Dia 7 de abril, entre 3h42 e 3h56 (hor. de Moscou), dois destróieres da Marinha dos EUA (USS Ross e USS Porter) fizeram massivo disparo de 59 mísseis cruzadores Tomahawk, de área próxima à Ilha de Creta (Mar Mediterrâneo), contra a Base Aérea Síria Shayrat (província de Homs).
Segundo dados do monitoramento dos alvos, 23 mísseis atingiram a Base Aérea Síria.
Resultado do ataque, foram destruídos um depósito de equipamento, um prédio de treinamento, um depósito de lixo, seis aviões MiG-23 que estavam em hangares para reparos e uma estação de radar.
A pista, as áreas de taxiamento e aeronaves da Força Aérea Síria nas áreas de estacionamento não foram danificadas.
Foi extremamente baixa a efetividade em combate do massivo ataque de mísseis norte-americanos contra a Base Aérea Síria. Segundo informações recebidas do Comando da Base Aérea, dois soldados sírios estão desaparecidos, 4 foram mortos e 6 feridos por queimaduras, durante o ataque.
Essas ações do lado norte-americano são consideradas graves violações do Memorandum para prevenção de incidentes e para garantir a segurança das operações no espaço aéreo da Síria, assinado em 2015. Assim sendo, o Ministério da Defesa da Rússia suspende a cooperação com o Pentágono nos termos desse Memorandum.
As acusações contra Damasco, de que teria violado a Convenção para Armas Químicas de 2013, que os EUA apresentaram como razões para o ataque, não têm absolutamente qualquer fundamento.
O Ministério da Defesa da Rússia repetidas vezes explicou que as tropas sírias não usaram armas químicas. O serviço militar russo espera receber explicações dos EUA quanto às "provas irrefutáveis" que alegaram ter, de que o exército sírio teria usado armas químicas em Khan Sheikhoun.
Deve-se destacar que, nos anos 2013-2016 o governo sírio tomou medidas para eliminar armas químicas, seus sistemas de disparo e meios de fabricação. Todos os estoques de armas químicas foram eliminados. Os componentes para produzi-las foram transportados, da República Árabe Síria para empresas nos EUA, Finlândia, Grã-Bretanha e Alemanha, onde foram destruídos.
Mudam os governos nos EUA, mas os métodos para gerar guerras nunca mudam, sempre os mesmos na Iugoslávia, Iraque e Líbia. Mentiras, falsidades, fotos de propaganda com fotos de minitubos de ensaio com pseudo 'provas' em organizações internacionais tornaram-se repetidas 'razões' para repetidas agressões, sem nenhuma investigação.
Deve-se destacar que uma ofensiva de larga escala contra formações armadas do ISIS e da [Frente] Jabhat al-Nusra foi lançada imediatamente depois do ataque massivo com mísseis contra a Base Aérea Síria.
O Ministério da Defesa da Rússia espera que as atividades dos insurgentes não tenham sido coordenadas com os norte-americanos.
Hoje já se sabe que, obviamente, o ataque dos mísseis cruzadores norte-americanos foi planejado muito antes dos eventos de ontem.
Para planejar e preparar planos de voo de mísseis é indispensável realizar operações de reconhecimento, e pôr os próprios mísseis em alerta para disparo.
É bem claro para qualquer especialista que a decisão para atacar a Síria com mísseis cruzadores foi tomada bem antes dos eventos em Khan Sheikhoun, que foram usados apenas como pretexto formal para o ataque; e a exibição de poder militar foi realmente motivada só por eventos da política interna dos EUA.
Em futuro próximo, a efetividade do sistema de defesa aérea das Forças Armadas Sírias será aprimorada, para cobrir os objetos mais importantes da infraestrutura síria.*****
7/4/2017, Fort Russ News (trad. ru.-ing. Inessa Sinchougova; vídeo 5'25, ru., leg. ing.)
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