Ex-soldado que alegou não conseguir andar sozinho foi flagrado no jiu-jitsu
08/09/2020 - 06:00Soldados do Exército Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
A Justiça Militar condenou cinco pessoas por fraudes em reforma de militares do Exército.
Dois ex-soldados reformados, dois médicos e um advogado cumprirão penas de dois a sete anos de prisão.
A decisão foi da juíza federal Natascha Maldonado, da Justiça Militar, na semana passada.
Segundo o processo, o esquema aconteceu entre 2006 e 2016, e causou prejuízo aos cofres públicos com as aposentadorias fraudadas.
Enquanto os ex-soldados do Exército fingiram ter doenças incapacitantes para obter a reforma, os dois médicos fraudaram laudos e o advogado executou a parte burocrática.
Um ex-soldado alegou problemas ortopédicos graves, dizendo que não conseguia se deslocar sozinho e que tomava remédios continuamente.
Contudo, o Ministério Público Militar (MPM) flagrou-o praticando jiu-jitsu e dançando.
Outro ex-soldado dizia ter problemas psiquiátricos sérios, inclusive alucinações.
Em um procedimento médico, balançou-se e falou sozinho, e contou que não conseguia sequer tomar banho sem ajuda.
Duas semanas antes dessa perícia, entretanto, o MPM registrou esse militar dirigindo um carro em seu nome, com sua esposa e uma criança. O homem abasteceu o carro e fez compras normalmente.
(Por Eduardo Barretto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário