Racional só se pode considerar aquele que usa a razão, ao invés da simples emoção, ou da devoção, da crença, da fé no improvado. Estes últimos são estúpidos demais para se julgarem racionais.
Pois bem: em nome da devoção e não da razão, agem aqueles adeptos de certos cultos religiosos que costumam sacrificar animais.
Em plena era da informática e de vários outros avanços científicos e tecnológicos, o Nepal permite, assim como o Brasil, que animais sejam sacrificados em nome do direito à liberdade de culto.
Vejam as duas notícias que seguem transcritas:
terça-feira, 24 de novembro de 2009, 16:01
Ritual religioso no Nepal envolve sacrifício de 15 mil búfalos
Cerca de 5 milhões de devotos hindus assistiram ao ritual; grupos de defesa dos animais protestaram
Efe
O sacerdote do templo de Gadhimai, Mangal Chaudhary, constatou que "não há espaço nem para caminhar" no lugar e cifrou em 15 mil o número de búfalos sacrificados. "O massacre continuará até a tarde e o número final poderia chegar a 18 mil", assegurou à Efe por telefone.
Um total de 200 homens utilizou longas facas para matar os búfalos, que foram oferecidos à deusa hindu Gadhimai junto a outros animais como porcos e galos. O ritual será concluído amanhã com o sacrifício de 150 mil bodes, segundo a estimativa do sacerdote, responsável pela cerimônia.
Vários grupos de defesa dos animais do Nepal e da Índia protestaram contra o massacre, mas o Governo se defendeu alegando que o ritual faz parte da tradição hindu. A atriz francesa Brigitte Bardot escreveu, sem sucesso, uma carta ao presidente nepalês, Ram Baran Yadav, para que o ritual fosse proibido.
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TJ confirma lei do sacrifício de animais
(notícia de 7/3/2005)
Os seguidores das Religiões de Matriz Africana, mais uma vez se depararam com o enfretamento entre a sua Religião e a sociedade leiga. Dia 07 de março de 2005 foi marcado com mais um momento de vitória dos Africanistas embora ainda não a consagração final de uma religião militar. A seguir Notícias publicadas no Jornal Zero Hora, que circula em todo o Estado do RGS e ocupa grande importância nos meios de comunicação gaúchos. Aguardamos em breve notícias melhores e mais definitivas, com a bênção dos Nossos Orixás!
TJ confirma lei do sacrifício de animais
Emenda criticada por grupos de defensores dos bichos beneficia os seguidores de religiões de origem africana
Rodrigo Cavalheiro
A lei que permite o sacrifício de animais por religiões originárias da África foi considerada ontem constitucional pelo Tribunal de Justiça. Em uma disputa apertada, acompanhada com nervosismo por defensores de animais e pais-de-santo, 14 dos 25 desembargadores votaram como os religiosos desejavam. A questão pode chegar ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
A comemoração de cerca de cem africanistas, trajados com as típicas roupas brancas, aproximou o tribunal de um terreiro. Cânticos foram entoados, orações proferidas em círculo e uma espécie de agradecimento aos orixás trancou por alguns minutos o acesso ao tribunal.
- Viemos de todo o Estado fazer pressão e conseguimos. A decisão representa o fim das perseguições - afirmou o babalorixá Valmir Ferreira Martins, o Baba Diba de Iemanjá.
A mobilização que deixou branco o auditório incluiu grupos de Rio Grande, Passo Fundo e da Região Metropolitana. O preto usado por 10 representantes de entidades defensoras dos animais sintonizava com a desolação do grupo. Com tarjas vermelhas nos braços, eles reclamaram por não poder abrir cartazes com fotos de animais mortos em sacrifícios religiosos.
- Os animais estão de luto. Eles se mobilizaram mais e nós não tivemos como nos manifestar - desabafou a presidente do Movimento Gaúcho de Defesa Animal, Maria Luiza Nunes.
Quatro desembargadores mudaram de voto
O grupo esperava que a ação do Ministério Público alegando a inconstitucionalidade da lei fosse considerada procedente pelo Tribunal. A decepção dos ambientalistas foi maior porque a votação - iniciada no dia 7 de março com 18 dos 25 votos favoráveis aos religiosos -, quase teve uma reviravolta. Quatro desembargadores mudaram o voto, acompanhando o presidente do tribunal, Osvaldo Stefanello.
Na prática, a decisão do Tribunal estabelece que os sacrifícios realizados em rituais de religiões de matriz africana não podem ser considerados maus-tratos a animais.
A emenda ao Código Estadual de Proteção aos Animais, iniciativa do deputado estadual Edson Portilho (PT), foi sancionada pelo governo estadual em 2004. O autor da lei, deputado Manoel Maria (PTB), considerou a decisão "lamentável".
http://www.oxum.com.br
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Em termos de formação das nossas crianças tais práticas são desastrosas. Quem aprende que matar animais é a coisa mais normal do mundo, certamente não titubeará em eliminar um desafeto humano, no dia em que se ver de frente com uma situação que o exija, ou mesmo durante um simples assalto, seja para eliminar testemunha, seja para dar fim à vida da vítima e dificultar a sua (do criminoso) identificação.
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Confundir tradição religiosa com brutalidade, não passa de ignorância, infelizmente avalizada até por Tribunais brasileiros, cujos componentes deveriam ter um pouco mais de massa encefálica do que os imbecis adeptos de cultos primitivos, sejam eles de matriz africana ou qualquer outra.
Legisladores demagogos e magistrados medrosos são as piores pragas que um país pode ter. Infelizmente eles abundam no Brasil, uma terra cuja conquista foi feita sob o medo de um madeiro (a cruz) que nos deu os dois primeiros nomes (Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz).
Religiões, em geral, constituem-se em puro engodo, mas principalmente as que cultuam "entidades" que "exigem" ou se alegram com essas práticas abjetas, prenhes de um primitivismo absurdo e intolerável, só prestam desserviços à causa da cultura e da evolução espiritual da humanidade.
Os negros, por exemplo - que padeceram um verdadeiro inferno sob a exploração branca, sofrendo horrores com a escravidão que lhes foi imposta-, deveriam, mais que qualquer outra etnia, ter sensibilidade e discernimento para não impor aos animais as suas sandices religiosas, que levam à mutilação e à morte de milhares indefesos de indivíduosde outras espécies.
Se precisam fazer oferendas aos seus supostos deuses, inventem (já que tudo é criação da cabeça de verdadeiros tarados) outras formas de homenagear suas divindades, que, se existirem, como os seus devotos imaginam, não ficarão decepcionadas com um pouco de crescimento intelectual e de capacidade de se apiedar.
O ser humano só vale alguma coisa quando evidencia capacidade de não fazer o mal e, certamente, matar animais não é nada que se assemelhe com atos de bondade e religiosidade, sendo, ao contário, demonstração de pura truculência e ignorância.
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Olhar Sobre o Mundo
Festival Gadhimai
27 de novembro de 2009 20:19 por Nilton Fukuda
O festival de Gadhimai é uma cerimônia hindu que acontece no Nepal e atrai milhares de pessoas. Além de orações, durante dois dias, acontece o sacrifício em massa de animais. Os participantes acreditam que sacrificar os bichos para a deusa Gadhimai porá fim ao mal e trará prosperidade. Este ano cerca de 200 mil animais foram mortos. Mesmo sob críticas de grupos de defesa de animais, as organizações hindus negam suspender a matança, argumentando que se trata de uma tradição secular. As foto são de Gopal Chitrakar e Shruti Shrestha da agência Reuters e Gemunu Amarasinghe da AP.
Fontes: AE, AP, Reuters e Efe
Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Participantes do ritual seguem para o curral onde ocorre a matança. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Búfalos confinados aguardam o início do ritual. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Facas são utilizadas para o abate dos animais. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Um homem limpa o sangue da faca. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Foto: Gopal Chitrakar/Reuters
Hindus acompanham o ritual que acontece a cada cinco anos. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gopal Chitrakar
Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Cerca de 200 mil animais foram mortos neste ano. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Foto: Shruti Shrestha/Reuters
Nepalês afia faca usada no ritual. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Shruti Shrestha/Reuters
Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Festival Gadhimai é um evento que acontece há séculos. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gemunu Amarasinghe/AP
Foto: Gopal Chitrakar/Reuters
Aves e outros animais também são sacrificados. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Shruti Shrestha/Reuters
Foto: Shruti Shrestha/Reuters
Um homem abate um búfalo. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Shruti Shrestha/Reuters
Foto: Gopal Chitrakar/Reuters
Ritual dura dois dias e é duramente criticado por entidades de defesa dos animais. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gopal Chitrakar/Reuters
Foto: Gopal Chitrakar/Reuters
Devotos acreditam que sacrificar os animais para a deusa Gadhimai elimina o mal e traz prosperidade. Katmandu, Nepal, 24/11/2009. Foto: Gopal Chitrakar/Reuters
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Para ver as fotos daquele encontro da crueldade dos homens com a inocência dos outros animais, entrar no portal http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo
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