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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

OPÇÃO POR UM EXCÊNTRICO, PARA DIZER O MÍNIMO

A Argentina - maior colônia judaica da América Latina - optou por ser governada por um presidente aparentemente ("as aparências enganam" não se pode esquecer) tresloucado quase "nazista'.

De tanto ver o peronismo fazer sacanagens, o povo, cansado, resolveu experimentar outro lado da moeda (para usar uma figura tão querida dos financistas) e agora, se Milei cumprir a promessa de só valorizar Israel e os EUA, desprezando, inclusive, as relações com o Brasil, o país vizinho passará por sérias transformações.

Se Milei conseguir (ajudado pelos ligados ao macrismo) governabilidade, obviamente, porque os vencidos, certamente, opor-se-ão a projetos anunciados pelo vencedor, que parecem totalmente "fora da casinha" para os que se consideram sensatos. 

O jornal Clarin assevera que Milei terá contra seus projetos a governabilidade mais frágil da história.

Na verdade, os sionistas, ao que tudo indica, aprofundarão ainda mais o seu histórico domínio nos países da América Latina. 

Veremos: quem dizia que dolarizará a economia, agora já fala que não antes de 18 ou 24 meses. Depois, provavelmente, dirá que não implementou a medida por culpa da oposição?

Muita expectativa no ar - quando um excêntrico (tipo Jânio Quadros) assume um cargo relevante - é o quadro do momento. 

O jornal eletrônico La Nación, por sua vez, noticiou:

En los mapas muy antiguos suele haber áreas denominadas “terra incognita”. Tierra desconocida. Es el modo en que los cartógrafos se referían a zonas a las que todavía no había llegado explorador alguno. 

La Argentina ingresó ayer en una geografía de ese tipo. Con el contundente triunfo de Javier Milei sobre Sergio Massa, el país comenzó a caminar por una vía que jamás se transitó. Se corroboró lo que se venía vislumbrando desde, por lo menos, las elecciones de 2021: comenzó otra época.

La victoria de Milei desbordó las previsiones de todas las encuestas. Es el éxito de un candidato sin estructura, que se constituyó en figura pública hace no mucho más de cinco años defendiendo ideas ultraliberales y que, desde entonces, recorrió el país restaurando la consigna “que se vayan todos”. 

El logro de Milei va mucho más allá de la derrota de Massa. Al cabo de cuatro décadas de experiencia democrática, el resultado de anoche interpela, o debería interpelar, a toda la clase política. 

Porque antes de vencer al peronismo, La Libertad Avanza se había impuesto sobre Juntos por el Cambio. Las razones pueden ser numerosas. Entre ellas está, sin duda, un estancamiento económico que se expresa en crisis recurrentes y que ha deteriorado sin cesar el perfil sociolaboral de los votantes. 

Más allá de los diagnósticos, hay un signo de este tiempo: lo que explica la marcha de más de la mitad del electorado hacia lo desconocido, es el repudio a lo conocido.

Milei consiguió, en este contexto deprimente, encender la chispa de la representación en una amplia franja de la ciudadanía. No se dedicó a explicar a esos votantes qué él sabía lo mal que se sentían. Prefirió hablar, gritar, insultar, gesticular, como alguien que se siente como ellos. Supo conectar con un clima de época y, en una operación típica del impulso populista, capturó el desasosiego del público para redireccionarlo hacia la dirigencia. 

Hacia lo que él llamó, repitiendo una palabra que expresó tanto al fascismo de Benito Mussolini como a Podemos, de Pablo Iglesias, casta.

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Deu na Página 12, portal de esquerda Argentino:

El embajador de los Estados Unidos, Marc Stanley, fue uno de los primeros en salir a felicitar a Javier Milei por su triunfo electoral y "al pueblo argentino". 

Apeló al siguiente texto: 

Esperamos trabajar juntos en las prioridades compartidas que benefician a la gente de nuestros dos países, incluyendo la protección de los derechos humanos y la democracia, la lucha contra el cambio climático, la mejora del clima de inversiones y la inversión en la clase media" 

Propuestas que hasta suenan progresistas de acuerdo a las promesas de campaña del presidente electo.

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O jornal de extrema direita Diário El Mercurio, do Chile, diz que a vitória de Milei representa a irrupção do desconhecido.

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Da BBC, colhe-se as seguintes considerações:

-  (...) a despeito do que tenha dito sobre Lula ou a respeito das relações com o Brasil, Milei vai assumir uma Argentina com uma economia extremamente conectada à brasileira.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) do Brasil mostram que a Argentina é, há anos, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China (1º) e os Estados Unidos (2º).

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É aí que a porca torce o rabo! Não há como Milei repudiar, como prometeu, o entendimento com o governo brasileiro, nem desconsiderar a influência chinesa. Entrarão em cena os interesses dos empresários de vários países e o aloprado  argentino verá que o buraco é mais embaixo.

Diz-se que economista é um engenheiro que não deu certo. Será o novo presidente da Argentina a prova de tal afirmação? 
Projetos arrojados não lhe faltam. Abraçar abertamente o dólar americano e extinguir o Banco Central, por exemplo.
Mas a realidade - que sempre tem a primazia - ditará caminhos diferentes dos que concebeu o economista vencedor do pleito para presidente da Argentina.
Assim como as árvores se alimentam não só do solo, mas também da camada de matéria orgânica que chamam serapilheira (folhas e galhos mortos, por exemplo), Milei terá que conviver com o peronismo, aparentemente derrotado e extinto, mas na realidade com profundas raízes. Nenhuma força que dominou tanto tempo, pode ser subestimada por um governo que se auto-proclama novidade na política. 


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