Padre acusa Bispo de Palmeira dos Indíos de prepotente, arrogante e perseguidor
Divulgação
O padre matagrandense Sizino Telles Junior, conhecido por padre Sizo, afastado de realizar qualquer atividade religiosa por determinação do Bispo de Palmeira dos Índios, Dom. Ducênio Fontes Matos há mais de um ano fez uma grande revelação e voltou a chamar o bispo de arrogante, prepotente e perseguidor.
De acordo com ele a questão que envolve seu afastamento ainda é o santuário construído no terreno que pertence à família do padre. Mas agora outros padres sertanejos estão se reunido para tentar afastar o bispo de suas atividades.
Segundo o padre Sizo de Santa Teresinha, ele admitiu que a pressão que está sofrendo pela diocese é devido à construção do santuário. “Não é um santuário canônico e sim particular, foi feito com minhas posses, meu trabalho e ajudas dos romeiros. O santuário está sobre meu domínio, por isso é particular. Agora eu não sei depois da minha morte como isso pode ficar”, explicou.
O santuário de luxo, construído na cidade de Mata Grande, Sertão de Alagoas, começou ser construído uma pequena capela com o dinheiro do Programa de Desligamento Voluntário o (PDV) quando o padre deixou a farda militar para rezar santas missões. Depois os romeiros começaram a doar sacos de cimento e materiais de construção e o santuário foi ganhando uma dimensão maior.
Padre Sizo, reafirmou que vários padres sertanejos estão sendo perseguidos pelo bispo de Palmeira dos Índios. “A reportagem que o padre Eraldo Cordeiro concedeu ao Cadaminuto gerou uma grande repercussão no Estado, principalmente aqui no sertão. Isso é muito negativo para nossa igreja. As seitas estão unidas contra nós católicos. Tudo que o padre Eraldo Cordeiro falou é verdade, os padres estão sendo perseguidos pelo bispo”, desabafou.
“Tiraram padre Eraldo de Delmiro Gouveia, sem consultá-lo, sai e joga outro lá dentro. Isso é um sinal de autoritarismo que fere o outro, sem um diálogo, sem uma conversa. O bispo não está levando a paz, cumprindo com seu verdadeiro papel”, criticou Sizo.
O padre sertanejo lembrou de uma frase dita pelo bispo Ducênio Matos na primeira reunião do Clero, assim quando chegou para administrar a diocese. “Disse para o Clero que uma pessoa podia amar a igreja igual a ele, mas nunca mais do que o bispo, ele não admitia. Quer dizer, isso é muito forte e não vejo a pastoral dele. Chegou à diocese com mãos de ferro, com muita prepotência, sem humildade”, atacou.
Durante a reportagem padre Sizo revelou que está se curando de uma grande depressão, e afirmou que o bispo ainda é imaturo. “Realmente confesso que fiquei com depressão devido às atitudes do meu bispo Dom. Ducênio e conheço vários sacerdotes que também estão em depressão, devido o trabalho dele. Eu creio na imaturidade se sua posição no cargo, não sabe conversar, sabe fazer o jogo para sempre estar por cima”.
Dentro de uma sala, com vários retratos do padre Cícero, padre Sizo, com o livro na mão referente às histórias do padre que sofreu a mesma decisão da igreja, explicou como conseguiu atrair romeiros de vários lugares do Nordeste. Mata Grande recebe hoje milhares de fiéis de Santa Teresinha.
“Primeiro é o carisma que cada um tem, e sempre gostei de ser padre na cidade de Mata Grande, organizava a festa da padroeira Nossa Senhora da Conceição, isso é da minha própria natureza. Depois como diácono organizei a chegada das arelíquias de Santa Teresinha em 1997, na diocese de Palmeira dos Índios foi um marco na história. Depois como sacerdote organizei o Cenáculo Teresiano, fui ficando mais conhecido, teve uma festa que reuniu cerca de 120 mil pessoas, não é qualquer um que reune uma quantidade de pessoas como essa”, disse Sizo.
Criticou também o bispo da cidade de Propriá-SE, Dom. Mário Rino Sivieri, que é padrinho do bispo que afastou Sizo. “O que doia na minha alma era ver o bispo de Dom Mário Rino Sivieri realizar festa religiosa no dia no Cenáculo, na passagem dos meus romeiros, querendo segurar os meus romeiros, e não segurava. Aí virava um grande desafeto dele sem conhecer minha pessoa”, revelou.
De acordo com Sizo, Dom. Ducenio Matos, que é sergipano, já veio com um estratégia montada para afastar o padre.
“Ele já veio com a cabeça feita para me suspender de ordem sacerdotal, a primeira ordem foi para eu não poder celebrar missa em lugar nenhum, e ninguém me falava de onde vinha essas ordens, mas já sabia que era de Ducênio, que tinha dito que iria fechar as portas da igreja para mim. Isso é triste, entrei em depressão, nessa hora tinha apoio de minha família e dos romeiros que deram uma força grande. Estou firme, tenho um ideal em minha vida, esse ideal é muito maior que essas intrigas e confusões e sei que esse projeto é bonito e é de Deus”, falou Sizino.
O padre matagrandense durante a entrevista chamou o bispo para conversar com ele, para entrarem em um acordo.
“Na questão do santuário, como o bispo queria que eu passasse o santuário para a diocese, concordei com o seguinte, que por morte minha e da minha mãe, em cartório automaticamente o santuário passaria à diocese. O bispo não quis, ele quer de imediato, pensando ele que com as pressões que fez e jogando os bispos e padres contra mim, entregaria o santuário, nunca. Agora o dia que o bispo quiser conversar comigo em questão aberta sobre o santuário, chamo meus romeiros aqui em Mata Grande, que eu sei que não vai ser pouca gente, para saber o que eles dizem a respeito”.
Para muitos católicos Sizino foi o sucessor de padre Cícero e Frei Damião, ele não concorda com o que falam. “Não tenho essa pretensão em falar que fiquei no lugar de Frei Damião, padre Cícero. Agora o carisma é Deus que nos concede, não vivo uma vida de ator no palco representando fulano e sicrano, sou aquilo que Deus me fez. A romaria que hoje vem a Mata Grande foi um incentivo do padre Murilo de Juazeiro que faleceu há três anos”.
A reportagem do Cadaminuto perguntou qual o maior sonho dele para o ano de 2010. Ele respondeu. “Espero dia e noite sem cessar, que um dia possa voltar a celebrar minhas missas. Se outros tiveram o perdão do bispo, por que não posso ser perdoado também, se é que fiz alguma coisa de errado. Se for o santuário vamos conversar para tudo tem uma solução. Como um coração que fala de Jesus Cristo pode está com o demônio, jamais, uma vez que se é padre é para sempre”, finalizou ele.
por Wadson Correia - Cada Minuto
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outubro de 2008
Racha na Igreja Católica no Sertão: bispo proíbe padre de celebrar missa, batizado e casamento
O bispo de Palmeira dos Índios, dom Dulcênio Fontes, suspendeu por tempo indeterminado o padre Sizino, mais conhecido por padre Sizo, que está impedido de celebrar missa e exercer qualquer atividade religiosa.
O padre Sizo atuava em Piranhas, onde lançou o Cenáculo Teresiano, e foi transferido para Mata Grande - onde construiu um santuário em homenagem a Santa Teresinha, que já desponta como lugar de romaria.
O bispo tentou enquadrar o padre, mas em vão. O desfechp saiu agora com a decisão radical de suspender o padre Sizo de suas atividades eclesiásticas. A decisão do bispo foi referendada por todo o clero sob a jurisdição da Diocese de Palmeira dos Índios, conforme nota oficial que publicamos na íntegra.
Eis a nota oficial do clero:
"Nós, Presbíteros da Diocese de Palmeira dos Índios, reunidos com e sob a autoridade do nosso Bispo Diocesano, D. Dulcênio Fontes de Matos, em virtude da publicação do Decreto de Suspensão Total do uso da Sagrada Ordem, do Poder de Regime e de Ofício Eclesiástico aplicado ao Pe. SIZINO LEMOS TELLES JÚNIOR, sentimo-nos chamados a dizer:
1. Que temos pelo Pe. Sizino grande estima e amor (1Ts 5,13), tanto pelos laços da fé comum como pelo sacerdócio ministerial que, de Jesus Cristo, ele e nós recebemos. Como membro do presbitério, o Pe SIZINO, a nós ligado pela incardinação nesta Diocese, é nosso irmão e companheiro na tribulação, na realeza e na perseverança em Jesus (Ap 1,9);
2. Que amamos, igualmente, o nosso Bispo, D. Dulcênio Fontes de Matos, sinal visível de unidade na Diocese, em cuja vida e ministério episcopal devemos enxergar, na fé, a paternidade de Deus, a bondade, a solicitude, a misericórdia, a doçura e também a justiça de Cristo, que veio para dar a vida e para fazer de todos os homens uma só família, reconciliada no Amor do Pai;
3. Que a decisão de D. Dulcênio, em suspender totalmente o nosso irmão Presbítero, foi tão dolorosa quanto necessária, porque: 1) O Pe. Sizino há muito tempo não obedecia às legítimas ordens do nosso Bispo; 2) O Pe. Sizino agia em muitas paróquias desta e de outras Dioceses à revelia dos párocos e dos Bispos, e não lhes dava satisfação, causando enorme constrangimento aos sacerdotes e fiéis; 3) O Pe. Sizino há muito tempo não participava dos encontros do seu setor pastoral das reuniões do clero, dos retiros espirituais e encontros de formação sacerdotal, nem justificava a sua ausência; 4) O Pe. Sizino há muito tempo vem associando a sua imagem e o seu ministério sacerdotal à política partidária, malgrado as normas, advertências e exortações do Bispo Diocesano; 5) O Pe. Sizino há muito tempo vem realizando um trabalho em Mata Grande – num “templo” construído em seu terreno, com o dinheiro dos fiéis – sem o consentimento do Bispo, causando, principalmente ao pároco local e aos fiéis daquela Paróquia, mas também, em certa medida, a toda a Diocese, um grande malestar e, pior ainda, evidenciando o escândalo de uma igreja dividida, quase cismática;
4. Que tal situação não é de hoje; portanto, não foi criada, nem permitida, nem agravada por D. Dulcênio. Este, porém, entendemos perfeitamente, na condição de quem deve prestar contas um dia a Deus, apresentando a sua Diocese sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef 5,27), tomou essa decisão que não podemos deixar de acatar e apoiar.
Cremos firmemente que todo vale será aterrado, toda montanha ou colina será abaixada; as vias sinuosas se transformarão em retas e os caminhos acidentados serão nivelados (Lc 3,5). Assim, esperamos que o Pe. Sizino, perante Jesus Sacramentado, reflita serenamente sobre os seus atos, considere longamente a beleza e a riqueza do seu sacerdócio, pondere demoradamente os grandes carismas que Deus lhe deu e, sobretudo, compreenda perfeitamente que somente na Igreja, em um presbitério, com e sob a autoridade do Bispo, o sacerdócio ministerial tem a sua razão de ser. Nunca o sacerdote sem a Igreja; nunca o sacerdote sem o presbitério, nunca o presbítero sem o Bispo. O que passa disso vem do Maligno (Mt 5,37)."
Palmeira dos Índios, 8 de outubro de 2008.
Postado por: Roberto Vila Nova
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12/10/2009 12:30
R$ 30 conto para Bispo e 70 para o Padre Sizo
por Wadson Correia
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Wadson Correia
R$ 30 conto para Bispo e 70 para o Padre Sizo
É com esse título que vamos discutir a confusão que existe na igreja católica, na cidade de Mata Grande. O fanatismo religioso fez um padre matagrandense, Sizino Telles Júnior, o “padre Sizo”, ser sucessor de frei Damião. Os fiéis têm que ter um pastor para cuidar do rebanho, senão existirá a dispersão.
Ultimamente, Sizo, está impedido de celebrar missas, batizar ou realizar qualquer atividade religiosa. O padre obedece às ordens impostas por seu superior, bispo da diocese de Palmeiras dos Índios, Dulcênio Fontes Matos. O que levou o bispo tomar essa atitude?
Existem várias respostas, mais a maioria aponta o “dinheiro” como o maior causador da discórdia. Sizo sem sombras de dúvidas é beneficiado financeiramente, que discursa que todo dinheiro arrecadado é para a construção do santuário da santa de devoção.
O povo transformou Sizo no “todo poderoso”, mesmo tendo um batalhão de padres lutando com garras e dentes para destruir a fama do novo “Padim Sizo”. Já fizeram de tudo, mas ao invés de conseguirem afastar, ajudaram duplicar o número de seguidores.
A maior raiva do bispo é não poder pegar um centavo sequer do dinheiro coletado por Sizo. Agora eu pergunto como o padre vai enviar alguma coisa para diocese, se está afastado de suas atividades, alguém enviaria?
De um lado um santuário luxuoso, com imagens importadas. Do outro uma igreja caindo o teto, com vários anos sem passar pelo menos uma mãozinha de cal nas paredes. O jeito foi o padre Washington Luiz pedir uma salva de palmas para Santa Teresinha, e arrecadar uns trocados para recuperar a matriz.
Durante a missa o padre pediu também uma salva de palmas para o Padre Cícero e o povo respondeu: “Viva padim Sizo – viva!!!!”.
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A contenda acima noticiada faz lembrar os tristes episódios do homicídio do Bispo Expedito pelo Padre Hosana, que se deram em 1957, em Garanhuns-Pernambuco.
Será que esse bispo de agora também está querendo transformar-se num "mártir", em nome da hierarquia e dos interesses da ICAR, acima de tudo?
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