© Foto / Instituto de Arqueologia e Relíquias Culturais de Xinjiang/ LI Wenying
De acordo com pesquisadores chineses, três múmias antigas em Xinjiang, noroeste da China, foram encontradas com uma substância misteriosa ao longo de seu pescoço, como uma joia. Após as análises, eles afirmaram ter encontrado o queijo mais antigo do mundo.
De acordo com uma pesquisa publicada no Journal Cell, quando os pesquisadores encontraram o caixão de 3.600 anos de uma jovem mulher após escavações em Xinjiang, a joia incomum ao redor de seu pescoço foi enviada para análises posteriores.
Os cientistas então, conseguiram extrair com sucesso o DNA de um queijo de 3.600 anos. Identificado como queijo kefir, a descoberta fornece novos insights sobre as origens do kefir e o desenvolvimento de bactérias probióticas.
Há muito tempo que se suspeita que a substância pode ter tido origem láctea fermentada, mas somente agora as ferramentas moleculares se tornaram poderosas o suficiente para confirmar sua composição.
Exemplares de queijo kefir de 3.600 anos encontrados nas múmias
© Foto / Y, Liu et al., Cell, 2024
Como o caixão da mulher foi coberto e enterrado no clima seco do deserto da bacia de Tarim, a pesquisadora da Academia Chinesa de Ciências em Pequim, Qiaomei Fu, disse que o corpo estava bem preservado, assim como suas botas, chapéu e o queijo que o envolvia.
"Itens alimentares como queijo são extremamente difíceis de preservar ao longo de milhares de anos, o que torna esta uma oportunidade rara e valiosa. Estudar o queijo antigo em grandes detalhes pode nos ajudar a entender melhor a dieta e a cultura de nossos ancestrais", afirmou a pesquisadora.
Práticas funerárias antigas frequentemente incluíam o depósito de itens significativos para a pessoa enterrada ao lado deles. O fato de esses itens incluírem pedaços de queijo kefir ao lado dos corpos encontrados mostrou que "o queijo era importante para suas vidas", acrescentou.
25 de setembro, 12:40
A pesquisa mais recente também revela que os colares incluíam pelo menos dois tipos diferentes de queijo, um feito de leite de cabra — mais precisamente, de um tipo de cabra que era comum na Eurásia da Idade do Bronze — e o outro de leite de vaca.
A evolução das atividades humanas abrangendo milhares de anos também afetou a evolução microbiana, descobriu o estudo, citando a divergência de uma subespécie bacteriana que foi facilitada pela disseminação do kefir entre diferentes populações.
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