Poder360
7 horas atrás
© Rafael Pto/ Wikimedia Commons
O sargento havia postado no Twitter mensagem na qual celebrava
O deputado federal Sargento Fahur apagou mensagem publicada no Twitter na qual comemorava as mortes da chacina de Jacarezinho, na zona Norte do Rio de Rio de Janeiro. A ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi a mais letal da história do Estado.
Às 19h11 de 5ª feira (6.mai.2020), o dia da chacina, Fahur escreveu: “Polícia Civil do Rio de Janeiro cancela 24 CPFs de traficantes. Que alegria essa notícia“. Ao fim da mensagem, ele usou um emoji de um rosto dando risadas.
A mensagem não está mais disponível na conta de Twitter do deputado. Ela foi recuperada, porém, pelo Projeto 7C0, um robô que automaticamente busca mensagens apagadas diariamente em perfis ligados à administração pública e os compila, novamente, no Twitter. Eis o link para o registro do robô.© Fornecido por Poder360
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Mortos chegam a 28
Embora o deputado tenha comemorado 24 mortes, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou, na 6ª feira (7.mai.2021), que subiu para 28 o número de vítimas da operação contra o tráfico de drogas no Jacarezinho.
A operação Exceptis foi deflagrada sob coordenação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, com o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada, do Departamento Geral de Polícia da Capital e da Coordenadoria de Recursos Especiais.
A Polícia Civil disse ter recebido denúncias de que traficantes estão aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território.
“Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, entre outros crimes praticados na região”, disse a corporação.
PGR pede esclarecimentos
O procurador geral da República, Augusto Aras, solicitou na 6ª feira (7.mai) esclarecimentos às autoridades do Rio de Janeiro sobre a operação policial.
Foram encaminhados ofícios ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), ao procurador-geral de Justiça do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), Luciano Mattos, às polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) e à Defensoria Pública do Estado. O prazo para envio das informações é de 5 dias úteis.
Aras pede explicações sobre as circunstâncias da operação policial. O procurador citou a possibilidade de responsabilização dos envolvidos na ação, caso se comprove que houve descumprimento da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia.
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