MP-SP e Justiça gastam dinheiro com suspeita de furto de galinheiro
Ministério Público do Estado de São Paulo mobilizou todo seu aparato e
recursos e os da Justiça, como tempo e salário de funcionários, e luz,
telefone, papelada, entre outros gastos, em caso de suspeita de furto
de galinheiro.
MP está de olho no galinheiro |
Em março de 2004, o MP denunciou (acusação formal à
Justiça) três homens suspeitos de furtar de um galinheiro três galinhas,
um galo, duas patas e um casal de ganso. Em janeiro de 2005, acusou as
mesmas pessoas de furto de algumas tilápias.
Os gastos (leia-se dinheiro do contribuinte) das duas instituições com a
formulação e a tramitação das acusações dariam para a compra de
centenas de aves e de quilos de peixe.
Os suspeitos foram condenados em primeira instância pelo furto dos
peixes e recentemente inocentados por unanimidade por falta de prova
pela 16ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Eles alegaram que
pegaram as tilápias em um pesqueiro abandonado. No caso das aves, foram
inocentados já em primeira instância.
Em meados de 2010, a acusação de furto de uma galinha no valor de R$ 10
chegou à terceira instância. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou
a condenação de um ano de prisão a um homem que foi denunciado pelo
vizinho. Só o STJ gastou com a tramitação desse processo cerca de R$
3.800, o que daria para a compra de aproximadamente 377 galinhas.
Para evitar gastos e o atravancamento ainda maior da Justiça, brigas de
vizinhos e crimes de bagatelas deveriam ser resolvidos por intermédio da
conciliação entre os envolvidos. Não há informação se nesses casos
houve tentativa de acordo.
O MP-SP propôs aumento do seu orçamento anual de R$ 1,3 bilhão para R$
1,7 bilhão. O Tribunal de Justiça teve R$ 5,1 bilhões em 2010 e a soma
ficará em torno de R$ 5,6 milhões em 2011. O pedido do TJ ao governo foi
de R$ 12,3 bilhões para começar a resolver o seu déficit.
Com informação do site Consultor Jurídico e do arquivo deste blog e arte da Folha .
Fonte: PAULOPESWEBLOG
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