Incendiar as florestas e campos precisa ser enquadrado como crime contra a humanidade, na legislação mundial.
A fumaça e os efeitos tóxicos causados pelas mesmas, até em lugares bem distantes dos focos de incêndio atingem populações que não causaram os eventos danosos à natureza, inclusive, como se pode constatar modernamente, com uso de novas tecnologias. Sem contar as inúmeras vidas de animais que são ceifadas e a riqueza vegetal que consomem.
Quem provoca os incêndios, além de alguns descabeçados piromaníacos, são os fazendeiros, mormente os pecuaristas, como já ficou provado exaustivamente.
Mas há outro aspecto, para o qual não se tem atentado muito: as doenças respiratórias decorrentes da inalação da fumaça interessan, e muito, aos laboratórios farmacêuticos, que lucram com a venda de remédios, bem como à indústria de equipamentos médicos e outros insumos utilizados na atenção aos seres humanos, montadoras de veículos (que vendem camionetes traçadas e ambulâncias) dentre tantos outros setores da indústria.
Há, ainda, o aspecto da demanda de recursos públicos para o combate aos procedimentos criminosos, com o que tende-se a agravar a carga tributária, porque governo algum dispõe de recursos que não sejam arrancados aos cidadãos e empresas contribuintes.
Enfim, os incêndios causam uma gama bem grande de problemas para as sociedades atingidas, sejam, ou não, causadoras dos mesmos e precisam ser combatidos com bastante rigor.
Mas não adianta somente punir os peões incumbidos de iniciar os focos pelos seus patrões e/ou preponentes. Precisa-se punir severamente principalmente os mandantes e os políticos financiados pelos setores da economia acima mencionados.
As queimadas atingem, em cheio, os nossos cofres públicos e oneram os cidadãos de todas asa classes sociais, razão pela qual constituem crime de lesa pátria e contra a humanidade. Não é preciso ser nenhum gênio para constar que as perdas são enormes, engendrando atraso no desenvolvimento da nação, o que, induvidosamente, interessa a outros países com os quais a nossa economia tende a competir.
Mas, a bem da verdade, não se pode culpar só os fazendeiros/pecuaristas e outros setores mencionacos. Quando alguém como o presidente Lula, fica falando que o pobre agora pode fazer um "churrasquinho" e até comer picanha, na verdade, está estimulando (creio que até inconscientemente) o consumo de carne e consequentemente, a pecuária, o desmatamento e as queimadas. São discursos irresponsáveis.
É preciso que o governo atual pense nas consequências de certas falas - e como se fala - na opinião e comportamento públicos. Toda fala, feita negligentemente por figura pública influente, tem consequências, como é público e notório.
O mesmo vale para a oposição. Gente como Bolsonaro e seus boquirrotos filhos, ou como o ex-ministro Salles, quando abrem suas bocas pestilentas, lançam veneno na atmosfera política e acabam induzindo comportamentos danosos de parte de descerebrados "patriotas" que não sabem o conceito de pátria e de "anticomunistas" que sequer sabem o que é comunismo. Essa gente fascista age de maneira deletéria sobre a opinião pública, de tal modo que seus seguidores considerem normal e até recomendável detonar a natureza, seja pelo desmatamento, seja pela provocação de queimadas. O vulgo deixa-se levar, invariavelmente, por discursos irresponsáveis e/ou demagógicos, tenham o viés ideológico que tiverem, isto é, sejam de esquerda ou de direita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário