Assunto polêmico. Não há um posicionamento definitivo entre as correntes judaicas. A exceção é a doação intervivos, aceita por todos os ramos.
A principal polêmica em torno da doação está na definição, pelas correntes religiosas, de quando a morte ocorre. Algumas linhas ortodoxas do judaísmo rejeitam a definição médica da morte cerebral. Para elas, o óbito só acontece com a parada do coração, o que inviabiliza a doação.
Mas, de acordo com outras correntes e até mesmo dentro de setores da ortodoxia, a vida cessa com o fim da atividade cerebral. Assim, a doação de órgãos não só é permitida como também é vista como um dos princípios religiosos mais importantes dentro do judaísmo, chamado de “pikuach nefesh” (salvação da vida), que tem precedência sobre outros mandamentos, como, por exemplo, o respeito aos mortos (em hebraico, kavod ha mêt). Esse princípio religioso judaico ordena que os corpos sejam enterrados o mais rápido possível, intactos.
Um exemplo do debate recente sobre o assunto foi a aprovação da lei de doação de órgãos em Israel, em abril de 2008. O projeto causou muita polêmica entre a população e dentro do Parlamento. Mas acabou aprovado, até mesmo com apoio de setores da ortodoxia.
Fonte: http://www.conib.org.br/glossario
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