Uma explosão do lado de fora de
uma igreja cristã, na cidade de Alexandria, norte do Egito, deixou 21
mortos e mais de 40 feridos.
Inicialmente as autoridades egípcias afirmaram
que a explosão tinha sido causada por um carro-bomba, mas agora
acredita-se que um suicida foi o responsável pelo ataque.
"É provavel que o dispositivo que explodiu tenha
sido levado por um suicida, que morreu junto com as vítimas", informou o
Ministério do Interior do Egito em um comunicado.
Entre os 43 feridos também estão oito muçulmanos
que estavam em uma mesquita que fica em frente à igreja, de acordo com o
Ministério da Saúde.
A explosão ocorreu no momento em que os fiéis
deixavam a igreja de al-Qidissen, depois da missa de Ano Novo, pouco
depois da meia-noite.
De acordo com o correspondente da BBC no Cairo
Khaled Ezzelarab, o padre da igreja afirmou que o número de mortos
poderia ter sido muito maior, se a explosão tivesse ocorrido minutos
depois, quando mais pessoas já tivessem saído da igreja depois da missa.
Depois do ataque centenas de cristãos
organizaram um protesto, atacando a mesquita próxima, incendiando carros
e entrando em confronto com a polícia e muçulmanos.
Um grande contingente da polícia foi enviado ao
local e usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. A situação
estaria sob controle, mas o repórter da BBC no local Assad Sawey afirma
que o clima ainda é tenso.
Ainda não se sabe quem são os responsáveis pelo ataque.
Minoria
Cerca de 10% da população do Egito é formada
pela minoria cristã copta, sendo que a maior parte da população do país é
muçulmana.
Nos últimos meses esta minoria afirmou que foi
vítima de discriminação. Alguns muçulmanos acusam as igrejas de não
liberar os convertidos ao islamismo, mantendo-os nas igrejas contra sua
vontade, de acordo com o correspondente da BBC.
A Al-Qaeda no Iraque também faz campanha contra
os cristãos, depois da suposta conversão para ao islamismo de duas
mulheres cristãs egípcias, que querem se divorciar de seus maridos. O
grupo afirma que estas mulheres estão sendo mantidas na Igreja Copta
contra a vontade delas.
Alexandria, a segunda maior cidade do Egito com cerca de 4 milhões de habitantes, já foi palco de violência sectária.
Em 2006 ocorreram dias de confrontos entre
coptas e muçulmanos, depois que um cristão foi morto a facadas durante
um ataque contra três das igrejas da cidade.
Fonte: BBC BRASIL
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Cá entre nós: ver os norte-americanos oferecendo ajuda aos outros governos, para combater a morte de "civis inocentes" é hilariante. Logo eles que, com suas tropas, mundo afora, cometem as maiores atrocidades...
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Papa será anfitrião de encontro com líderes religiosos sobre paz
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Bento XVI, preocupado com a crescente onda de violência entre grupos religiosos, vai ser em outubro o anfitrião de um encontro sobre paz com vários líderes religiosos na cidade de Assis, Itália, para discutir como eles podem promover melhor a paz.
Bento disse aos peregrinos na Praça de São Pedro que o objetivo do encontro é "uma solene renovação do compromisso dos crentes de todas as religiões em reviver a sua própria fé religiosa no serviço da causa da paz."
Ele fez o anúncio horas depois de uma bomba ter matado pelo menos 21 pessoas em uma igreja no Egito no ataque mais recente contra cristãos no Oriente Médio e na África.
O encontro em Assis vai acontecer no 25o aniversário de uma reunião semelhante que teve como anfitrião o falecido papa João Paulo II em 1986 na cidade em que nasceu São Francisco.
Aquele encontro teve a participação de líderes muçulmanos e judeus, além de chefes de várias outras religiões, incluindo o Dalai Lama, o líder espiritual dos budistas tibetanos, e o arcebispo de Canterbury.
O papa João Paulo II pediu para que todas as nações e grupos em conflito abandonassem as armas durante a duração do encontro. A maior parte dos grupos aderiu ao pedido.
Um dos temas principais do encontro de 1986 foi o repúdio público da ideia de violência em nome de Deus.
"A humanidade... não pode se permitir acostumar com discriminação, injustiças, intolerância religiosa, que hoje atingiu os cristãos de maneira particular," disse o papa Bento na homilia de ano novo para 10 mil pessoas na Basílica de São Pedro no dia em que a Igreja marca o seu Dia Mundial pela Paz.
"Mais uma vez, eu faço esse apelo (para cristão em áreas problemáticas) para não se ceder ao desânimo e à resignação," ele disse.
Fonte: REUTERS
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Obama oferece ajuda após ataques no Egito e na Nigéria
Uma bomba matou pelo menos 21 pessoas do lado de fora de uma
igreja na cidade egípcia de Alexandria e o ministro do interior do país
disse que um homem-bomba com financiamento de outro país deve ter sido
responsável.
"Os responsáveis por este ataque estavam claramente tentando
atingir cristãos e não têm nenhum respeito pela vida e dignidade
humanas. Eles devem ser levados à Justiça por este ato bárbaro," disse
em comunicado oficial Obama, que está de férias no Hawaii.
"Nós continuamos recolhendo informações sobre este evento
terrível e estamos preparados para oferecer qualquer apoio necessário
para o governo do Egito," acrescentou.
Na Nigéria, uma bomba em um mercado lotado na capital Abuja matou
pelo menos quatro pessoas e feriu mais de uma dúzia durante as
celebrações de ano novo no final da sexta.
"Matar civis inocentes que estavam apenas se reunindo -- como
várias pessoas fazem no mundo -- para celebrar o começo do novo ano
mostra a visão falida dos responsáveis pelos ataques. E nós também
estamos preparados para oferecer assistência ao governo da Nigéria para
levar os responsáveis à Justiça," disse Obama.
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