Postado em 12/08/2016 por Equipe Grão Gourmet
Não é de hoje que pesquisas da PROTESTE (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) alerta os consumidores de todo o Brasil sobre práticas indevidas da indústria alimentícia. Essa semana, por exemplo, a bomba foi com os molhos de tomate. Segundo seus testes, quantidades grandes de pelo de ratos foram encontradas em marcas famosas e queridinhas dos brasileiros e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização de cindo delas.
Infelizmente, um problema parecido foi denunciado em 14 marcas de café (daqueles que se encontra em supermercado) esse ano. Testes laboratoriais revelaram grande quantidade de fragmentos de insetos e impurezas em torrados e moídos tradicionais embalados a vácuo. De acordo com o relatório da PROTESTE, foi detectado “a presença de quase o triplo do limite permitido para uma toxina, na marca Café Jardim. A ocratoxina A em café verde ocorre pela incidência de algumas espécies de fungos e é um possível carcinógeno humano”.
Só para ter uma ideia, a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC nº 7, de 18 de fevereiro de 2011) estabelece limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos. Para o café torrado e moído, por exemplo, é de 10 microgramas (µg) por quilo. No caso do café Jardim, foi detectado 27,03 microgramas (µg) por quilo. O caso é grave e exige atenção dos consumidores.
O teste, realizado em abril desse ano, envolveu rotulagem, higiene, análises físico-químicas e sensoriais. As marcas testadas foram: 3 Corações, Bom Jesus, Caboclo, Café Brasileiro, Café do Ponto, Fort, Jardim, Maratá, Melitta, Pelé, Pilão, Pimpinela, Qualitá e Seleto. Todas apresentaram algum tipo de irregularidade em proporções diferentes conforme mostra a tabela abaixo:
Marca Fragmentos de insetos em 25g
Café Bom Jesus 181
Café Brasileiro 193
Caboclo 210
Café do Ponto 149
Melitta 58
Café Pelé 59
Pilão 53
Qualitá 186
3 corações 136
Seleto 130
Café Fort 138
Café Maratá 201
Café Pimpinela 94
Café Jardim 372
**tabela fornecida gentilmente pela PROTESTE.
Segundo a Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de março de 2014, o limite de fragmentos de insetos no café torrado e moído é de 60 em 25 g.
Com esses dados, nós do Grão Gourmet te convidamos para fazer uma reflexão. Será mesmo que o café faz mal à saúde e dá gastrite ou será que as impurezas e defeitos causam problemas?! Qual seria sua reação ao abrir a embalagem e dar de cara com pedras, paus e perninhas de barata?
É por isso que fazemos questão de enviar cafés torrados em grãos para nossos assinantes. Assim, fica visível o que está sendo entregue: apenas cafés especiais. Evitamos moer (fazemos apenas quando o cliente pede) por ter uma política de transparência e respeito com os coffee lovers que nos acompanham.
Para aquele seu amigo que ainda não provou cafés especiais, será que ele vai comprar café de tradicional depois de ler esse artigo?
**Essa foi a quarta vez que a PROTESTE avaliou café torrado. No primeiro teste, publicado em 2003, não foram encontradas falhas graves de higiene e qualidade. O segundo teste foi em 2009, quando os produtos também foram bem avaliados. No terceiro teste, além dos cafés em pó para cafeteira tradicional e em grãos, foram testadas também cápsulas para cafeteira de expresso.
Imagens: Divulgação PROTESTE e Site Outside Online
Fonte: https://www.graogourmet.com
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