Musk decidiu contornar a exigência da gigante digital, provocando um debate sobre a privacidade e o controle do usuário.
BY JOÃO PAES
Publicado 29 de Fevereiro de 2024 às 16:39
O bilionário e chefe da Tesla, Elon Musk, recentemente se viu diante de um obstáculo inesperado: a exigência de criar uma conta da Microsoft para usar seu novo laptop com Windows 11. Relutante em dar à Microsoft mais acesso aos seus dados, ele decidiu contornar a exigência da gigante digital, provocando um debate sobre a privacidade e o controle do usuário.
A solução para o problema de Elon Musk com seu novo laptop
Foi no X, sua própria rede social, que Elon Musk expressou seu descontentamento. "Acabei de comprar um novo laptop e ele não me deixa usá-lo até que eu crie uma conta da Microsoft", disse ele. "Isso é inaceitável! Isso significa dar acesso de inteligência artificial ao meu computador".
Para Musk, conhecido por suas posturas críticas em relação às grandes empresas de tecnologia, está fora de questão ceder seus dados pessoais à Microsoft. De alguma forma, podemos entender o bilionário: usar uma conta da Microsoft envolve, de fato, o compartilhamento de informações confidenciais, como endereço de e-mail, nome, data de nascimento e até histórico de navegação.
Diante da intransigência do Windows 11, Musk decidiu buscar uma solução alternativa. Claro, uma pergunta feita a quase 174 milhões de pessoas (o número de seguidores que Musk tem no X) seria facilmente respondida.
Aqui, a solução para o problema do bilionário está em desativar o Wi-Fi durante a instalação do Windows para instalar o sistema operacional em uma conta local.
Desde que o computador esteja conectado a uma rede, o Windows tentará criar automaticamente uma conta da Microsoft.
Se não tiver uma ligação à Internet, a opção de criar uma conta local fica disponível. Como o nome sugere, uma conta local mantém seus dados localmente, no PC. Ele não os envia para a Microsoft.
Um problema mais amplo do que apenas o caso de Elon Musk
A experiência de Elon Musk lança luz sobre uma prática controversa da Microsoft.
A exigência de criar uma conta para usar o Windows 11 é percebida por alguns como uma invasão de privacidade e uma limitação do controle dos usuários sobre suas máquinas. Enquanto muitas pessoas minimizam a importância do problema, argumentando que criar uma conta é um processo rápido e fácil, outras, mais experientes em tecnologia, acreditam que é muito importante dar o mínimo de informações possível ao GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft). De fato, gigantes como a Microsoft coletam enormes quantidades de informações sobre seus usuários, o que, no mínimo, levanta questões éticas e legais.
Hoje, como a tecnologia digital se tornou onipresente em nosso dia a dia, muitos especialistas em segurança cibernética costumam falar sobre a necessidade de maior transparência das empresas de tecnologia sobre o uso dos dados coletados. Para esses indivíduos, os usuários devem ser informados de forma clara e precisa sobre as implicações da criação de uma conta e ter a capacidade de optar por não compartilhar seus dados pessoais. Ao mesmo tempo, novas iniciativas para reforçar as proteções de privacidade e proporcionar aos utilizadores mais escolha e flexibilidade são fundamentais para garantir um futuro digital justo e transparente.
**Traduzido do site parceiro Jeux Video.
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