Só havia sido instruído naquele modo inocente e ineficaz com que os padres católicos ensinam os índios e pelo qual o aluno nunca é educado ao nível de conscientização, mas ao de confiança e reverência, e que faz com que a criança se mantenha nesse estado sem atingir a maturidade. (...) sacerdotes que falavam de Deus como se gozassem de monopólio do assunto e não podiam suportar divergências de opinião - DAVID THOREAU - A vida nos bosques
Perfil
- I.A.S.
- Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR
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segunda-feira, 30 de maio de 2022
Acordar cedo, respirar o ar da manhã, faz muita diferença ou a proposta de vender "ar engarrafado"
Em vez de encher a cara quase todos os dias e levantar perto (ou até depois) do meio-dia), quebre essa rotina lastimável e exprimente deitar cedo e acordar cedo.
(...) deixai-me tomar um trago do ar puro da manhã. Ar da manhã!
Se os homens, não vão bebê-lo no manancial do dia, por que então devemos engarrafá-lo e vendê-lo nas lojas em proveito dos que perderam o bilhete de entrada para o espetáculo da manhã no mundo?
Porém, lembrai-vos de que não se manterá incólume até meio-dia, nem mesmo no porão mais fresco, mas explodirá as rolhas muito antes para seguir os passos da aurora na direção oeste.
DAVID THOREAU - A vida nos bosques.
domingo, 29 de maio de 2022
Faltam, quando menos, poleiros
Estamos acostumados a afirmar na Nova Inglaterra que cada vez escasseiam mais os pombos que nos visitam cada ano. As nossas florestas não lhes proporcionam poleiros. - DAVID THOREAU - Andar a pé.
Pois então: elimina-se as árvores. Faltam até simples poleiros, para as aves pernoitarem. Já nem falo de frutos, para comerem.
E, quando as aves e pássaros se ausentam, os ratos, os répteis e os insetos tomam conta do ambiente. E com eles vêm as doenças.
Vale a pena refletirmos um pouco sobre isso.
E há, ainda, na presença dos pássaros, a beleza das cores e dos cantos. Ainda do citado THOREAU (desta feita em A vida nos bosques) é o seguinte período:
Diz o "Harivansa": "Casa sem pássaros é feito carne sem tempero".
A minha não era assim, pois, de repente, me descobri vizinho dos pássaros; não por ter aprisionado um, mas por ter me engaiolado perto deles.
Estava mais perto não só daqueles que costumam freqüentar o jardim e o pomar, porém dos mais selvagens e mais impressionantes cantores da floresta e que nunca, ou raramente, fazem serenatas às pessoas da aldeia — o tordo, o sabiá, o sanhaço escarlate, o gorrião do campo, o bacurau e muitos outros.
MOACIR PEREIRA, O FASCISTA PRECONCEITUOSO
Na notícia abaixo, o colunista - que tem graduação em Direito - utilizou o verbo "denegrir" que, a exemplo de "judiar", possui uma carga de preconceito indisfarçável.
O verbo denegrir é dos que associa o que é ruim à cor preta.
Coincidentemente, o criticado pela coluna (Min. Luiz Fux, do STF) é judeu praticante. Só faltou o "calunista" da ND utilizar os dois verbos referidos no mesmo texto.
DEDO SUJO DE EDUARDO BOLSONARO - Douglas Belchior denuncia empresa que treina policiais rodoviários para torturar
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Falta de escrúpulos
Os meios conservadores, não olham meios, não têm escrúpulos, não respeitam leis, quando trata de sustentar a desigualdade galopante, privilegiando poucos, em detrimento das massas trabalhadoras.
Para os que não se cansam de elogiar a monarquia, notadamente o governo de D. Pedro II...
..., reproduzo o que escreveu JOSÉ DO PATROCÍNIO:
Feliz governo o do sr. d. Pedro II. A corrupção e a morte formam em torno dele uma impenetrável muralha. Quem não se deixa corromper morre!Combate às mazelas sociais
(...) nenhum Governo que tenha exata compreensão da sua responsabilidade histórica, pode assumir a direção dos negócios públicos sem ter um plano assentado acerca da questão, cuja complexidade enleia o país na sua honra e na sua riqueza. - JOSÉ DO PATROCÍNIO - Campanha abolicionista.
A frase acima - como o próprio título da obra revela - foi escrita num ambiente de combate à escravidão, mas serve como uma luva no combate À fome das camadas sociais mais exploradas e desprovidas de meio de subsistência.
Urge que se encete campanhas vigorosas de combate à fome, ao desabrigo (por moradias dignas), ao desemprego, dentre outras mazelas sociais.
Pouco importa que nos chamem de comunistas, de subversivos, de baderneiros, de anarquistas, se a intenção for nobre, humana, piedosa.
E não me venham com a cantilena dos pregadores religiosos, exploradores de ingênuos, que vivem, qual estelionatários parasitas às custas do trabalho alheio, com a consolação fraudulenta de que "deus haverá de dar jeito".
Se deus existe, desde que a humanidade presume tal embuste, e nunca deu jeito, continuando a injustiça social a campear, por que, será nas gerações atuais, irá corrigir os abusos dos ricos?
As urnas falarão a verdade?
"O Governo prepara-se para executar a sua palavra de honra, de dar à urna a verdade relativa de que ela é capaz". - JOSÉ DO PATROCÍNIO - Campanha abolicionista.
Trocando-se "o Governo", pelo TSE - que não deixa de ser um órgão de governo, no sentido lato, isto é, de administração pública - é induvidoso que o resultado das urnas, em termos de retrato da vontade popular livre, é sempre "relativo".
Isto porque a vontade popular é sempre manipulada pela insidiosa propaganda, que encetam as igrejas, os meios de comunicação em geral e os denominados cabos eleitorais, que fazem a corretagem dos votos, como se fossem proxenetas, cobrando dos candidatos para captar os votos dos menos favorecidos pela sorte, em troca de qualquer quinquilharia, ou da mais humilde sinecura.
Boa parcela do povo vota iludida, ou por conveniência pessoal, sem atentar para os interesses coletivos, os quais, em última razão, são difusos, supra-individuais, ou seja, seus mesmos também.
É o que, em outras palavras, já proclamou o mesmo JOSÉ DO PATROCÍNIO: O eleitorado, entre nós, costumou-se a não ver na eleição mais que a conveniência do seu partido, e, no entanto, nunca se preocupou em saber se as ideias ou os interesses desse partido são conformes com o bem geral da nação.
sábado, 21 de maio de 2022
VOCÊ ACHA QUE ESSE SUJEITO É BOLSONARISTA?
Tem toda pinta. Mentiroso já está a mostrar-se. Demagago também. Está na cara que caça os votos do bolsominions. Só ser escolhido para uma entrevista pelo "bucica", notório facista da imprensa catarinense, já diz muito sobre ele.
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Monkeypox: “Dizer que este é um vírus que infeta preferencialmente homossexuais é um perfeito disparate”
EUA - “Prateleiras vazias. Bebés com fome. Pais desesperados”.
https://visao.sapo.pt/atualidade/mundo/2022-05-20-prateleiras-vazias-bebes-com-fome-pais-desesperados-como-se-explica-a-falta-de-leite-em-po-infantil-no-pais-mais-rico-do-mundo/
Como se explica a falta de leite em pó infantil no país mais rico do mundo
Foto: Paul Weaver/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Bastou o fecho de uma fábrica e a retirada dos seus produtos do mercado, por alegada contaminação, para expor todas as fragilidades da cadeia de abastecimento nos Estados Unidos da América. Trump e Biden não escapam à contestação
Rui Antunes Jornalista
Mundo 20.05.2022 às 15h51
sexta-feira, 20 de maio de 2022
Quanta verdade ...
“Tua irmã é dada ao governo.”
“Dada ao governo, Joe?”
Fiquei atônito, pois formei a ideia vaga (e, devo confessar, a vaga esperança) de que Joe havia se divorciado dela, cedendo-a ao almirantado ou ao Tesouro nacional.
“Dada ao governo”, repetiu Joe. “Quer dizer, a governar eu e tu.”
“Ah!”
“E ela não há de gostar da ideia de ter estudioso na casa dela”, prosseguiu Joe, “principalmente de eu virar estudioso, com medo de eu me revoltar. Uma espécie de rebelde, não vês?”
CHARLES DICKENS - Grandes esperanças.
O texto não é meu
“É mentira!”, exclamou o meu prisioneiro, com energia feroz. “Ele nasceu mentindo, e vai morrer mentindo. Olha só pra cara dele; não está escrito nela?
É isso que alguém irá dizer a Bolsonaro, atrás das grades.
O texto é de CHARLKES DICKENS, em Grandes esperanças.
NÃO É UMA PIADA RACISTA - "Brasileiro é 1° infectado por varíola de macacos na Alemanha"
https://www.dw.com/pt-br/brasileiro-%C3%A9-primeiro-infectado-por-var%C3%ADola-dos-macacos-na-alemanha/a-61880506
SEM PROVAS - TRF-2 nega recurso contra Lula e Dilma por construção de refinaria
quarta-feira, 18 de maio de 2022
Fux considera constitucional punição a motorista que recusa bafômetro
segunda-feira, 16 de maio de 2022
Você acha que conhece o melhor da literatura brasileira, mas nunca leu "Canaã", de Graça Aranha?
Tenho minhas dúvidas se você já bebeu da fonte mais lúcida da nossa literatura.
quinta-feira, 12 de maio de 2022
EXPLORAÇÃO DE TRABALHO INFANTIL INDÍGENA, NOS EUA - El horror de los internados para niños nativos en Estados Unidos
Una investigación oficial calcula que “miles o decenas de miles” de niños murieron en escuelas públicas para indios desde el siglo XIX
MIGUEL JIMÉNEZ
Washington - 12 MAY 2022 - 00:40 BRT
Braço forte, mas olhos vesgos?
quarta-feira, 11 de maio de 2022
Bolsonaro capricha na escolha de gente da pior espécie
sexta-feira, 6 de maio de 2022
Do Morro do Antão
Há nas vizinhanças do Desterro o “morro do Antão”, eminência bastante elevada, de onde se domina lindo panorama, realmente notável, no conjunto daquelas estupendas belezas que da ilha de Santa Catarina, e suas vizinhanças, fazem uma das mais belas regiões marítimas do mundo.
(...) De cima do morro do Antão, todos estes lindos arrabaldes do Desterro, Mato Grosso, Olarias, praia de Fora tinham encantador aspecto com as suas casas e casinhas brancas, cercadas de vegetação, rodeadas de verdejantes pomares e sebes vivas, pequenos cafezais, potreiros, tudo isto formando o mais agradável contraste de cores.
O porto movimentado pelo número considerável de navios fundeados era do maior pitoresco o contraste entre os vapores já de certo viso e os veleiros, sem contar que numerosas embarcações de pesca se ocupavam na faina que tinham, velejando em diversas direções daqueles mares piscosíssimos.
No segundo plano divisávamos o Estreito que separa as águas das duas baías de Santa Catarina, a grande planície que se acha entre a praia dos Barreiros e a praia Comprida, de areias alvíssimas, arraial do Estreito, a cidade de São José, as pequenas vilas de São Miguel e Biguaçu, as freguesias de Santo Antônio e Ribeirão.
E o que àquela paisagem dilatada dava o maior encanto era surgirem ao norte, ao sul, a oeste, em todas as direções, uma infinidade de casinhas brancas, beirando o mar, cercadas pelo verde-escuro dos cafezais e dos laranjais. E os recortes do litoral? Que rendilhado variado magnífico!
Visc. de TAUNAY - Paisagens brasileiras.
"Justiça contaminada: o teatro do lavajatismo na Paraíba": jornalistas lançam documentário
Dividida em oito episódios, produção mostra a semelhança entre métodos políticos no judiciário
O sistema judicial brasileiro é o suspeito em um documentário lançado nesta quarta-feira (4). Justiça contaminada: o teatro do lavajatismo na Paraíba mostra como a Operação Lava Jato pode ter “contaminado” o sistema judiciário brasileiro, replicando seus tentáculos políticos e métodos irregulares para a Paraíba, onde ocorreu a Operação Calvário.
O documentário produzido pelos jornalistas Camilo Toscano e Eduardo Reina foi lançado com transmissão ao vivo pela TV Conjur, e com a presença do ex-governador Ricardo Coutinho em uma live para debater o tema. Principal alvo da operação deflagrada pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça, Coutinho governou a Paraíba por dois mandatos, eleito em 2010 (53,7% dos votos) e reeleito em 2014 (52,6%).
Responsáveis pela Calvário na Paraíba, o promotor Octávio Paulo Neto, do Ministério Público, e o desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça, eram chamados pela imprensa local como ‘Moro e Dallagnol da Paraíba’.
O enredo em muito lembra o da Operação Lava Jato: divulgação de notícias sem checagem de dados e sem um motivo justo e o combate à corrupção como justificativa para abusos.
Destruição da imagem
Na live de lançamento do documentário, Coutinho apontou como primeiro problema a “dificuldade enorme de acesso às supostas provas” e a busca constante de destruição da imagem. “Não é só a institucionalidade, a mídia não lhe dá um único minuto para você responder, esclarecer. Até hoje, três anos depois, eu nunca fui ouvido. Esse processo todo é uma violência do Estado”, afirma o ex-governador, citando a imprensa e seu “papel fundamental de destruidor” no processo.
Depois de ter sofrido ameças, inclusive de morte, ele acredita que foi perseguido por ter se posicionado contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – ou, como ele diz, os “golpes” de 2016 e 2018. “Eu era governador e tive posição, e teria de novo”, acrescenta Coutinho, lembrando que sua crítica não é dirigida à instituição MP, mas a alguns promotores. “Os juízes sabem que não há materialidade, não há provas”.
Delator com regalias
A operação foi realizada no final de 2019, quase um ano depois de Coutinho deixar o governo estadual. Ele chegou a ser preso sob acusação de liderar uma organização criminosa que teria desviado dinheiro público especialmente na área da saúde, por meio de contratos com a Cruz Vermelha.
“O principal delator da Calvário – Daniel Gomes da Silva – contou com regalias para acusar Ricardo Coutinho e seu grupo político”, afirmam os autores do filme. “O delator usava um notebook na cela da Penitenciária da Papuda, em Brasília, para transcrever conversas que foram utilizadas para sustentar prisões, buscas e apreensões e as acusações feitas pelo Ministério Público na investida que perseguiu a família e pessoas ligadas politicamente ao ex-governador.” Daniel era representante da Cruz Vermelha.
Documentário tem nove episódios
O documentário foi elaborado a partir da leitura de 10 mil páginas dos processos e da realização de várias entrevistas. Além de apontar semelhanças entre as operações e irregularidades, a investigação busca mostrar o fenômeno conhecido como lawfare, ou “o uso das investigações de corrupção como arma de destruição no campo político”.
quinta-feira, 5 de maio de 2022
Que te parece: cocoroca ou corcoroca?
- Moça bonita é fruta rara por estas matarias e brenhas do inferno... Quanto a mim, ainda não botei o olho senão em velhas corcorocas e serpentões... - Visc. de TAUNAY - Inocência