇÃO RUMOS

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