A Reforma da Previdência dos militares, votada no final de 2019 com amplo apoio de Mourão, aumentou os privilégios dos generais, representados na estruturação da carreira e nas bonificações, enquanto atacou as patentes mais baixas das forças armadas. Agora, o vice-presidente de Bolsonaro afirma demagogicamente ser contra aumento dos salários acima do teto, como se já não fosse um teto salarial muito acima da realidade dos brasileiros.
Redação
terça-feira 1º de setembro| Edição do dia
Foto: Divulgação
O Ministério da Defesa conseguiu autorização para que integrantes das forças armadas consigam receber salários acima do teto do funcionalismo, de R$ 39,3 mil reais. Válido destacar que só quem ganha o teto salarial é a nata do funcionalismo público, como os generais, juízes, desembargadores, ou seja, os altos cargos. Cenário que contrasta com a maioria dos servidores, como os professores, profissionais da saúde, funcionários do transporte, ou seja, a massa que mantém o funcionamento dos serviços públicos essenciais, que vê seus salários congelados e reduzidos.
O vice-presidente Mourão, agora cinicamente afirma ser contra o aumento, por uma questão “ética e moral”. Onde estavam essas ética e moral quando o governo aprovou a Reforma da Previdência dos militares, que ataca os praças para benefício das altas patentes, como ele, general da reserva? Sem falar também no aumento dos vencimentos de militares do alto escalão em meio à pandemia, no mês de junho, no qual os integrantes das Forças Armadas tiveram um reajuste que poderá chegar a até 73%.
O discurso de Bolsonaro e das “cabeças” do governo - os militares -, é de supostamente “acabar com os privilégios”. Com a Reforma da Previdência; as MP’s da morte de Bolsonaro que dá aval às empresas para demitir a rodo; e as privatizações, que entrega de mão beijada os recursos da população para os braços do imperialismo; o que ficou claro é o aumento dos privilégios, acompanhado dos ataques à população. Privilégios para os militares, empresários e banqueiros, e ajustes para os trabalhadores. A nata milionária do país bate palmas.
A Reforma da Previdência dos militares reajustou os salários dos Generais com a justificativa ridícula de igualar aos congressistas e membros do Judiciário, duas castas que já possuem salários superfaturados, bem acima da média da maioria da população, que sobrevive com menos de um salário mínimo.
Por isso, o Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), que impulsiona as pré-candidaturas revolucionárias em vários estados do Brasil, levantam um programa que realmente ataque os privilégios.
Na luta contra esse regime liderado por figuras como Bolsonaro e Mourão, e contra todas as instituições autoritárias, como as Forças Armadas ou o judiciário que ninguém vota nos seus integrantes, é fundamental que seja imposta pela luta uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que tenham representantes dos trabalhadores e da população subempregada ou desempregada eliminando os privilégios dos políticos, que teriam voz e e voto para debater medidas de radicalização da democracia, criando suas próprias leis e tratando de medidas estruturais do país. Colocando na ordem do dia a transformação de toda a estrutura econômica da sociedade. Que os verdadeiros privilegiados paguem pela crise capitalista!
Fonte: https://www.esquerdadiario.com.br/Mourao-diz-ser-contra-salario-acima-do-teto-mas-defendeu-ampliar-privilegios-dos-generais
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